segunda-feira, fevereiro 03, 2025

A Função do Trabalho

#Pública






Analisar a função do trabalho, observando seu grande valor na formação do Espírito, é um grande desafio, visto que, até pouco tempo atrás, trabalhar era tido como uma atitude inferior, destinada apenas aos escravos e aos socialmente excluídos.
A afirmativa bíblica "com o suor do teu rosto comerás o teu pão"[1] foi mal interpretada. Por conclusões apressadas e imediatistas, o homem elegeu o ócio como um ponto a conquistar, aprofundando ainda mais sua queda moral.
Foi com Jesus, o sociólogo maior de todos os tempos, que o trabalho ganhou real significado:
"Mas quem quiser se tornar grande no meio de vós, seja vosso servo. E quem quiser, dentre vós, ser o primeiro, deve ser vosso servidor."[2]
"Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também."[3]
Infelizmente, ao tornar-se religião oficial do império, e sofrer mais influência do paganismo romano, o Cristianismo, com o tempo, abandonou as propostas iniciais do Cristo. Com isso, seus seguidores esqueceram a função maior do ato de servir.
Alguns missionários a serviço de Jesus retornaram ao planeta para resgatar as "primícias do Reino". Entre eles, destacamos as figuras de Francisco de Assis, Lutero e Joana d'Arc. Porém, é a partir da Revolução Industrial que se inicia o processo de resgate do trabalho como virtude a ser conquistada. Nesse período ocorre uma maior conscientização da classe trabalhadora.
No século XIX, devido ao maior amadurecimento da Humanidade, a verdade vem à tona. Vemos Kardec, sincero discípulo do Senhor, perguntar às entidades que o dirigiam:
A necessidade do trabalho é uma lei da natureza?
Ao que eles respondem:
"O trabalho é uma lei natural…"[4]
E vão mais além, ao afirmar que o trabalho não é somente material:
"O Espírito trabalha como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho."[5]
A partir daí, o espiritualismo fincou raízes na consciência fértil da Humanidade. No início do século XX, Pietro Ubaldi desenvolveu a tese que colocou o ato de servir em seu lugar correto. Inspirado pela voz que lembrava Jesus e o Espírito da Verdade, afirmou:
"O trabalho não é uma necessidade econômica, mas uma necessidade moral."[6]
Ao que Emmanuel completa, através da iluminada psicografia de Francisco Cândido Xavier:
Não vale, contudo, agir por agir. As regiões infernais vibram repletas de movimento.[7]
Entendemos aqui que a movimentação por um fim útil pode, muitas vezes, nos aprisionar em sentimentos inferiores, já que cada um se movimenta de acordo com o seu estado evolutivo. Presos que ainda somos a uma retaguarda formada por anseios de nosso subconsciente dominado por instintos embrutecidos, insistimos em vibrar pensando somente no conforto próprio e nos nossos interesses, esquecendo de retirar da oportunidade de ação os recursos enobrecedores da alma.
"Os caminhos da evolução no nível humano são ciência e trabalho", afirma Ubaldi, em perfeita consonância com a questão 676 de O Livro dos Espíritos. Nela, os Espíritos afirmam que o trabalho é uma consequência da natureza corporal do homem, uma expiação e um meio de aperfeiçoar a inteligência.
Nesse ponto, retornamos ao texto bíblico e, usando sua simbologia, vemos que a necessidade de "ganhar o pão com o suor do rosto" só aparece após a perda do paraíso. É com o rompimento com a Lei de Deus e o distanciamento dos desígnios superiores que o trabalho surge como expiação. Isso ocorre devido ao aprofundamento da criatura na matéria, apagando-se as possibilidades divinas no homem. Porém, é preciso compreender que esse trabalho é o instrumento mais eficiente de resgate dos potenciais do Espírito, através do aperfeiçoamento da inteligência e da auto-iluminação da criatura, conforme a expressão evangélica "resplandeça a vossa luz."[8]
Em seu Evangelho, Jesus é o exemplo maior. Não o encontramos ocioso em nenhum momento, nem mesmo nos festivos ou jantares dos quais participava. O Senhor aproveitava para servir e ensinar por meio de sua ação edificante em favor do próximo.
Voltando ao autor de A Grande Síntese, nos deparamos com a afirmação:
Maravilhoso é vosso dinamismo trabalhador e criador, mas não o tomeis como meta absoluta, como tipo definitivo e completo de vida, mas apenas como meio para atingir um estado mais distante e algo superior.
Ao que Emmanuel parece concordar:
Além do trabalho-obrigação que nos remunera de pronto, é necessário nos atentarmos ao prazer de servir.[9]
Todavia, sabemos que essa substituição proposta por Emmanuel se dá naturalmente. O homem ainda se acha prisioneiro dos interesses materiais, e a vida, sempre dinâmica em seu modo de agir, o impulsiona a conquistas importantes para o seu plano atual de evolução, por meio do trabalho voltado às questões imediatistas.
O homem pensa que trabalha exclusivamente para enriquecer e desfrutar os bens terrenos, porém, a Providência o ensina sutilmente a se esforçar, colaborar e servir, para atingir seu objetivo superior. "Vossa atividade humana ilumina-se, então, com luz interior; valoriza-se com significado imensamente mais alto", lembra Ubaldi. E ainda: "Todos os vossos males são devidos à vossa imperfeição social e à vossa impotência de saber fazer melhor."
O capítulo 79 de A Grande Síntese é farto de colocações que nos ajudam a compreender a utilidade do trabalho e a evolução da compreensão do homem a seu respeito. Do mesmo modo que Emmanuel em colocação anterior, Ubaldi afirma: "Ao conceito de trabalho econômico tem que substituir-se o de trabalho função social, direi mais: função biológica construtora."
Mostramos em nossos comentários a função do trabalho de tornar o homem melhor, objetivo este que é o da própria existência. Não temos a menor dúvida que o ato de servir é o melhor instrumento de auto-iluminação para o homem de todas as eras. "O trabalho-ação transforma o ambiente; o trabalho-serviço transforma o homem." [10]
Como o sentido da vida é para frente e para o alto, esse impulso de buscar algo melhor – que é Deus em nós – nos leva a trabalhar por nosso conforto (Lei de Conservação) e de nossos seres queridos (Lei de Amor e Caridade). Porém, como o sentido da vida é a evolução, nos aperfeiçoamos, aprimorando, assim, a legislação que nos orienta, e criando uma ética mais próxima da verdadeira moral, que é a observância da Lei de Deus. Como consequência, melhoramos o ambiente e criamos mais conforto e soluções adequadas para problemas que, desde sempre, desafiam a Humanidade. Esse é o trabalho função social.
Ubaldi ainda acrescenta sobre o trabalho: "função biológica construtora". Insistimos em afirmar que o projeto da vida para todos nós é a evolução. Evolução significa superarmos a animalidade e aperfeiçoarmo-nos moralmente. É também a construção constante de um biótipo mais adiantado, capaz de vivenciar uma ética superior de forma espontânea.
É fato, e a Antropologia confirma, que o tipo biológico do ser humano evoluiu consideravelmente do homem primitivo ao atual. Não só o organismo físico mudou, mas também sua psicologia. Essa construção de um psiquismo mais adiantado não se dá ao acaso, mas é fruto do sacrifício, do esforço e da abnegação que o homem aprende diariamente, na busca incessante e contínua de refletir com mais qualidade e à luz dos planos celestiais. Só a repetição constante cria automatismos e aptidões cada vez mais claros e nobres.
Para encerrar estes singelos comentários, é importante concluir os apontamentos citados por Kardec, Ubaldi e Emmanuel, e, principalmente, a atitude constante do Educador maior da Humanidade, que é Jesus:
  • O trabalho é um instrumento de construção eterna;
  • É disciplina do Espírito;
  • O trabalho não é uma condenação social dos deserdados, mas um dever de todos. É imoral não colaborar;
  • A abnegação começa onde termina o dever. É a "segunda milha a caminhar" que nos ensina Jesus em seu iluminado Sermão. É dar a outra face, largar a capa quando nos for exigida a túnica.
Cláudio Fajardo
Extraído da Revista "O Médium" editado pela AME de Juiz de Fora (MG) de ·
[1] Gênesis, 3: 19.
[2] Mateus, 20: 26 e 27.
[3] João, 5: 17.
[4] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 50ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1980. Questão 674.
[5] Ibidem, Questão 675.
[6] UBALDI, Pietro. A Grande Síntese, 18 ª Ed. Campos dos Goytacazes: Fraternidade Francisco de Assis, 1997. Cap. 79
[7] XAVIER, Francisco C./ Emmanuel (Espírito). Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. Cap. 7.
[8] Mateus, 5: 16.
[9] Pensamento e Vida, Cap. 7.
[10] Pensamento e Vida, Cap. 7.
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segunda-feira, janeiro 27, 2025

Sobre o Símbolo dos Números no Estudo da Evolução do Espírito

#Pública



Por Honório Abreu



Estamos trabalhando no desenvolvimento septenário, de 1 a 7. Lembramos das várias colocações retiradas do Antigo e Novo Testamento, onde a linha espiral propõe, em cada volta, 7 passos. Isso define a projeção do ser. Fazemos uma divisão ampla entre os 6 passos e o 7º passo. Quando não conseguimos abrir na 6ª etapa para o 7º, ao invés de evoluirmos, acabamos fechando a volta.
Há uma tendência, ao fazermos essa volta, de fechar a linha em uma reciclagem da experiência anterior. Entenderam? Quando estamos em um mecanismo de evolução consciente, abrimos a linha, evitando a reciclagem periódica 666 ou algo semelhante à besta apocalíptica, da repetição sistemática e materialista. Notamos que o 7 projeta.
Quando distribuímos de 1 a 7, temos uma equação básica de 3,5, que é a metade dos 7 passos da evolução. Este número tem uma configuração profética acentuada. Muitas profecias registradas no Antigo e Novo Testamento estão embutidas aqui: 3 dias e meio, 3,5 períodos, 42 meses, 1.260 dias. Todas essas são equações equivalentes. Por quê? Porque em todo mecanismo do universo, notamos uma linha espiral funcionando. A Terra, ao girar sobre si mesma em 24 horas, completa o giro, mas se desloca no espaço pelos movimentos do sistema. Perceberam? Nunca há um fechamento desse círculo, pois ele se desloca abrindo uma linha espiral. Tudo se expressa assim. Esses 3 dias e meio são os mesmos 42 meses, representando o cumprimento da profecia, instaurado nos 3,5 primeiros dias da etapa septenária da espiral. Os três primeiros dias catalogamos como causa. Essas causas lançam as raízes proféticas dos três dias e meio subsequentes. Toda relação profética se dá em cima das causas já implementadas a nível de sementeira. Entenderam? Ok?
Quando falamos em 4, falamos da penetração do elemento na etapa subsequente da evolução. O 4 é a base da pirâmide, a sustentação. O elemento já está sustentado, pelo menos a nível psíquico e estratégico, ele está lançado. Jesus passou 40 dias no deserto. Completou 40 dias e sedimentou a linha que o lança para a complementação do ciclo. Quando falamos em 40 anos na jornada dos hebreus do Egito até a Terra Prometida, estamos falando dessa raiz 4. A presença dos hebreus no Egito por 400 anos sugere isso. A equação 4 representa a caminhada do ser vencendo a 1ª etapa. É como se, ao completar a subida, ele começasse a descida operacional com base no que aprendeu na subida. À medida que nos identificamos com o sistema da Evolução Consciente, isso se torna uma equação natural de vida. Como diz em João 3:13: "Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu; o Filho do Homem que está no céu." Já comentamos isso algumas vezes. Ninguém subiu efetivamente, senão o que desceu. Essa descida representa o cumprimento da lei, carma cumprido, resultado da experiência adquirida a nível psíquico. Então, a pessoa cumpriu. E o mecanismo de "ninguém subiu senão o que desceu". Jesus utiliza os verbos "subir" e "descer", enquanto o Evangelho propõe o verbo "estar". Comentamos sobre o "ser" e o "estar" em outros momentos. Porque o ideal não é apenas estar assim, mas ser assim!
No contexto da evolução consciente, nós somos assim quando escolhemos esse sistema. Mas, no fluxo relativo da evolução, estamos sempre em um processo constante de crescimento. Esse "estar" em constante crescimento mostra que integramos um mecanismo de estabilidade interior, dentro da dinâmica do Universo. Aquilo que para, se machuca! O que se move, não se machuca. Parece o contrário, não é? Parado não tem perigo! Mas, aqui, tem! Parando, nos enclausuramos. Movendo-nos, ativamos com tranquilidade! O número 4 já ultrapassou a barreira do 3,5. Deu para entender?
[P]: Sr. Honório, no caso da regeneração, podemos usar o verbo "ser"?
[H]: O verbo "ser" é a realidade do nosso psiquismo. O modo de ser que está no nosso coração. Mas o "ser" está em constante esforço de modificação! O "ser" está em regime dinâmico. No fundo, nossa personalidade, nosso eu, age assim, é nossa integração. Entendeu?
Nossa participação ou presença em um departamento regenerativo implica na consciência de estar constantemente crescendo. Estamos sempre gerenciando o Filho do Homem. É como se o "ser" em renovação nunca envelhecesse, pois está sempre em mecanismo de renovação. Estamos sempre gerando uma nova personalidade, gerenciando um processo de crescimento. É nesse sentido.
[P]: Uma interpretação mais tranquila, menos ofensiva, seria dizer que o 666 tem uma tendência à repetição de experiências infelizes? E que talvez precise de uma intervenção espiritual, algo mais drástico?
[H]: Sim, sempre representa uma resolução íntima, baseada na misericórdia e no amparo daqueles que nos amam. Quando chegamos na 6ª etapa dessa linha septenária da evolução consciente, tudo fica nebuloso e difícil! É aí que entra a expressão "não se turbe o vosso coração". Nessa hora, dá vontade de fazer o que sempre fazíamos, ao invés de abrir a espiral para uma nova proposta! Na sexta-feira, ou no sexto dia, a situação é sempre apertada! Lembramos que Jesus foi crucificado na sexta-feira, no sexto dia da semana. Notaram? Quando a situação estiver difícil, aguente! Porque quase sempre, esse período é uma fração relativamente pequena do contexto, mas é desafiadora! E é por ela que às vezes deixamos nosso espírito mergulhar em situações complicadas, como uma gota d'água que faz o copo transbordar. Antes de deixar o copo transbordar, vamos tentar fortalecer o íntimo e dar mais espaço para novos valores nesse copo. É uma situação de aferição que está no sexto e/ou sétimo dias.
[P]: Sr. Honório, e o número 12?
[H]: O número 12 representa um processo vinculado ao plano de heterogeneidade. Representa as várias faixas da individualidade nesse mecanismo espiral da evolução. Esse mecanismo apresenta esses passos e podemos notar que dentro desses espaços encontramos esse plano heterogêneo. As 12 Tribos de Israel, os 12 discípulos, os 12 meses do ano, sugerindo até a escala astrológica dos signos do zodíaco. Tudo isso representa que o mecanismo da evolução não está concentrado em uma linha homogênea. Estamos aqui reunidos, estudando valores que interessam à nossa caminhada consciente. Não é isso? Outra pessoa está trabalhando agora em um hospital atendendo um enfermo. Podemos ter um químico, um zoólogo ou outro técnico em um laboratório, trabalhando em algo que contribui para o crescimento global e pessoal. Isso é heterogeneidade, todos marchando em direção a um objetivo. É interessante porque, às vezes, pensamos que o reino dos céus está reservado aos religiosos. Mas não é assim. A conquista legítima dessa paz íntima, figuradamente compreendida como o reino dos céus, não está fora. Está dentro da estrutura consciencial do indivíduo, pelo que ele está fazendo. Logo, não vai demorar muito para que haja uma consciência de que, sejamos químicos, físicos, engenheiros, servidores simples, faxineiros ou religiosos, precisamos ter uma concepção do mecanismo evolutivo para realmente trabalharmos ao nível da fé raciocinada.
[P]: Sr. Honório, pegando o exemplo do povo hebreu, eles ficaram 400 anos no Egito. Isso está associado à linha evolutiva? Esses 400 anos não completaram um período, certo? Eles fizeram parte de um período e iniciaram outro, não é?
[H]: Exatamente! É como se, naquele período, eles tivessem sedimentado, ao nível do sofrimento e da lágrima, toda uma proposta de redirecionamento do próprio destino. Eles encontrariam isso na Terra Prometida, onde mana leite e mel, que seria a Terra de Canaã, como Moisés trabalhava na península do Sinai, no deserto. Observamos que a Terra de Canaã, antes de ser a região da Palestina, que é conturbada hoje, sempre esteve dentro da individualidade. Para quem não tem acompanhado conosco, esses 3 dias e meio representam a equação de 1.260, assim como os 42 meses. Cada círculo sugere 360 graus, uma volta em torno de si próprio, uma rotação. A Terra, em um ano, faz 360 graus em torno do sol. Essa linha figurativa da equação representa 3 dias e meio. Encontramos essa equação (3x360 = 1080 + 180 = 1260, que é 3 dias e meio). Temos 1.260, que é a mesma equação encontrada no Evangelho, no Velho e Novo Testamento, no Apocalipse! E os 42 meses são a mesma coisa. Em média de 30 dias (30 x 42 = 1260), temos 1.260 dias. Essa equação é repetida muitas vezes nos registros bíblicos.
[P]: Sr. Honório, o senhor acha que, em termos gerais, estamos saindo dos 3 dias livres?
[H]: Estamos vivendo o 6º dia da humanidade! Não sei se é isso que você quer saber. Até no próprio registro do Livro dos Espíritos, na questão 51, parece-me que é "em que época viveu Adão? Naquela que assinalais os 4.000 anos antes do Cristo". Se temos 4.000 anos, que foi o ápice da raça Adâmica, quando se definiam as civilizações. O grupamento ariano estava totalmente diversificado em subgrupos. Na Europa, o Hindu já estava fixado praticamente nos territórios da Índia, já trabalhando em termos mais ajustados no contexto da terra. O povo do Egito já trabalhava de modo mais definido no norte da África e assim sucessivamente. Encontramos os 4.000 anos antes do Cristo com os 2.000 que estamos completando hoje, totalizando 6.000 anos, o que representa a transição que estamos vivendo para alcançar o 7º dia. O 7º período que nos projeta na regeneração.
(P) - … nessa cronológica … uma vez que o Reino de Deus é algo dentro de nós… essa cronologia funcionaria como um relógio evolutivo, apenas sinalizando para nós as referências?
 (H) - Até o dia em que você entra no 7º dia definitivamente. No 7º dia, há um amortecimento ou a desativação da cronologia, pelo que entendemos. Tanto é que Deus criou o mundo em 6 dias e, no 7º, descansou! Quando o mundo completa essa equação rígida, que tem uma vinculação acentuadamente magnética terrena, a proposta cronológica que nos limita ao campo do chamado tempo é praticamente desativada. E a neutralização do tempo e do espaço, porque são essas duas linhas praticamente que definem o nosso relativo onde estamos incrustados. Incluídos. Então, esse amortecimento desses componentes espaço e tempo nos projeta para a 4ª dimensão, no mecanismo da evolução. Aí, tempo e espaço desaparecem!
Extraído da Reunião de 28/10/1995
Acesse  Estudo da Bíblia com Honório Onofre de Abreu

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E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. 21 E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
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segunda-feira, janeiro 20, 2025

Quem é o Cristo?

#Pública



E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? (Mateus, 16: 13 a 15)

Conforme a narrativa de Humberto de Campos1, após um longo período de guerras seculares e sombrias, o Império Romano, que era o maior império do mundo na época de Jesus, desfrutava de uma era de harmonia e júbilo.
Nesse período, surgiram figuras como Virgílio, Horácio, Ovídio, Salústio e Tito. A presença de Cristo nas esferas espirituais da Terra já envolvia a humanidade em uma profunda vibração de amor e beleza, influenciando todos os acontecimentos do planeta.
Jesus nasceu em Belém, filho de Maria e José. Antes de completar dois anos, já era perseguido por Herodes, que ordenou a matança de crianças de até dois anos, na tentativa de eliminar aquele que poderia se tornar o rei dos judeus.
Aos 12 anos, Jesus já mantinha excelentes conversas com os doutores da Lei em Jerusalém, que admiravam sua inteligência e a sabedoria de suas respostas.
Por volta dos 30 anos, iniciou sua grande missão. Foi batizado por João, o Batista, e fez seus primeiros discípulos. Realizou feitos maravilhosos, como curas, multiplicação de pães e acalmar tempestades, entre outros.
Ao propor um novo modo de vida, baseado no amor e no desinteresse pelas questões materiais, Jesus contrariou os princípios de domínio do Império Romano e a tradição religiosa dos judeus. Por isso, foi vítima de um conluio entre as duas partes dominantes, o que o levou à morte na cruz, sendo considerado um malfeitor comum.
No terceiro dia após sua morte, ressurgiu para todos, provando assim a imortalidade da alma, princípio constante em todos os seus ensinamentos.
Jesus causou a maior revolução de todos os tempos. No século IV, após sua estada entre nós, seus seguidores, multiplicando-se, criaram aquela que seria a religião oficial do Império Romano. Baseado em seu nascimento, a forma de datação de todo o ocidente e do planeta foi alterada.
O amor ensinado por ele ainda está na vanguarda dos tempos atuais, pois ainda não foi plenamente vivenciado. No dia em que isso acontecer, todos os problemas sociais, econômicos e de todas as outras espécies estarão definitivamente resolvidos para sempre.
Jesus foi, e ainda é:
  • Mestre
  • Terapeuta
  • Psicoterapeuta
  • Pastor
  • Messias ou Cristo
  • Guia e Modelo
  • Irmão e amigo
  • Fiel cumpridor da Lei
  • O que mais serviu.
Todavia, sua pergunta ainda ressoa na acústica de nossa alma como algo ainda não respondido:
"E vós, quem dizeis que eu sou?"
Jesus foi, acima de tudo, um Mestre excelente, com uma pedagogia avançadíssima. Entre os recursos que usava para educar estava a arte de levar seus educandos a pensar; só assim, refletindo, podemos exteriorizar o divino que há em cada um de nós. E para Jesus, o inigualável Mestre, este é o objetivo do processo educacional.
Dessa forma, o questionamento citado acima, anotado no versículo 15 do capítulo 16 de Mateus, ganha fundamental importância na prática evangélica como instrumento reeducativo dos homens:
"E vós, quem dizeis que eu sou?"
Jesus foi, acima de tudo, um Mestre excepcional, com uma pedagogia extremamente avançada. Entre os métodos que utilizava para educar, destacava-se a arte de levar seus alunos a pensar; somente assim, refletindo, podemos exteriorizar o divino que existe em cada um de nós. Para Jesus, o incomparável Mestre, este era o objetivo do processo educacional.
Dessa forma, a pergunta mencionada acima, registrada no versículo 15 do capítulo 16 de Mateus, ganha fundamental importância na prática evangélica como um instrumento reeducativo para a humanidade:
"E vós, quem dizeis que eu sou?"
Em nosso progresso intelectual e cultural, seja pela necessidade de rapidez dos dias atuais, seja pela falta de sensibilidade, temos perdido uma das maiores funções de nossa poderosa mente: a capacidade de pensar.
É raro encontrar alguém que desenvolva novos conceitos. Não menos difícil é encontrar boas interpretações de textos que nos desafiam há séculos, ou mesmo alguém que navegue com tranquilidade nas águas do autoconhecimento.
Assim, temos nos tornado, meros repetidores de ideias e temos usado erroneamente a palavra "educação" para definir a transmissão de conhecimentos.
Se nos perguntam "o que é Deus?" ou "onde está gravada a Lei de Deus?" ou ainda "quem é o guia e modelo que a humanidade tem para auxiliá-la em seu aperfeiçoamento moral?", temos sempre a resposta na ponta da língua e ainda enumeramos a página e a edição do livro em que estão escritas nossas respostas. Todavia, quantos de nós já meditamos sinceramente sobre essas ou outras questões que habitualmente repetimos?
"Deus é a Inteligência Suprema, a Causa primária de todas as coisas"; mas o que é Deus para cada um de nós? Como O temos sentido? De que maneira nossos conceitos ou visão do Criador têm nos auxiliado em nosso progresso e crescimento moral?
"A Lei de Deus é soberana, está gravada na nossa própria consciência, regulando os mínimos eventos universais tanto no micro como no macrocosmo." Temos lido, ouvido e repetido isso várias vezes. Porém, como temos interpretado tudo isso? E, mais importante, como temos aplicado isso em nosso dia a dia?
Jesus é, segundo os orientadores espirituais, o melhor guia e o modelo mais perfeito que temos para seguir.
Todavia, de que adianta nossos estudos apontarem para seu nascimento em Belém ou Nazaré? Qual o valor essencial de saber se ele teve ou não irmãos, ou sobre a natureza das relações íntimas de sua família, ou mesmo sobre que tipo de dor ele sentiu ou não nos instantes finais de sua vida física, se ainda não compreendemos o amor que ele nos ensinou e que afirmou ser o fator de reconhecimento daqueles que quisessem ser seus seguidores?
Portanto, saibamos priorizar. Somos essencialmente espíritos, e a vida imortal será maior e mais duradoura do que todas as transitoriedades materiais que tanto valorizamos e pelas quais tanto lutamos. Compreendamos e, dessa forma, meditemos: Jesus foi Médico, foi Mestre e foi muito mais… Todavia, para nós, nada disso tem valor se simplesmente não soubermos responder ao seu simples questionamento:
"E vós, quem dizeis que eu sou?"


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Somos um grupo de pessoas focadas na difusão, expansão e divulgação da doutrina espírita, através da edição de obras literárias que remetem o leitor a pensar no seu próprio progresso e no da sociedade.


Leia também:



[1] Ver Livro Boa Nova, cap. 1

segunda-feira, janeiro 13, 2025

A #Parábola da #Figueira Seca

#Pública





Tem-nos sido perguntado por que Jesus secou a figueira (Marcos 11:13-14; Mateus 21:19) se "não era tempo de figos". Para entender isso, é preciso considerar algumas questões:
  • Jesus encarnou para nos trazer um novo ensinamento. Muitas vezes, para nos tirar da zona de conforto, é necessário algo marcante. Jesus fez isso, e é tão claro que até hoje estamos analisando esta e outras passagens, muitas vezes sem as compreender totalmente.
  • A figueira é uma das árvores que simbolizam o povo de Israel, junto com a videira e a oliveira. A nosso ver, a "figueira" representa o Israel da lei mosaica. Jesus veio cumprir a lei, mas também nos trouxe algo além…
Nos primeiros movimentos do Gênesis, quando Adão e Eva desobedeceram à ordem divina e comeram da "árvore do conhecimento do bem e do mal", eles perceberam que estavam nus (Gênesis 3:7). Em seguida, fizeram aventais com "folhas de figueira". Após um diálogo consciencial com Deus, Ele fez para eles "túnicas de peles e os vestiu" (Gênesis 3:21).
Podemos ver neste símbolo a prefiguração do sacrifício de Jesus. A "pele" é tirada do animal após sua morte (sacrifício do Cordeiro que se deixou imolar). A "folha de figueira", ou a "figueira" em si, representa a lei, que cobre a transgressão, mas não a elimina. O sacrifício de Cristo, que significa o sacrifício de si mesmo e dos interesses pessoais, representa o amor. O amor cobre a multidão de pecados (1 Pedro, 4: 8).
Assim, o que Jesus ensinou com "a Parábola da Figueira Seca" é que Ele espera de seus seguidores a vivência do amor, o qual é o remédio para os males da alma, a Verdade que liberta. A figueira, ou a lei, representa justiça; a pele, ou a entrega de si mesmo, representa o amor. A justiça é o "fruto na época dele"; o amor é o fruto sempre, fora de época. O amor não é um fruto merecido; quando merecemos e recebemos, é justiça. O amor transcende, vai além… no tempo e no espaço.
Deus é amor, Jesus é o plano operacional do amor de Deus. Se quisermos completar esta trindade, temos que amar. Não foi por outro motivo que Kardec, sob inspiração do Espírito de Verdade, nos orientou: 
"Fora da Caridade Não Há Salvação" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XV).

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Para os evangelistas Jesus era o personagem mais importante de toda história judaica, por isto, dois deles (Mateus e Lucas) traçam sua genealogia como era tradicional na literatura hebraica (Cf. Gn 5:1, Gn 10:1, Gn 11:10, Gn 11:27, 1 Crônicas, 1 a 8).
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Estudo do Livro Gênesis tendo por base os ensinamentos da Codificação Espírita e a Obra de Francisco Cândido Xavier
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