#Pública
Data da Reunião 17/05/2006
Ele começou a ter pensamentos mais agressivos do que a capacidade do menino. Será que entenderam? Mas ele se deixou levar pela emoção, pela instintividade animalizada. Chamou de covarde e outras coisas, criando uma reação vibracional difícil. Outro veio e disse que o menino aprontou. A mãe está nervosa, provavelmente porque ele fez algo errado e precisa de uma correção! Entenderam o sentido? Não muda? Então é assim. Cada carro que para no sinal, quando uma dessas crianças se aproxima, cada um tem um pensamento diferente.
- Lá vem um assaltante, lá vem um pivete, lá vem um menino, lá vem um deserdado da sorte! Ou lá vem um desinformado! Cada um tem um conceito!
(P) – Eu pergunto, somos responsáveis pelo que sabemos e não fazemos, por que carregamos tanto…
(H) – É o direito que cada um tem, Márcio, de escolher a alimentação e manutenção da vida que acha melhor, mesmo com visões distorcidas e equivocadas. O mal surge quando o bem se instaura no campo da nossa consciência. Enquanto o bem ou uma visão ampliada não surgem, o mal não existe. Embora possa ser um componente negativo, não te cria nenhum problema. Certo? Quando você descobre que precisa ser mais calmo em sua atitude, e se precipita, paga um preço pelo mal cometido. Porque na realidade, você vai descobrindo a luz quando descobre as trevas dentro de você. À medida que evoluímos, ao ver alguém ao nosso redor, começamos a notar que o componente da aprendizagem passou das linhas de justiça íntima para o plano do amor no contexto em que vivemos. Então, continuamos nossa evolução errando e consertando, errando e consertando. Isso é inerente às nossas evoluções.
No final, à medida que você se ajusta, não vai ficar delineando para o seu semelhante ou amigo a história entristecedora dos crimes que a pessoa cometeu. Você vai tentar atendê-lo já sabendo; viu os crimes e guardou, calou. O diagnóstico dele não é porque ele está com essa dor por isso. Essa dor é consequência daquilo. E o caminho mais fácil para ele, por enquanto, é despertar o sorriso nele. O outro despertar o sorriso piora! Ele vai brigar consigo mesmo. Isso é o legítimo diagnóstico de quem conhece a intimidade da alma. Não sei se você chegou lá. Mas é por aí, Márcio. Então, se eu acabo de lidar com minhas trevas íntimas pelo autoaperfeiçoamento, caio na berlinda? Não! Você vai passar a trabalhar com o semelhante, como fazem as grandes plêiades que trabalham nos mundos. Porque nosso trabalho, Márcio, eu tenho que repetir uma coisa, porque ainda, aquele núcleo lembra-se que fizemos? Aqui é um núcleo negativo. Aqui eu tenho toda uma linha assim. Este núcleo está atraindo. Mas se eu tenho uma força centrípeta, jogando para dentro, ainda que de característica negativa, vou notando que na potencialidade de todos esses elementos, há uma força de natureza centrífuga. E essa força pode criar uma linha porque eu tenho aqui um núcleo superior de natureza positiva. Então, os que estão engajados nessa linha centrípeta, vibrando com esse núcleo atrativo do mal, o erro, e as contingências evolutivas apresentam uma força mantendo o equilíbrio, contrária ao que temos aprendido, não é isso? A cada ação uma reação; então, nessa luta entre o chamamento para dentro e a busca para fora, cria-se um momento em que há um salto de qualidade aqui, saindo para o outro núcleo positivo. Não tem um salto de qualidade? Então, o salto de qualidade é que joga os elementos que saem daqui. Estes são os elementos que estão sendo trabalhados para mudar de vida.
Agora tem gente querendo resolver o caso aqui dentro. Não mexam aqui não. Eu pergunto se vocês entenderam. Porque aqui é o mundo dele!
Então, aqui, alguns também desviam outros que estão aqui. Por quê? Porque estão aqui por circunstâncias e podem até dar uma voltinha na zona trevosa. Não tem gente assim?
- Estou doido para dar uma voltinha lá para ver como é que é o negócio lá!..
Quando, na Espiritualidade, os espíritos manifestavam isso, o que Clarêncio e outros falavam com André Luiz?
- Não vai lá não, lá você não entra…
Não tem isso na obra de André Luiz? Não vai porque ele ainda tem um núcleo que não apagou. Ele está puxando! Só vai embora pela misericórdia! Por isso que não afundou. Agora, se ele entra lá, ele não sai! De maneira que temos que avaliar nosso grau de autoridade. Cada um sabe o que faz. Podemos ter caracteres ainda vibrando, não estão no campo aplicativo, mas no campo mental. Se der livre, vai dar um trabalho enorme para sair dali.
(P) -…[1]
(H) – Os caracteres são somados nos milênios. Nessa grande proposta de maior confiabilidade naquilo que você possui de potencial, ainda tem que ter e não ficar esperando a hora que ele vem pra fora, aquele valor vem pra fora. Os Espíritos precipitam os acontecimentos. Por exemplo, a criatura está assim seca, seca, fazendo um trabalho às 10:30 da noite nas marquises, levando sanduíche ou uma sopa para os meninos lá, debaixo da marquise. Ele está indo ali, quem olha assim é um samaritano. Mas no fundo, ele fala assim:
- Mas eu estou aqui na marra!..
Ou não tem gente assim? Tem! Eu estou aqui porque tenho que conhecer! Eu não sei até hoje se estou aqui por amor, por revolta, ou por outras razões… Não está? Aí os Espíritos aproveitam aqueles lances fugidios, uma luz dentro dele que até o levou lá para incluir nesse grupo, não pode acontecer? E coloca debaixo da marquise um coração ligado a ele do passado! Perceberam? Vão ajudar.
- Traz aquele menino, ele tem que vir pra cá hoje. Apresenta aquele outro colega lá e fala pra vir pra cá, dorme aqui, porque aqui você fica melhor protegido com a gente!..
E nesse dia ele foi! E o elemento cruzou e pegou uma vibração ali e que sentiu o respiro e dormiu bem naquela noite. Reencontrou com o aspirador. Isso são estratégias! São estratégias que a Espiritualidade faz para nos tentar tirar do sufoco. Tanto que nas linhas profundas da interação e de melhoria e de socorro, não é qualquer um que socorre não! Temos entidade que chega à reunião, aí o dirigente pode falar três dias seguidos. Não resolve! Mas tem um outro ali dentro que ele olhou e viu e fala assim:
- Olha quem está aqui, gente! Que misericórdia!..
E dá um sorriso!
(P) –… como vai abandonar as armas dela e deixar pra lá…
(H) – Mas, apesar de você sentir que ela nunca vai largar as armas e deixar pra lá, você tem essa ideia? Eu também tenho! Mas recomendo, não abandone! Sabe por que não pode abandonar? Porque na hora em que o circuito for completado e que a criatura cair na real, entregue às circunstâncias irreverentes da vida, ele lembra assim:
- E mamãe?
Agora, se a mãe o pôs pra fora, ele lembra assim:
- Será que ela me recebe?
Se não pôs, ele junta a mala e volta. Entendeu agora? Então recomendamos só isso. Como um dia você fala assim:
- Sofre menos. Deixe-o cumprir o circuito dele…
Não podemos ajudar alguém assim? Mas não larga ele pra lá não. Abra o coração.
(H) – Não sei se podemos dizer que a matéria liberta. O que sei é como está na obra básica. A matéria é um instrumento que facilita, no final, o coroamento da liberdade do Espírito. Dependendo dela, em sua linha dura e cruel no universo, ela tende a criar um processo gravitacional, de prender, de segurar. Agora, à medida que você trabalha com aprofundamento, vai notar ao olhar para trás: bendita matéria que me fez progredir! Está compreendendo? Bendita a matéria que foi o instrumento do meu progresso! Porque ela é um componente que precipita o desafio.
(P) – Essa libertação é acionada pela vontade?
(H) – Pela vontade. Sem vontade, não há libertação. Esta nossa reunião aqui, sem vontade, é jogar tempo fora, e mais, é jogar palavras fora, como se diz vulgarmente. Porque ela só tem razão de ser para quem sabe que não consegue sair do sufoco senão pela vontade. Então, realmente, ela faz este papel desafiador da entidade em evolução consciente. Para as entidades em evolução normal, natural, ela é o ninho, ela é o berço, como diz André Luiz. O berço da evolução é o campo físico. O berço da evolução é o campo físico e o plano espiritual aprimora. Então, aqui estamos dormindo em berço tranquilo, através dos milênios, e vai chovendo caracteres indutores para a nossa melhoria. Começamos a elaborar estratégias de vida diferentes e estamos acomodados neste berço. Quando resolvemos tentar uma linha superior, aí começa a grande luta de desvincular-se, que é o que Jesus propõe: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" desse laço, que é o laço que nos prende à retaguarda. Valeu, Marlene.
(P)[2] – …
(H) – Esses valores vão te convocar ao vigiai e orai. Vigiar significa ficar atento para não ser atraído por este núcleo aqui. É o vigiai. Mas, se você não orar incessantemente, que não é fazer prece, o orar insistentemente é laborar um desejo, criar uma necessidade, porque a necessidade emerge de repente e o desejo. Alimenta o desejo. Abastece o desejo. Então, o que ocorre? Você colocou um desejo novo que começa a fluir, a fluir e a vibrar; aí você começa a substituir o tipo de desejo que é o desejo de uma vida fácil, ficar acomodado numa poltrona, leito, vamos dizer, confortável. Aí você começa a pensar: "Ah, tenho que pular fora da cama porque a vida está continuando…". Então, você está tentando dar força a um desejo novo. E a vontade é convocada para que você vença na proposta. E essa vontade traz vigilância e insistência nesse novo desejo para você alcançar o objetivo.
Gente, preciso agora encaminhar, pelo menos, para o primeiro versículo.
(P) – Eu posso…
(H) – Desde que você se lembre do que a Beth falou há pouco sobre o poço. Tem gente que quer vibrar no fundo do poço na posição de que está fora do poço. Até você respirar um ar em que não tenha nenhum perigo de ingerir água na respiração, ela fica machucada, porque está querendo ser aquilo que não é! Aquilo que não é. Temos que lutar para conseguir ser aquilo que efetivamente não somos, mas vibramos. Mas saber que estamos no meio do poço subindo nas beiradas. Porque senão sofremos horrivelmente. Não estamos bem de vida! E muita gente leva a vida assim. No fundo, parece que é uma virtude maravilhosa, mas pode ser uma falta de humildade ou uma pretensão muito grande. Então, temos que lutar constantemente para melhorar, para sair do poço. Para reconhecer que tem hora que você tem que parar, esticar as pernas e segurar um ressalto, e até dar uma respirada e alimentar. Quem sabe?
Diz o versículo primeiro: "No princípio criou Deus os céus e a Terra". Talvez vocês já possam falar um bocado porque estou falando muito aqui. Então, seria o seguinte. Foi a forma que Moisés ou seus iniciados julgaram por bem registrar esses primeiros movimentos de Gênesis.
Claro, aqui está o texto reescrito:
Para nos ajudar num processo de evolução consciente, notamos que antes do verbo "criar" vem "no princípio". E depois do verbo "criar", vem "Deus". A colocação de "Deus" após o verbo "criar" é de uma grandeza e sabedoria muito especial. Com o conhecimento espírita, sabemos que a mente é criativa, mas ela cria nos valores já estabelecidos. O Criador por excelência é Deus! É importante notar que, acima de qualquer processo cocriativos nosso, os elementos cocriativos resultantes na misericórdia superior de Deus, que é criativa, mostram que todo nosso processo criador mental é relativo, pois está criando em um contexto já criado.
Quando o texto diz: "no princípio, criou Deus os céus e a terra", aprendemos que todo o processo de Criação, no que se refere à divindade, e de Cocriação, dentro de nossas limitações, envolve a vida ou as expressões mentais da individualidade. No campo inferior do mineral, vegetal e animal, temos um sistema automático onde o campo cocriador da nossa mente é transferido para a mente dos cocriadores técnicos que nos orientam. Eles direcionam nosso destino, pois estamos numa linha de determinismo, não de livre arbítrio.
Neste momento, alcançar a estabilidade íntima espiritual é difícil sem uma capacidade gerencial do nosso campo mental. A mente propõe, envia conexões de vários caracteres e fatores, criando um sistema que achamos bom. Se é bom, útil e verdadeiro, investimos nesse esboço. O processo vivencial deve fortalecer isso. O que era esboço passa a ser linha definida. A mensagem é uma redação histórica e indutiva. Se o verbo está no "criou", temos tempo para fazer o mesmo no campo relativo. O campo mental é crucial no nosso processo evolutivo consciente.
Quem evolui, em tese, não é a mente, mas o Espírito. A mente é instrumento do Espírito, como o cérebro é instrumento da mente. Aqui estão arquivados os conteúdos e caracteres, um posto avançado. É como um comandante de avião que, antigamente, dirigia manualmente. Hoje, com o mapa de voo, marca-se no computador do avião a latitude, longitude e destino. O avião faz o papel da mente, mas quem determina é o Espírito. A mente é importante porque facilita o processo de automatismo da vida.
Quanto mais analítico for o seu processo de elaboração, mais você sofre. Quanto mais analítico, mais paco! Mais paco, mais sofre! Porque é da lei que se trabalhe nos planos globais da realidade.
Os detalhes chegarão a seu tempo! Mesmo que sejam em segundos e frações de segundos, ou em frações de detalhes, eles poderão ser atingidos. Mas, é um sofrimento amplo! O Evangelho diz: "Buscai primeiramente o reino de Deus e sua justiça", e o que acontecerá? "E tudo mais será acrescentado". Mas nós ficamos no "tudo mais"! Como Oswaldo dizia: "Estamos preocupados com a manteiga ou a margarina, não com o pão"! Ou com a pasta que vamos passar no pão, ou o patê, ou algo parecido. O espírito sofre muito.
Quando começamos a trabalhar de forma mais inteligente, no rumo certo, tudo se facilita. Esse acréscimo é muito mais suscetível de ocorrer pelo conhecimento claro que o técnico tem e que nós não temos! Eles nos ajudam e nos dão euforia de viver. Já tivemos muitas coisas que aconteceram exatamente como planejamos, não tivemos? Mas não há necessidade de lutar pelo detalhe! Lutar pelo detalhe é pagar um preço caro. Vamos vivendo e aprendendo. Lutar por um processo ampliado cultiva esperança. Lutar pelo detalhe cultiva desilusões, perspectivas ou expectativas. E há quem viva mais de expectativas do que de esperança! Espera, espera, espera, e às vezes desencarna frustrado! Então, vamos considerar que elaboramos, e às vezes não queremos reformular essas elaborações. Nosso processo de maior ou menor felicidade, ou de maior ou menor encrenca, é o cultivo dessas criações mentais. É criação mesmo! Vamos tirar até o "co" de Cocriação. Vamos atrás das elaborações mentais criadas.
(P) – … preocupar com os detalhes, senão não faz nada …
(H) – Vamos falar do fogão. Vou tentar te ajudar. Você tem 10 pessoas para almoçar na sua casa ao meio-dia. Aí você resolve limpar a cozinha, começando na véspera! No dia seguinte, você chega ao fogão e começa a limpá-lo com um palitinho. O almoço é ao meio-dia e são 10 pessoas para alimentar. Você está limpando as beiradinhas! Está nos acessórios. Às vezes, temos que pegar no palitinho até no nosso sistema de entretenimento. Porque o próprio entretenimento é uma forma operacional que exige nossa experiência. Até hoje, às vezes, as mulheres colocam o cabelo no secador e estão com um livro nas mãos. Às vezes, é por entretenimento ou estão estudando para uma palestra. Não pode acontecer? Até nas academias, isso acontece! Então, nos entretenimentos, essas coisas também podem acontecer.
Quero trabalhar isso e começar por aqui. A elaboração mental tem a forma que vamos preencher. Isso faz parte da evolução consciente. Agora, essa elaboração mental, esses traços que formam o esboço, são formados pelas próprias teias que são realimentadas, as próprias linhas laboradas dos corpúsculos mentais que são o substrato do pensamento. O pensamento, vamos dizer, é matéria na essência! Ele é matéria, uma partícula. E vai também dentro de uma linha química. Porque há componentes dentro desses átomos mentais que modificam de pessoa para pessoa de acordo com a carga. Então ele dá forma aqui. E se formos pelos nossos desejos e sentimentos, é interessante lembrar: desejos e sentimentos; vamos classificando, selecionando e qualificando o pensamento. Com base no que sai da intimidade da minha alma, eu laboro e dou força à onda mental, que cria os esboços que representam nossos planos de referência interativa com o mundo em que estamos ajustados. Ficou difícil ou deu para entender?
(P) – … meu plano vibratório de moral é muito baixo, quero ir mais rápido …
(H) – Mas, nem sempre a caminhada Claro, aqui está o texto reescrito:
A rapidez nem sempre é recomendada. O processo não é rápido. Pelo contrário, a qualidade e a sustentação da onda mental são importantes! Quando digo que minha proposta é me libertar, é me renovar, estou favorecendo o plano qualitativo e fortalecendo minha capacidade mental de superintender, de injetar material nessa força. Sem um lastro de homologação consciencial, não consigo dar força a isso, ao ir e desaparece. Aliás, isso nos favorece! Não termos firmeza mental. Adquiri tanta extravagância que de manhã tinha e à tarde não tinha mais, graças a Deus. Com o tempo, desapareceu. Caímos na real. É preciso ter um processo seletivo grande. "Deus criou o céu e a terra". Ali há ângulos diferenciados, gerais e específicos.
(P) – … do livro de André Luiz quando ele fala do ser, desejar, saber. Quando se fala da qualidade, ela define o teor do querer. A sustentação, o saber desejar. Quando sustento dentro dessa sabedoria que já é uma consciência desperta, definindo a perseverança numa linha diretiva, linha que projeta e nos encaminha à conquista positiva, surge o merecimento definindo a resposta…
(H) – Merecimento é a capacidade de sustentar.
(P) – Mas o sustentar eu coloquei no saber. Porque o primeiro na qualificação, o saber desejar, é o elemento que sustenta. Entendo que tem que ser um trabalho do dia a dia…
(H) – Então, receber vai ser uma soma, pelo que estou depreendendo. Receber depende da insistência e da qualidade que nossa consciência endossa. Se a consciência não endossa esse saber, esse querer, não adianta, pois ficamos lusco-fusco, apagando e acendendo, sem firmeza. O mérito significa o encaminhamento dentro de um contexto globalizado de vida. Isso tudo pesa para que realmente chegue em nossas mãos. Ele falou ali: "tudo que eu desejo eu recebo?"; posso dizer que recebemos muito mais do que imaginamos, mas a seu tempo! Dentro dos parâmetros que não nos coloquem em dificuldade. Interesse também do grupo. Às vezes, determinado valor que queremos receber agora é extemporâneo no contexto em que estamos ajustados. Pode representar um torpedeamento ao interesse do grupo.
(P) - … então, o céu é o que eu desejo e a terra é o chão que já possuo …
(H) - O céu, no que diz respeito ao plano abrangente no campo intrínseco; e a terra, o plano fertilizante da elaboração. A terra é a natureza que responde no campo do concreto. Os céus, o plano elaborador. Tanto que os céus foram criados antes da terra. Aí está o plano intrínseco do ser.
(P) - … o campo mental que criamos, e a palavra e os atos …
(H) - Normalmente, o pensamento cria esse esboço que é o caminho, e a elaboração prática disso no dia a dia vai dando consistência a esse pensamento. E não é assim: pensou, depois falou, concretizou. Não! Os Espíritos definem que primeiro vêm as ideias fragmentadas ou ideias, vamos dizer, relâmpagos ou fragmentos, que eram soltas e fugidias. Quando surgiu o recurso da palavra, da fala, o que aconteceu? A fala deu o esforço de querer concretizar o que penso, estou fortificando o próprio pensamento. Então, ao dar forma a isso, estou colocando força nesses traços. Chega a um ponto que vai gastar reencarnações inteiras para desmanchar isso. Porque aqui passa a ser o quê? Os condicionamentos desses quadros que aportam em primeiro lugar. É nesse sentido. De maneira que é por aí que entendemos.
(P) - … esses céus no plural e matéria no singular …
(H) - Isso é relativo porque na própria linha dos céus, na sua extensão, podemos ter fluido cósmico muito além do que se possa imaginar.
(P) - … esse atributo de inteligência, nós trabalhamos no campo mental porque quando idealizamos algo ou imaginamos, atraímos esses princípios inteligentes e concretizamos na imaginação ideoplástica, pela matéria. Poderia considerar o princípio inteligente como o propósito inicial?
(H) - A matéria ajustada naquele nível. Ao evocá-lo, sim. Eles podem representar verdadeiros bolsões, verdadeiros ninhos, verdadeiros pisos, que poderão se transformar em amplos componentes já de natureza concreta, e isso fica definitivo. Então todo sistema parte desse céu, vamos dizer, como sendo todo um processo de elaboração que você está trazendo aí, inclusive trazendo materiais de diversas naturezas. A pessoa põe na cabeça que vai ter problema de pulmão, que já está ficando tuberculoso. Cada tosse que ele dá:
- Ih! Estou ruim! Ah! Tossi, estou ruim! … Ele vai, pela força mental, atraindo os bacilos de Koch que vão revestindo o pulmão. Entra num ambiente contaminado, por exemplo, tem mais nove com ele, ele é o décimo, os nove se alimentaram daquilo e não tiveram problema nenhum, mas ele já estava com todo o ninho preparado, aquele componente de contaminação foi suficiente para estender um processo patológico. Deu para entender? Porque ele cultiva o ninho. Então temos que vigiar os pensamentos, com muito carinho.
(P) - … isso com criança …
(H) - Também. Porque já vem, o ser que reencarnou naquela criança, já traz do passado, flashes de sua personalidade. O tempo acabou e na semana que vem vamos começar no princípio! Porque o princípio não foi falado ainda. Este princípio tem muita coisa. A prece de encerramento.
[1] Não foi possível ouvir a pergunta.
[2] Não foi possível ouvir a pergunta.
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