segunda-feira, setembro 23, 2024

A Consciência de Cristo

#Pública




Em nossos estudos evangélicos, ao examinarmos minuciosamente cada palavra dos textos, que consideramos valiosos ensinamentos deixados por Jesus, o Mestre Superior, frequentemente nos perguntam: "Será que Jesus pensou em tudo isso quando proferiu essas palavras há dois mil anos?"
Acreditamos que sim. É difícil para nós avaliar a capacidade de Jesus devido à nossa limitação em compreender a "Ciência do Espírito".
Para entender a diferença entre a Consciência de Cristo e a nossa, precisamos usar comparações que, mesmo não sendo totalmente precisas, nos ajudam a compreender dentro de nossas limitações atuais.
Na geometria, temos as figuras de linha, superfície e volume. A linha contém os pontos que a formam, assim como a superfície é formada por linhas. O maior contém e absorve o menor. Assim, a superfície, por conter a linha, conhece suas particularidades; podemos dizer que a superfície começou como uma linha. O contrário não é verdade; a linha não contém a superfície e não tem domínio sobre ela.
Usando o mesmo raciocínio para analisar o volume, vemos que ele contém as duas figuras anteriores. Portanto, por absorvê-las, podemos dizer que, em sentido não literal, é como se soubesse os detalhes da superfície e da linha.
Projetando esse entendimento para o plano da consciência, podemos afirmar que, enquanto a consciência do Princípio Inteligente nos reinos inferiores da Criação está na fase de linha, ponto e outras anteriores, a consciência do homem em seu estado evolutivo atual está na dimensão da superfície.
Assim, entendemos nossa maior liberdade de movimento e compreensão, mas sempre numa faixa delimitadora que é o relativo. Liberdade e compreensão que aumentam à medida que a evolução nos conduz a uma ampliação dessa consciência, aproximando-se da dimensão volumétrica, a qual é a próxima etapa.
Ainda não podemos, devido à nossa limitação atual, dizer onde se situa a Consciência de Cristo, pois acreditamos que ela está além da fase de volume e até mesmo de uma quarta dimensão, que seria a próxima dentro do andamento natural da evolução.
Em outras palavras, adotando a exposição de "Sua Voz" em A Grande Síntese, que mostra que o Universo evolui por etapas sucessivas classificadas como matéria, energia e espírito: a primeira abrange os estágios iniciais de formação do mundo físico, o surgimento dos seres vivos e sua especialização até o aparecimento dos primatas; a segunda é caracterizada pelo surgimento do ser humano com sua individualidade; e a terceira, a fase do espírito, da superconsciência, onde, liberto das limitações das fases anteriores, o ser pode compreender a Verdade em sua completude.
Este é o estado que devemos buscar, segundo a orientação de Jesus quando nos ensina: "…e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará1."
Dessa forma, podemos entender como Jesus, já naquela época – pois Ele, há bilhões de anos, quando da formação do nosso Orbe, já era Cristo – podia ter plena consciência de que Seus ensinamentos venceriam o tempo e chegariam até nós ampliados pela nossa maior capacidade de compreensão.
Vejamos o que disse o Codificador do Espiritismo sobre os ensinamentos deixados por Jesus:
"Completar o seu ensino deve ser entendido como explicar e desenvolver, não como adicionar novas verdades, pois tudo já está presente em estado de gérmen, faltando apenas a chave para compreender o sentido das palavras." 2
Assim, acreditamos que, dentro de nossa visão simples e despretensiosa, a questão está respondida.
Outra pergunta que nos fazem é: "Como analisar o Evangelho palavra por palavra se não temos certeza de que foram exatamente essas as expressões usadas por Jesus?"
Quem pergunta isso se refere às grandes diferenças entre as traduções evangélicas e às alterações feitas nos textos ao longo do tempo.
Para esses, temos a resposta do nosso querido mentor Emmanuel, segundo a psicografia de Francisco Cândido Xavier:
"…importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.3"
Além disso, podemos lembrar Kardec, que nos mostra no capítulo I de O Evangelho Segundo o Espiritismo que a mensagem de Cristo é a segunda revelação da Lei de Deus. Se, conforme os ensinamentos dos Espíritos Superiores, a terceira revelação – o Espiritismo – foi supervisionada pelo Espírito de Verdade, por que a segunda não teria sido da mesma forma?
Dessa forma, afirmamos, com certeza fundamentada na fé raciocinada, que a redação dos Evangelhos foi seguramente supervisionada não só pelos Espíritos Superiores, mas também pelo próprio Cristo. E que, se houve alterações no texto original, todas foram, por assim dizer, autorizadas pela espiritualidade superior, para que a mensagem não se perdesse ao longo do tempo.
Em outras palavras, podemos dizer que todas as palavras contidas no Evangelho, se não são historicamente precisas, foram didaticamente escolhidas para que o espírito humano, à medida que evoluísse, pudesse extrair delas, conforme as palavras de Emmanuel, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal4.
Portanto, aproximemo-nos do Evangelho com olhos atentos, estudemos suas entrelinhas com a Boa Vontade de aprender, e com a sensibilidade que já possuímos, e com o amparo da espiritualidade que nos auxilia a todo instante, chegaremos bem próximos do sentimento expresso pelo Meigo Rabi, que há tempos nos aguarda para sermos guiados por Ele como Pastor e Redentor de nossas almas.

Notas:

[1] João, 8:32 
[2] A Gênese, capítulo I, item 28
[3] O Consolador, questão 321
[4] Obra citada.

BIBLIOGRAFIA:
ALMEIDA, João Ferreira.  A Bíblia, 74a Impressão. Rio de Janeiro, Imprensa Bíblica Brasileira, 1991
BRASIL, Vilma Americano / Vários autores espirituais. Evangelho e Ciência, 2ª ed., SP, Edicel, 1986.
KARDEC, Allan. A Gênese. 26a ed, RJ, FEB, 1984
------------ O Evangelho Segundo o Espiritismo. 104a ed., Rio de Janeiro, FEB, 1991



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segunda-feira, setembro 16, 2024

Transcrição da Reunião Gênesis com Honório Abreu 17/05/2006 2ª parte

#Pública







 

Data da Reunião 17/05/2006

Ele começou a ter pensamentos mais agressivos do que a capacidade do menino. Será que entenderam? Mas ele se deixou levar pela emoção, pela instintividade animalizada. Chamou de covarde e outras coisas, criando uma reação vibracional difícil. Outro veio e disse que o menino aprontou. A mãe está nervosa, provavelmente porque ele fez algo errado e precisa de uma correção! Entenderam o sentido? Não muda? Então é assim. Cada carro que para no sinal, quando uma dessas crianças se aproxima, cada um tem um pensamento diferente.
  • Lá vem um assaltante, lá vem um pivete, lá vem um menino, lá vem um deserdado da sorte! Ou lá vem um desinformado! Cada um tem um conceito!
(P) – Eu pergunto, somos responsáveis pelo que sabemos e não fazemos, por que carregamos tanto…
(H) – É o direito que cada um tem, Márcio, de escolher a alimentação e manutenção da vida que acha melhor, mesmo com visões distorcidas e equivocadas. O mal surge quando o bem se instaura no campo da nossa consciência. Enquanto o bem ou uma visão ampliada não surgem, o mal não existe. Embora possa ser um componente negativo, não te cria nenhum problema. Certo? Quando você descobre que precisa ser mais calmo em sua atitude, e se precipita, paga um preço pelo mal cometido. Porque na realidade, você vai descobrindo a luz quando descobre as trevas dentro de você. À medida que evoluímos, ao ver alguém ao nosso redor, começamos a notar que o componente da aprendizagem passou das linhas de justiça íntima para o plano do amor no contexto em que vivemos. Então, continuamos nossa evolução errando e consertando, errando e consertando. Isso é inerente às nossas evoluções.
No final, à medida que você se ajusta, não vai ficar delineando para o seu semelhante ou amigo a história entristecedora dos crimes que a pessoa cometeu. Você vai tentar atendê-lo já sabendo; viu os crimes e guardou, calou. O diagnóstico dele não é porque ele está com essa dor por isso. Essa dor é consequência daquilo. E o caminho mais fácil para ele, por enquanto, é despertar o sorriso nele. O outro despertar o sorriso piora! Ele vai brigar consigo mesmo. Isso é o legítimo diagnóstico de quem conhece a intimidade da alma. Não sei se você chegou lá. Mas é por aí, Márcio. Então, se eu acabo de lidar com minhas trevas íntimas pelo autoaperfeiçoamento, caio na berlinda? Não! Você vai passar a trabalhar com o semelhante, como fazem as grandes plêiades que trabalham nos mundos. Porque nosso trabalho, Márcio, eu tenho que repetir uma coisa, porque ainda, aquele núcleo lembra-se que fizemos? Aqui é um núcleo negativo. Aqui eu tenho toda uma linha assim. Este núcleo está atraindo. Mas se eu tenho uma força centrípeta, jogando para dentro, ainda que de característica negativa, vou notando que na potencialidade de todos esses elementos, há uma força de natureza centrífuga. E essa força pode criar uma linha porque eu tenho aqui um núcleo superior de natureza positiva. Então, os que estão engajados nessa linha centrípeta, vibrando com esse núcleo atrativo do mal, o erro, e as contingências evolutivas apresentam uma força mantendo o equilíbrio, contrária ao que temos aprendido, não é isso? A cada ação uma reação; então, nessa luta entre o chamamento para dentro e a busca para fora, cria-se um momento em que há um salto de qualidade aqui, saindo para o outro núcleo positivo. Não tem um salto de qualidade? Então, o salto de qualidade é que joga os elementos que saem daqui. Estes são os elementos que estão sendo trabalhados para mudar de vida.
Agora tem gente querendo resolver o caso aqui dentro. Não mexam aqui não. Eu pergunto se vocês entenderam. Porque aqui é o mundo dele!
Então, aqui, alguns também desviam outros que estão aqui. Por quê? Porque estão aqui por circunstâncias e podem até dar uma voltinha na zona trevosa. Não tem gente assim?
  • Estou doido para dar uma voltinha lá para ver como é que é o negócio lá!..
Quando, na Espiritualidade, os espíritos manifestavam isso, o que Clarêncio e outros falavam com André Luiz?
  • Não vai lá não, lá você não entra…
Não tem isso na obra de André Luiz? Não vai porque ele ainda tem um núcleo que não apagou. Ele está puxando! Só vai embora pela misericórdia! Por isso que não afundou. Agora, se ele entra lá, ele não sai! De maneira que temos que avaliar nosso grau de autoridade. Cada um sabe o que faz. Podemos ter caracteres ainda vibrando, não estão no campo aplicativo, mas no campo mental. Se der livre, vai dar um trabalho enorme para sair dali.
(P) -…[1]
(H) – Os caracteres são somados nos milênios. Nessa grande proposta de maior confiabilidade naquilo que você possui de potencial, ainda tem que ter e não ficar esperando a hora que ele vem pra fora, aquele valor vem pra fora. Os Espíritos precipitam os acontecimentos. Por exemplo, a criatura está assim seca, seca, fazendo um trabalho às 10:30 da noite nas marquises, levando sanduíche ou uma sopa para os meninos lá, debaixo da marquise. Ele está indo ali, quem olha assim é um samaritano. Mas no fundo, ele fala assim:
  • Mas eu estou aqui na marra!..
Ou não tem gente assim? Tem! Eu estou aqui porque tenho que conhecer! Eu não sei até hoje se estou aqui por amor, por revolta, ou por outras razões… Não está? Aí os Espíritos aproveitam aqueles lances fugidios, uma luz dentro dele que até o levou lá para incluir nesse grupo, não pode acontecer? E coloca debaixo da marquise um coração ligado a ele do passado! Perceberam? Vão ajudar.
  • Traz aquele menino, ele tem que vir pra cá hoje. Apresenta aquele outro colega lá e fala pra vir pra cá, dorme aqui, porque aqui você fica melhor protegido com a gente!..
E nesse dia ele foi! E o elemento cruzou e pegou uma vibração ali e que sentiu o respiro e dormiu bem naquela noite. Reencontrou com o aspirador. Isso são estratégias! São estratégias que a Espiritualidade faz para nos tentar tirar do sufoco. Tanto que nas linhas profundas da interação e de melhoria e de socorro, não é qualquer um que socorre não! Temos entidade que chega à reunião, aí o dirigente pode falar três dias seguidos. Não resolve! Mas tem um outro ali dentro que ele olhou e viu e fala assim:
  • Olha quem está aqui, gente! Que misericórdia!..
E dá um sorriso!
(P) –… como vai abandonar as armas dela e deixar pra lá…
(H) – Mas, apesar de você sentir que ela nunca vai largar as armas e deixar pra lá, você tem essa ideia? Eu também tenho! Mas recomendo, não abandone! Sabe por que não pode abandonar? Porque na hora em que o circuito for completado e que a criatura cair na real, entregue às circunstâncias irreverentes da vida, ele lembra assim:
  • E mamãe?
Agora, se a mãe o pôs pra fora, ele lembra assim:
  • Será que ela me recebe?
Se não pôs, ele junta a mala e volta. Entendeu agora? Então recomendamos só isso. Como um dia você fala assim:
  • Sofre menos. Deixe-o cumprir o circuito dele…
Não podemos ajudar alguém assim? Mas não larga ele pra lá não. Abra o coração.
(H) – Não sei se podemos dizer que a matéria liberta. O que sei é como está na obra básica. A matéria é um instrumento que facilita, no final, o coroamento da liberdade do Espírito. Dependendo dela, em sua linha dura e cruel no universo, ela tende a criar um processo gravitacional, de prender, de segurar. Agora, à medida que você trabalha com aprofundamento, vai notar ao olhar para trás: bendita matéria que me fez progredir! Está compreendendo? Bendita a matéria que foi o instrumento do meu progresso! Porque ela é um componente que precipita o desafio.
(P) – Essa libertação é acionada pela vontade?
(H) – Pela vontade. Sem vontade, não há libertação. Esta nossa reunião aqui, sem vontade, é jogar tempo fora, e mais, é jogar palavras fora, como se diz vulgarmente. Porque ela só tem razão de ser para quem sabe que não consegue sair do sufoco senão pela vontade. Então, realmente, ela faz este papel desafiador da entidade em evolução consciente. Para as entidades em evolução normal, natural, ela é o ninho, ela é o berço, como diz André Luiz. O berço da evolução é o campo físico. O berço da evolução é o campo físico e o plano espiritual aprimora. Então, aqui estamos dormindo em berço tranquilo, através dos milênios, e vai chovendo caracteres indutores para a nossa melhoria. Começamos a elaborar estratégias de vida diferentes e estamos acomodados neste berço. Quando resolvemos tentar uma linha superior, aí começa a grande luta de desvincular-se, que é o que Jesus propõe: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" desse laço, que é o laço que nos prende à retaguarda. Valeu, Marlene.
(P)[2] – …
(H) – Esses valores vão te convocar ao vigiai e orai. Vigiar significa ficar atento para não ser atraído por este núcleo aqui. É o vigiai. Mas, se você não orar incessantemente, que não é fazer prece, o orar insistentemente é laborar um desejo, criar uma necessidade, porque a necessidade emerge de repente e o desejo. Alimenta o desejo. Abastece o desejo. Então, o que ocorre? Você colocou um desejo novo que começa a fluir, a fluir e a vibrar; aí você começa a substituir o tipo de desejo que é o desejo de uma vida fácil, ficar acomodado numa poltrona, leito, vamos dizer, confortável. Aí você começa a pensar: "Ah, tenho que pular fora da cama porque a vida está continuando…". Então, você está tentando dar força a um desejo novo. E a vontade é convocada para que você vença na proposta. E essa vontade traz vigilância e insistência nesse novo desejo para você alcançar o objetivo.
Gente, preciso agora encaminhar, pelo menos, para o primeiro versículo.
(P) – Eu posso…
(H) – Desde que você se lembre do que a Beth falou há pouco sobre o poço. Tem gente que quer vibrar no fundo do poço na posição de que está fora do poço. Até você respirar um ar em que não tenha nenhum perigo de ingerir água na respiração, ela fica machucada, porque está querendo ser aquilo que não é! Aquilo que não é. Temos que lutar para conseguir ser aquilo que efetivamente não somos, mas vibramos. Mas saber que estamos no meio do poço subindo nas beiradas. Porque senão sofremos horrivelmente. Não estamos bem de vida! E muita gente leva a vida assim. No fundo, parece que é uma virtude maravilhosa, mas pode ser uma falta de humildade ou uma pretensão muito grande. Então, temos que lutar constantemente para melhorar, para sair do poço. Para reconhecer que tem hora que você tem que parar, esticar as pernas e segurar um ressalto, e até dar uma respirada e alimentar. Quem sabe?
Diz o versículo primeiro: "No princípio criou Deus os céus e a Terra". Talvez vocês já possam falar um bocado porque estou falando muito aqui. Então, seria o seguinte. Foi a forma que Moisés ou seus iniciados julgaram por bem registrar esses primeiros movimentos de Gênesis.
Claro, aqui está o texto reescrito:

Para nos ajudar num processo de evolução consciente, notamos que antes do verbo "criar" vem "no princípio". E depois do verbo "criar", vem "Deus". A colocação de "Deus" após o verbo "criar" é de uma grandeza e sabedoria muito especial. Com o conhecimento espírita, sabemos que a mente é criativa, mas ela cria nos valores já estabelecidos. O Criador por excelência é Deus! É importante notar que, acima de qualquer processo cocriativos nosso, os elementos cocriativos resultantes na misericórdia superior de Deus, que é criativa, mostram que todo nosso processo criador mental é relativo, pois está criando em um contexto já criado.
Quando o texto diz: "no princípio, criou Deus os céus e a terra", aprendemos que todo o processo de Criação, no que se refere à divindade, e de Cocriação, dentro de nossas limitações, envolve a vida ou as expressões mentais da individualidade. No campo inferior do mineral, vegetal e animal, temos um sistema automático onde o campo cocriador da nossa mente é transferido para a mente dos cocriadores técnicos que nos orientam. Eles direcionam nosso destino, pois estamos numa linha de determinismo, não de livre arbítrio.
Neste momento, alcançar a estabilidade íntima espiritual é difícil sem uma capacidade gerencial do nosso campo mental. A mente propõe, envia conexões de vários caracteres e fatores, criando um sistema que achamos bom. Se é bom, útil e verdadeiro, investimos nesse esboço. O processo vivencial deve fortalecer isso. O que era esboço passa a ser linha definida. A mensagem é uma redação histórica e indutiva. Se o verbo está no "criou", temos tempo para fazer o mesmo no campo relativo. O campo mental é crucial no nosso processo evolutivo consciente.
Quem evolui, em tese, não é a mente, mas o Espírito. A mente é instrumento do Espírito, como o cérebro é instrumento da mente. Aqui estão arquivados os conteúdos e caracteres, um posto avançado. É como um comandante de avião que, antigamente, dirigia manualmente. Hoje, com o mapa de voo, marca-se no computador do avião a latitude, longitude e destino. O avião faz o papel da mente, mas quem determina é o Espírito. A mente é importante porque facilita o processo de automatismo da vida.
Quanto mais analítico for o seu processo de elaboração, mais você sofre. Quanto mais analítico, mais paco! Mais paco, mais sofre! Porque é da lei que se trabalhe nos planos globais da realidade.
Os detalhes chegarão a seu tempo! Mesmo que sejam em segundos e frações de segundos, ou em frações de detalhes, eles poderão ser atingidos. Mas, é um sofrimento amplo! O Evangelho diz: "Buscai primeiramente o reino de Deus e sua justiça", e o que acontecerá? "E tudo mais será acrescentado". Mas nós ficamos no "tudo mais"! Como Oswaldo dizia: "Estamos preocupados com a manteiga ou a margarina, não com o pão"! Ou com a pasta que vamos passar no pão, ou o patê, ou algo parecido. O espírito sofre muito.
Quando começamos a trabalhar de forma mais inteligente, no rumo certo, tudo se facilita. Esse acréscimo é muito mais suscetível de ocorrer pelo conhecimento claro que o técnico tem e que nós não temos! Eles nos ajudam e nos dão euforia de viver. Já tivemos muitas coisas que aconteceram exatamente como planejamos, não tivemos? Mas não há necessidade de lutar pelo detalhe! Lutar pelo detalhe é pagar um preço caro. Vamos vivendo e aprendendo. Lutar por um processo ampliado cultiva esperança. Lutar pelo detalhe cultiva desilusões, perspectivas ou expectativas. E há quem viva mais de expectativas do que de esperança! Espera, espera, espera, e às vezes desencarna frustrado! Então, vamos considerar que elaboramos, e às vezes não queremos reformular essas elaborações. Nosso processo de maior ou menor felicidade, ou de maior ou menor encrenca, é o cultivo dessas criações mentais. É criação mesmo! Vamos tirar até o "co" de Cocriação. Vamos atrás das elaborações mentais criadas.
(P) – … preocupar com os detalhes, senão não faz nada …
(H) – Vamos falar do fogão. Vou tentar te ajudar. Você tem 10 pessoas para almoçar na sua casa ao meio-dia. Aí você resolve limpar a cozinha, começando na véspera! No dia seguinte, você chega ao fogão e começa a limpá-lo com um palitinho. O almoço é ao meio-dia e são 10 pessoas para alimentar. Você está limpando as beiradinhas! Está nos acessórios. Às vezes, temos que pegar no palitinho até no nosso sistema de entretenimento. Porque o próprio entretenimento é uma forma operacional que exige nossa experiência. Até hoje, às vezes, as mulheres colocam o cabelo no secador e estão com um livro nas mãos. Às vezes, é por entretenimento ou estão estudando para uma palestra. Não pode acontecer? Até nas academias, isso acontece! Então, nos entretenimentos, essas coisas também podem acontecer.
Quero trabalhar isso e começar por aqui. A elaboração mental tem a forma que vamos preencher. Isso faz parte da evolução consciente. Agora, essa elaboração mental, esses traços que formam o esboço, são formados pelas próprias teias que são realimentadas, as próprias linhas laboradas dos corpúsculos mentais que são o substrato do pensamento. O pensamento, vamos dizer, é matéria na essência! Ele é matéria, uma partícula. E vai também dentro de uma linha química. Porque há componentes dentro desses átomos mentais que modificam de pessoa para pessoa de acordo com a carga. Então ele dá forma aqui. E se formos pelos nossos desejos e sentimentos, é interessante lembrar: desejos e sentimentos; vamos classificando, selecionando e qualificando o pensamento. Com base no que sai da intimidade da minha alma, eu laboro e dou força à onda mental, que cria os esboços que representam nossos planos de referência interativa com o mundo em que estamos ajustados. Ficou difícil ou deu para entender?
(P) – … meu plano vibratório de moral é muito baixo, quero ir mais rápido …
(H) – Mas, nem sempre a caminhada Claro, aqui está o texto reescrito:

A rapidez nem sempre é recomendada. O processo não é rápido. Pelo contrário, a qualidade e a sustentação da onda mental são importantes! Quando digo que minha proposta é me libertar, é me renovar, estou favorecendo o plano qualitativo e fortalecendo minha capacidade mental de superintender, de injetar material nessa força. Sem um lastro de homologação consciencial, não consigo dar força a isso, ao ir e desaparece. Aliás, isso nos favorece! Não termos firmeza mental. Adquiri tanta extravagância que de manhã tinha e à tarde não tinha mais, graças a Deus. Com o tempo, desapareceu. Caímos na real. É preciso ter um processo seletivo grande. "Deus criou o céu e a terra". Ali há ângulos diferenciados, gerais e específicos.
(P) – … do livro de André Luiz quando ele fala do ser, desejar, saber. Quando se fala da qualidade, ela define o teor do querer. A sustentação, o saber desejar. Quando sustento dentro dessa sabedoria que já é uma consciência desperta, definindo a perseverança numa linha diretiva, linha que projeta e nos encaminha à conquista positiva, surge o merecimento definindo a resposta…
(H) – Merecimento é a capacidade de sustentar.
(P) – Mas o sustentar eu coloquei no saber. Porque o primeiro na qualificação, o saber desejar, é o elemento que sustenta. Entendo que tem que ser um trabalho do dia a dia…
(H) – Então, receber vai ser uma soma, pelo que estou depreendendo. Receber depende da insistência e da qualidade que nossa consciência endossa. Se a consciência não endossa esse saber, esse querer, não adianta, pois ficamos lusco-fusco, apagando e acendendo, sem firmeza. O mérito significa o encaminhamento dentro de um contexto globalizado de vida. Isso tudo pesa para que realmente chegue em nossas mãos. Ele falou ali: "tudo que eu desejo eu recebo?"; posso dizer que recebemos muito mais do que imaginamos, mas a seu tempo! Dentro dos parâmetros que não nos coloquem em dificuldade. Interesse também do grupo. Às vezes, determinado valor que queremos receber agora é extemporâneo no contexto em que estamos ajustados. Pode representar um torpedeamento ao interesse do grupo.
(P) - … então, o céu é o que eu desejo e a terra é o chão que já possuo …
(H) - O céu, no que diz respeito ao plano abrangente no campo intrínseco; e a terra, o plano fertilizante da elaboração. A terra é a natureza que responde no campo do concreto. Os céus, o plano elaborador. Tanto que os céus foram criados antes da terra. Aí está o plano intrínseco do ser.
(P) - … o campo mental que criamos, e a palavra e os atos …
(H) - Normalmente, o pensamento cria esse esboço que é o caminho, e a elaboração prática disso no dia a dia vai dando consistência a esse pensamento. E não é assim: pensou, depois falou, concretizou. Não! Os Espíritos definem que primeiro vêm as ideias fragmentadas ou ideias, vamos dizer, relâmpagos ou fragmentos, que eram soltas e fugidias. Quando surgiu o recurso da palavra, da fala, o que aconteceu? A fala deu o esforço de querer concretizar o que penso, estou fortificando o próprio pensamento. Então, ao dar forma a isso, estou colocando força nesses traços. Chega a um ponto que vai gastar reencarnações inteiras para desmanchar isso. Porque aqui passa a ser o quê? Os condicionamentos desses quadros que aportam em primeiro lugar. É nesse sentido. De maneira que é por aí que entendemos.
(P) - … esses céus no plural e matéria no singular …
(H) - Isso é relativo porque na própria linha dos céus, na sua extensão, podemos ter fluido cósmico muito além do que se possa imaginar.
(P) - … esse atributo de inteligência, nós trabalhamos no campo mental porque quando idealizamos algo ou imaginamos, atraímos esses princípios inteligentes e concretizamos na imaginação ideoplástica, pela matéria. Poderia considerar o princípio inteligente como o propósito inicial?
(H) - A matéria ajustada naquele nível. Ao evocá-lo, sim. Eles podem representar verdadeiros bolsões, verdadeiros ninhos, verdadeiros pisos, que poderão se transformar em amplos componentes já de natureza concreta, e isso fica definitivo. Então todo sistema parte desse céu, vamos dizer, como sendo todo um processo de elaboração que você está trazendo aí, inclusive trazendo materiais de diversas naturezas. A pessoa põe na cabeça que vai ter problema de pulmão, que já está ficando tuberculoso. Cada tosse que ele dá:
  • Ih! Estou ruim! Ah! Tossi, estou ruim! … Ele vai, pela força mental, atraindo os bacilos de Koch que vão revestindo o pulmão. Entra num ambiente contaminado, por exemplo, tem mais nove com ele, ele é o décimo, os nove se alimentaram daquilo e não tiveram problema nenhum, mas ele já estava com todo o ninho preparado, aquele componente de contaminação foi suficiente para estender um processo patológico. Deu para entender? Porque ele cultiva o ninho. Então temos que vigiar os pensamentos, com muito carinho.
(P) - … isso com criança …
(H) - Também. Porque já vem, o ser que reencarnou naquela criança, já traz do passado, flashes de sua personalidade. O tempo acabou e na semana que vem vamos começar no princípio! Porque o princípio não foi falado ainda. Este princípio tem muita coisa. A prece de encerramento.


[1] Não foi possível ouvir a pergunta.
[2] Não foi possível ouvir a pergunta.
 
 

Acesse  Estudo da Bíblia com Honório Onofre de Abreu

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segunda-feira, setembro 09, 2024

Transcrição da Reunião Gênesis com Honório Abreu 17/05/2006 1a parte

#Pública


 

Data da Reunião 17/05/2006

"1 No princípio, Deus criou os céus e a terra. 2 A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. 3 Deus disse: Haja luz. E houve luz. 4 Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5 Deus chamou a luz de Dia e as trevas de Noite. Foi a tarde e a manhã: o primeiro dia. 6 Deus disse: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. 7 Deus fez a expansão e separou as águas que estavam debaixo da expansão das águas que estavam sobre a expansão. E assim foi. 8 Deus chamou a expansão de Céu. Foi a tarde e a manhã: o segundo dia. 9 Deus disse: Ajuntem-se as águas debaixo do céu num só lugar, e apareça a porção seca. E assim foi. 10 Deus chamou a porção seca de Terra e ao ajuntamento das águas chamou Mares. E Deus viu que era bom". (Gênesis, 1: 1 a 10)


Antes de entrarmos na análise específica, podemos destacar alguns pontos ou explorar novos aspectos. O texto sugere um caminho evolutivo para nossa análise, focando em dois pontos principais: Matéria e Espírito. Nosso estudo se concentrará na evolução do Espírito.
Se fosse apenas de forma linear, talvez não pudéssemos nos reunir com tanta intensidade, mas para Deus, podemos formar uma boa biblioteca em casa para estudar. O plano interativo que mencionei agora é sobre valorizar e buscar consciência em nossa presença neste grupo, não apenas pela troca de informações, mas também pelo enriquecimento do campo intelectivo e ajustes no campo do sentimento.
Queremos trabalhar com caracteres de ordem moral, que não são transmitidos apenas pela verbalização exterior, mas por uma linha sutil que envolve campos magnéticos e vibracionais. Existem ângulos em nosso levantamento das faixas de atração que usamos a expressão "pântano", referindo-se à atração do interesse inferior no campo da vida. Valores informativos são válidos, mas o que realmente pesa no campo interativo são os caracteres de ordem moral.
Se você conseguir um instrumento para me tirar do pântano, eu preciso alterar meu sentimento para ficar mais leve. Não adianta usar um guindaste que levanta 10 toneladas para me tirar; preciso lutar para ficar mais leve. A atração e repulsão no reino mineral, molecular e atômico funcionam nas linhas profundas do espírito. Podemos nos livrar dos pesos da vida física com instrumentalidades aliadas, mudando o peso de uma célula ou molécula perispirítica por linhas morais, desprendendo material inútil.
A involução que queremos estudar toca na área dos caracteres de ordem moral, que é o que Jesus propõe. Entramos no Apocalipse como um desafio, chegando ao natural. Os Espíritos podem nos olhar com compaixão, mas estão felizes com os 3% que conseguimos captar. Isso é o que importa, pois as condições são de ordem intrínseca.
O que importa é que o Espírito evolui. Para implementar essa evolução, o Espírito utiliza a Matéria como instrumento. A Matéria, ao mesmo tempo que é usada pelo Espírito, exerce sua ação. Na questão 22 do Livro dos Espíritos, a definição de matéria é: "A matéria é o laço que prende o espírito". Esse laço realmente prende! O conhecimento nos fornece instrumentos externos, enquanto a mudança moral cria um processo de sutilização do nosso íntimo, permitindo-nos desprender do véu.
A Matéria também apresenta uma linha evolutiva, que não é exatamente evolução, mas alterações em suas linhas básicas. Por exemplo, a série estequiogênica ou estequioquímica, que vai do hidrogênio ao urânio, mostra diferenças nos átomos. Moléculas ajustadas de forma diferente oferecem sinais distintos. Alterações nos valores intrínsecos do oxigênio e hidrogênio podem criar uma água tóxica, apenas mudando o número de partículas. Essas alterações visam a evolução do Espírito.
A evolução continuará sendo trabalhada de fora para dentro até que decidamos inverter a direção, de dentro para fora. Doenças podem nos acometer por passarmos por regiões contaminadas. Utilizando o conhecimento doutrinário espírita, trabalhamos em um conteúdo que não é detectado pelos olhos ou ouvidos físicos. Escutamos, mas não ouvimos; vemos, mas não enxergamos. No campo simbólico das ações passadas, quem não penetra com objetividade fica tomando água transportada pelos outros.
Os grandes orientadores não falam tudo, pois o aluno só aprende aquilo que descobre por si mesmo. Grandes sábios, quando conhecem profundamente, calam. Eles têm outra sistemática. Muitas vezes, algo dito há anos só é compreendido muito tempo depois. O trabalho didático que fazemos aqui visa induzir. Educar é a arte de formar caracteres e representa o conjunto dos hábitos adquiridos. Educar é despertar potenciais do indivíduo. Queremos colocar sistemas no coração dos aprendizes, mas o potencial é algo que vem da origem.
No plano descendente da evolução, ele não tem consciência, ele é inconsciente. Mas isso foi registrado! E essa consciência surgirá na luta evolutiva de baixo para cima que ele experimentará.
(P)1 - … é muito mais indutivo…
(H)2 – Agora, precisamos considerar o seguinte. Eu preciso ter uma visão consciente dessa observação do mundo. Todos nós aqui estamos engajados em um mundo melhor, não estamos? Campanhas e campanhas por um mundo melhor. Os próprios Espíritos dizem:
  • Estamos a caminho…
De onde? Da Regeneração! Sabe por que essa explicação? Ou por que esse investimento é feito com tanto carinho pela Espiritualidade que sentimos essa necessidade? Porque uma grande parcela dos que estão sofrendo agora e cultivando o sofrimento com todo carinho, devido à falta de visão, estão atrasados em sua melhoria. Caso contrário, não estariam preocupados com um mundo regenerado! Sabe por que não estariam preocupados? Porque há uma fase da nossa evolução em que o indivíduo brutal, com uma arma na mão, elimina 10, 15 pessoas, e os Espíritos apenas observam! E ele fica lá, limpando sua lâmina, para ver se há mais alguém! É evolução. De um lado e do outro. Vocês entendem? Há fundamentação moral para culpar? Não! Isso é de quem pode mais! Evolução! Por que ele precisa correr para a Regeneração? Vocês entenderam? Não há necessidade de preocupação, porque ele está vivendo sua vida!
Agora, se há uma luta e nada está acontecendo, é porque estamos cansados de insistir nisso. Leia no livro "O Evangelho" sobre a questão do duelo, lembra do Kardec? Não há mais duelos com espadas, mas estamos nos enfrentando de cabeça baixa! Assim, ficam brigando os dois. Um de um lado, o outro do outro. Um com enxaqueca, o outro com gastrite. Por causa da luta entre eles. Já poderiam estar na Regeneração há séculos! Por isso estamos apressados com a Regeneração. Porque não podemos apressar o habitat das pessoas; colocar cada um no ambiente que precisa. Agora, alguns têm o ambiente que precisam, mas,
  • Ah, vem cá! Mas até hoje? Ainda precisa disso!
Porque, na realidade, Marlene, precisamos lutar no sentido natural do progresso! Para sermos felizes! É nesse sentido. Você pode não entender. Não estou contrariando o que você trouxe, apenas dizendo que precisamos lutar para estarmos ajustados ao mundo com naturalidade, refletindo com carinho o pensamento superior.
(P) – Será que é por isso que, diante do meu irmão, meu próximo, estou ficando seca…
(H) – Sem dúvida. Houve uma reciclagem no seu campo de análise interior, de meditação, de reflexão, e você concluiu que não é por aí. Mas o conhecimento que temos, ele encontra lá, deixa pra lá. Quando dizemos a uma mãe, que traz um caso difícil de um filho dependente de drogas, que está tirando tudo de casa, infelizmente, temos esses casos, não temos? Eu costumo dizer o seguinte: entregue as armas! Levante a toalha branca, para o seu coração, não para ele!
Agora, há uma diferença entre abrir o coração e esperar que ele faça seu curso e volte no campo evolutivo, e largar pra lá! Porque largar pra lá (eu não disse isso, eu disse entregar as armas, continue com elas), é uma questão complicada. Vocês não têm ideia do que há por trás de um coração que amamos. Tem gente sofrendo muito por aí! Por isso, às vezes, fazemos até extravagâncias no contexto em que vivemos. Não fazemos? Quem está de fora até entra na…
(P) - … e como é esse largar pra lá?
(H) – Saia da luta! Chegou em casa à meia-noite! Você sabe de onde ele está vindo! Não sabe? Aí começa uma briga daquelas! Não é isso? Aí um vai dormir, e o outro pode até sair para a rua novamente e cometer um crime. E a pessoa até perde o sono.
Quando a campainha tocou e ele entrou, você pensou: "Oh Deus! Que ele seja feliz…". Assim que você começa a orar, sinta a questão assistencial. Se você ainda não fez isso, aprenda! "Senhor, ajuda meu filho". Não é assim? Ou, "que minha filha seja protegida". E ore. Não é assim que fazemos? Mas chega um ponto em que dizemos: "Meu Deus, se acontecer algo com ele, que seja o mais brando possível". A prece mudou? Não! Deixou de ser uma prece? Não! O ideal é que nada aconteça, mas se acontecer, que seja mais brando. Porque a vida é dele! Queremos enquadrar a pessoa em uma linha de vida que não foi a nossa! Sabe por que queremos fazer isso? Não é porque aprendemos com o evangelho. É porque passamos por aquelas confusões e pensamos: "Meu Deus! Se ele passar por aquilo, ele não vai aguentar! Eu aguentei! …". A evolução é séria! Precisamos ter uma visão clara! Por isso a doutrina espírita é de uma riqueza inimaginável.
(P) – Nessa questão do livre-arbítrio, em determinados momentos… em que há expansão, não temos mais liberdade. É nesse momento que ativamos o crescimento?
(H) – Sem dúvida. Quando você percebe que algo se abriu para você, e você pensa "eu vou fazer isso" e faz, estão dando ou fazendo concessões, alvará para você. Porque você adquiriu melhores condições e, vamos dizer, a probabilidade de acertar e administrar o processo. É assim que entendemos. Agora, infelizmente, seguimos muito pela linha teórica que adotamos, e outros pela confiança que temos e certeza que naturalmente precisamos alinhar.
(P) -…ao evangelho…
(H) – A expressão usada, de algum modo, lá no fundo, tem razão de ser. Agora, é preciso ter cuidado para não criar uma imagem diferenciada. Quando Emmanuel fala e as entidades nos orientam a domar a instintividade, quase sempre utilizam a instintividade seguida do que é animalizada. Os instintos animalizados são uma coisa. Os instintos no automatismo são outra. Então, nunca posso ganhar espontaneidade, em termos de disciplina, para não incentivar ou criar um processo instintivo dos conceitos que alimento. Não sei se vocês entenderam. Não é isso? Agora, vou chamar de instinto, porque instinto é uma inteligência embrionária na conceituação de Kardec. Então, o que ocorre? Precisamos automatizar nossa forma de interagir com as pessoas. Quando começamos a notar que nossas reações são mais suaves…
Fim da 1ª parte
 
 Notas
:
  1. [1] (P) – perguntas ou comentários formulados ao palestrante
    [2](H) – respostas do palestrante.
 
 Acesse  Estudo da Bíblia com Honório Onofre de Abreu

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