segunda-feira, novembro 25, 2024

Teologia de Paulo à Luz da Doutrina Espírita (Final) - Esperança Escatológica e Predestinação

#Pública





6 - A esperança escatológica: Paulo tem uma forte ênfase na esperança futura, incluindo a ressurreição dos mortos e a segunda vinda de Cristo.
A ressurreição é representação da imortalidade da alma e da reencarnação. Sobre a esperança da segunda vinda do Cristo ou novo advento do Messias, comentaremos a seguir.
  1. 1 Tessalonicenses 4:16-17: "Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares."
  2. Filipenses 3:20-21: "Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que, pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso."
Escatologia é um ramo da Teologia que estuda os eventos finais da história, do mundo e da humanidade. O termo vem do grego "eschatos" (último) e "logia" (estudo), significando estudo das últimas coisas.
No Espiritismo a evolução do Espírito é feita em ciclos. Assim, este "fim dos tempos", "últimas coisas", é entendido como o fim de um ciclo. É preciso compreender que a evolução do espírito é quase infinita (Livro dos Espíritos Q. 169).
A volta de Jesus é um dos eventos mais esperados para quem estuda os textos bíblicos, independente da escola religiosa. Seguramente ela indicará o final de um ciclo evolutivo.
O apóstolo Paulo tem uma visão clara e específica sobre a volta de Jesus, que ele descreve em várias de suas cartas. Paulo fala sobre a volta de Cristo como um evento súbito e inesperado, comparando-o a um "ladrão de noite" (1 Tessalonicenses 5:2). Ele também menciona que "o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Tessalonicenses 4:16). Para Paulo, a volta de Jesus é um evento glorioso e definitivo, que trará julgamento e redenção.
No Espiritismo a volta de Jesus é entendida como um evento espiritual e interno, em vez de um evento físico e externo.
A evolução espiritual é um processo contínuo, e figuras como Paulo, João, Francisco de Assis, Chico Xavier, entre outros, são exemplos de espíritos que alcançaram alto grau de evolução. Nesse sentido, a presença de Jesus no coração dessas pessoas pode ser vista como uma manifestação da sua volta, pois eles incorporam os ensinamentos e o amor de Cristo em suas vidas.
Essa visão espírita pode ser conciliada com a de Paulo ao considerar que o "evento súbito e inesperado" pode simbolizar um despertar espiritual ou uma transformação interna que ocorre quando uma pessoa atinge um nível mais elevado de compreensão e amor. Assim, a volta de Jesus pode ser vista como uma experiência pessoal e espiritual, que se manifesta de maneiras diferentes para cada indivíduo.
Essa abordagem permite um diálogo mais harmonioso entre diferentes tradições cristãs e espirituais, promovendo a compreensão mútua e o respeito pelas diversas formas de vivenciar a fé.
Coletivamente, podemos ainda afirmar que a segunda vinda de Jesus pode se dar dentro da conceituação espírita de progressão dos mundos. Ou seja, se iniciará com o Mundo de Regeneração e se completará no Mundo Ditoso, com a definitiva implantação do Reino de Deus na Terra
7 - A Predestinação: A predestinação é um tema central na teologia do apóstolo Paulo, especialmente em suas cartas aos Romanos e aos Efésios. Paulo vê a predestinação como parte do plano soberano de Deus, que segundo alguns teólogos, escolhe e destina certas pessoas para a salvação antes da fundação do mundo.
Romanos, 8: 29 e 30: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou."
Efésios, 1: 4 E 5: "...assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade."
No Espiritismo, há a crença de que todos os espíritos estão destinados a alcançar a perfeição, embora isso ocorra mediante um processo gradual de evolução espiritual. Essa ideia é conhecida como a predestinação final dos espíritos, onde todos, independentemente de suas ações passadas, têm a oportunidade de progredir e alcançar um estado de perfeição moral e intelectual.
Essa visão enfatiza a justiça e a misericórdia divinas, permitindo que cada espírito, por meio de múltiplas existências e experiências, aprenda e evolua até atingir a perfeição. É uma perspectiva otimista e inclusiva, que valoriza o esforço contínuo e a capacidade de transformação de cada indivíduo.
Assim, o Espiritismo, apesar de rejeitar a predestinação no sentido tradicional de um destino fixo e imutável, a doutrina acredita na evolução final de todos os espíritos. Isso reflete a justiça e a misericórdia divinas, permitindo que todos tenham a oportunidade de alcançar a perfeição.
Este Estudo é continuação dos estudos:
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segunda-feira, novembro 18, 2024

Teologia de Paulo à Luz da Doutrina Espírita (Continuação) - O Papel do Espírito Santo

#interna







 


4 - O papel do Espírito Santo:  Paulo destaca a importância do Espírito Santo na vida do cristão, guiando, fortalecendo e transformando-os à imagem de Cristo.
No Espiritismo, o Espírito Santo não é uma entidade separada, mas sim a ação dos bons espíritos que auxiliam a humanidade. O Espírito Santo é visto como a influência espiritual positiva que guia e inspira. Podemos ver ainda nele a representação dos Espíritos Superiores que ajudam o Cristo na Governança do Orbe. E de todos os que no decorrer dos tempos se ajustaram a Deus e Seu Cristo, auxiliando-os a implantar o Reino de Deus nos corações das criaturas.
A mensagem de Paulo é mais uma vez concordante como que expõe a Doutrina codificada por Kardec.
Podemos ainda destacar outros pontos de convergência entre a visão espírita do Espírito Santo e a teologia paulina:
Ação dos Bons Espíritos e o Espírito de Deus:
    • No Espiritismo, o Espírito Santo é visto como a ação dos bons espíritos que auxiliam a humanidade, como já dissemos acima. Isso se alinha com Romanos, 8:9, onde Paulo fala sobre o Espírito de Deus habitando nos crentes. Ambos os conceitos enfatizam a presença e a influência espiritual positiva que guia e inspira os indivíduos.
Influência Espiritual Positiva e o Fruto do Espírito:
    • A descrição do Espírito Santo como uma influência espiritual positiva que guia e inspira é semelhante ao que Paulo descreve em Gálatas, 5:22-23. Os frutos do Espírito, como amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio, são manifestações dessa influência positiva na vida dos crentes.
Espíritos Superiores e a Governança do Orbe:
    • A ideia de que o Espírito Santo representa os Espíritos Superiores que ajudam Cristo na governança do mundo pode ser vista como uma extensão do conceito de que o Espírito de Deus habita nos crentes e os guiam. Paulo frequentemente fala sobre a liderança espiritual e a orientação divina na vida dos cristãos.
Unidade com Deus e Cristo:
    • Tanto no Espiritismo quanto nas cartas de Paulo, há uma ênfase na unidade com Deus e Cristo. Em Romanos, 8:9, Paulo destaca que os crentes estão sob o domínio do Espírito de Deus, o que implica uma profunda conexão e alinhamento com a vontade divina.
Essas conexões mostram como a visão espírita do Espírito Santo pode ser harmonizada com a teologia de Paulo, destacando a presença e a ação contínua de influências espirituais positivas na vida dos indivíduos, guiando-os e inspirando-os a viver consoante os princípios divinos.
5 - A Igreja como Corpo de Cristo: Paulo vê a Igreja como um corpo, com Cristo como a cabeça, e os crentes como membros desse corpo, cada um com dons e funções diferentes.
  1. 1 Coríntios 12:27: "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo."
  2. Efésios 4:15-16: "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função."
Há uma relação entre a visão de Paulo sobre a Igreja e a perspectiva espírita da comunidade espiritual.
Paulo e a Igreja como Corpo de Cristo: Paulo usa a metáfora do corpo para descrever a Igreja, onde Cristo é a cabeça e os crentes são os membros. Cada membro tem dons e funções diferentes, mas todos são essenciais para o funcionamento do corpo na totalidade. Essa analogia enfatiza a unidade e a diversidade dentro da comunidade cristã, destacando a interdependência dos membros e a centralidade de Cristo.
Visão Espírita da Comunidade Espiritual: No Espiritismo, a comunidade espiritual é vista de forma mais ampla, incluindo tanto os encarnados (vivos) quanto os desencarnados (espíritos). A fraternidade universal é um princípio fundamental, onde todos são considerados irmãos em evolução, independentemente do seu estado físico. Essa visão promove a ideia de que todos estão em um processo contínuo de aprendizado e crescimento espiritual.
Essas duas perspectivas, embora diferentes, compartilham a ideia de interconexão e importância de cada indivíduo em uma comunidade maior.

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segunda-feira, novembro 11, 2024

Teologia de Paulo à Luz da Doutrina Espírita (Continuação)



 


3 - A união com Cristo: Paulo frequentemente fala sobre estar "em Cristo", indicando uma união espiritual profunda entre o cristão e Jesus.
Podemos citar os versículos abaixo:
  1. Gálatas 2:20: "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim."
  2. Romanos 6:5: "Se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição."
Esta união faz parte também da Teologia Espírita.
Em nosso sistema planetário íntimo, Jesus é o Sol que nos traz vida, e vida em abundância. (João, 10: 10).
O espiritismo mostra-nos que através da evolução vamos atingir a meta da comunhão perfeita com Deus, o que se dará através de Jesus. Ele, como o máximo de evolução que a humanidade pode alcançar, definiu esta unidade quando disse: "eu e o pai somos um" (João, 10: 30). E conforme a narrativa deste mesmo evangelista Ele orou ao Pai dizendo:
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste... Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade... (João, 17: 21 e 23).
 
Em conformidade com tudo isto, veja a mensagem do Apóstolo Paulo, dezenove séculos depois, como participante da Falange do Espírito de Verdade:
"Gravitar para a unidade divina, eis o fim da Humanidade. Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a Justiça, o Amor e a Ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça. Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a ideia de Deus, com o Lhe exagerardes a severidade. Duplamente a comprometeis, deixando que no Espírito da criatura penetre a suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao Ser infinito. Destruís mesmo a ideia do inferno, tornando-o ridículo e inadmissível às vossas crenças, como o é aos vossos corações o horrendo espetáculo das execuções, das fogueiras e das torturas da Idade Média! Pois que! Quando banida se acha para sempre das legislações humanas a era das cegas represálias, é que esperais mantê-la no ideal? Oh! Crede-me, crede-me, irmãos em Deus e em Jesus Cristo, crede-me: ou vos resignais a deixar que pereçam nas vossas mãos todos os vossos dogmas, de preferência a que se modifiquem, ou, então, vivificai-os, abrindo-os aos benfazejos eflúvios que os Bons, neste momento, derramam neles. A ideia do inferno, com as suas fornalhas ardentes, com as suas caldeiras a ferver, pôde ser tolerada, isto é, perdoável num século de ferro; porém, no século dezenove, não passa de vão fantasma, próprio, quando muito, para amedrontar criancinhas e em que estas, crescendo um pouco, logo deixam de crer. Se persistirdes nessa mitologia aterradora, engendrareis a incredulidade, mãe de toda a desorganização social. Tremo, entrevendo toda uma ordem social abalada e a ruir sobre os seus fundamentos, por falta de sanção penal. Homens de fé ardente e viva, vanguardeiros do dia da luz, mãos à obra, não para manter fábulas que envelheceram e se desacreditaram, mas para reavivar, revivificar a verdadeira sanção penal, sob formas condizentes com os vossos costumes, os vossos sentimentos e as luzes da vossa época.
"Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.
"Que é o castigo? A consequência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser.
"Oh! Em verdade vos digo, cessai, cessai de pôr em paralelo, na sua eternidade, o Bem, essência do Criador, com o Mal, essência da criatura. Fora criar uma penalidade injustificável. Afirmai, ao contrário, o abrandamento gradual dos castigos e das penas pelas transgressões e consagrareis a unidade divina, tendo unidos o sentimento e a razão
." PAULO, apóstolo. ( O Livro dos Espíritos questão 1009)
Esta mensagem atribuída ao apóstolo Paulo em "O Livro dos Espíritos" reflete muitos dos temas centrais encontrados nas cartas paulinas do Novo Testamento. Vamos explorar algumas conexões:
Justiça, Amor e Ciência:
    • Justiça e Amor: Paulo frequentemente enfatiza a importância do amor e da justiça. Em 1 Coríntios 13, ele descreve o amor como a maior das virtudes. Em Romanos 13:10, ele afirma que "o amor é o cumprimento da lei".
    • Ciência (Conhecimento): Paulo valoriza o conhecimento, mas sempre o subordina ao amor. Em 1 Coríntios 8:1, ele diz: "A ciência incha, mas o amor edifica."
Ignorância, Ódio e Injustiça:
    • Paulo adverte contra a ignorância espiritual e moral. Em Efésios 4:18, ele fala sobre aqueles que estão "obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância que há neles".
    • O ódio e a injustiça são contrários ao espírito cristão que Paulo prega. Em Gálatas 5:19-21, ele lista as obras da carne, incluindo ódio e discórdias, como opostas ao fruto do Espírito.
A Severidade de Deus e a Clemência:
    • Paulo reconhece a severidade de Deus, mas também destaca Sua misericórdia. Em Romanos 11:22, ele diz: "Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com os que caíram, mas bondade para contigo, se permaneceres na sua bondade".
    • Ele também fala da clemência divina em várias passagens, como em Efésios 2:4-5, onde menciona a grande misericórdia de Deus ao nos dar vida com Cristo.
A Ideia do Inferno e do Castigo:
    • Paulo não se concentra tanto na descrição do inferno, mas fala sobre a consequência do pecado e a necessidade de redenção. Em Romanos 6:23, ele afirma: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor".
    • Ele vê o castigo como uma forma de correção e redenção, semelhante ao que é mencionado na mensagem. Em Hebreus 12:6, que muitos atribuem a Paulo, está escrito: "Porque o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho".
Unidade Divina e Redenção:
    • A unidade divina e a redenção são temas centrais nas cartas de Paulo. Em Efésios 4:4-6, ele fala sobre a unidade do Espírito e a fé em um só Senhor.
    • A redenção através de Cristo é um tema recorrente. Em Colossenses 1:13-14, ele escreve: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção, a remissão dos pecados".
Essas conexões mostram como a mensagem em "O Livro dos Espíritos" ressoa com a teologia de Paulo, destacando temas de amor, justiça, conhecimento, misericórdia, e a busca pela redenção e unidade divina.

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quarta-feira, novembro 06, 2024

#Cristo Foi Crucificado em 3 de Abril de 33 d.C., dizem geólogos




Segundo um estudo publicado na revista "International Geology Review", os cientistas concluíram que Jesus Cristo foi crucificado em 3 de abril do ano 33 d.C. Essa conclusão foi baseada na análise de atividade sismológica na região do Mar Morto, a cerca de 20 quilômetros de Jerusalém.
Os pesquisadores, liderados por Jefferson Williams, da Supersonic Geophysical, analisaram amostras de solo e registros históricos, incluindo relatos bíblicos que mencionam um terremoto ocorrido durante a crucificação. Eles identificaram sinais de dois tremores nas camadas de sedimentos: um em 31 a.C. e outro entre 26 e 36 d.C., período em que Pôncio Pilatos governava a Judeia.
Os geólogos chegaram à conclusão sobre a data da crucificação de Jesus através de uma combinação de análises sismológicas e registros históricos. Aqui está um resumo do processo:
  1. Análise de Sedimentos: Eles estudaram camadas de sedimentos no Mar Morto, que é uma região propensa a terremotos. Essas camadas podem registrar eventos sísmicos ao longo do tempo.
  2. Identificação de Terremotos: Os pesquisadores identificaram sinais de dois terremotos significativos nas camadas de sedimentos: um que ocorreu em 31 a.C. e outro entre 26 e 36 d.C. Este último período coincide com o governo de Pôncio Pilatos na Judeia.
  3. Correlação com Registros Históricos: Eles correlacionaram esses dados com relatos históricos, incluindo os Evangelhos, que mencionam um terremoto durante a crucificação de Jesus.
  4. Datação Precisa: Combinando essas informações, os geólogos concluíram que o terremoto mencionado nos relatos bíblicos provavelmente ocorreu em 3 de abril de 33 d.C., data que eles sugerem como a da crucificação.
Esses métodos permitiram aos cientistas fazer uma estimativa informada sobre a data do evento.
O terremoto mencionado na pesquisa sobre a crucificação de Jesus é um evento interessante tanto do ponto de vista histórico quanto geológico. Aqui estão alguns detalhes adicionais:
  1. Relatos Bíblicos: Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mencionam um terremoto que ocorreu durante a crucificação de Jesus. Em Mateus 27:51-54, por exemplo, é descrito que a terra tremeu e as rochas se partiram.
  2. Análise Geológica: Os geólogos analisaram amostras de sedimentos do Mar Morto, que é uma região com uma longa história de atividade sísmica. Eles identificaram camadas de sedimentos que mostravam sinais de distúrbios causados por terremotos.
  3. Datação dos Eventos: Através da datação das camadas de sedimentos, os cientistas conseguiram identificar dois terremotos significativos: um em 31 a.C. e outro entre 26 e 36 d.C. Este último período coincide com o tempo da crucificação de Jesus, conforme os relatos históricos.
  4. Conclusão da Pesquisa: Combinando os dados geológicos com os relatos históricos, os pesquisadores sugeriram que o terremoto mencionado nos Evangelhos ocorreu em 3 de abril de 33 d.C., a data que eles propõem para a crucificação.
Esses achados ajudam a fornecer um contexto mais amplo e corroboram os relatos históricos com evidências físicas. Ao mesmo tempo, dá maior credibilidade à informação de Emmanuel através da mediunidade de Chico Xavier, que no livro "Há Dois Mil Anos" data a Crucificação de jJesus no ano 33, contrariando os acadêmicos estudiosos do Novo Testamento.
Essa convergência de informações de diferentes áreas pode oferecer uma perspectiva mais rica e multifacetada sobre eventos históricos. É sempre fascinante ver como a ciência, a história e a espiritualidade podem se complementar e enriquecer nosso entendimento do passado.
Fontes:
 

segunda-feira, novembro 04, 2024

Teologia de Paulo à Luz da Doutrina Espírita





Teologia é o estudo sistemático e crítico das questões relacionadas à religião e à fé. A palavra "teologia" deriva do grego "theos" (Deus) e "logos" (estudo ou palavra), significando literalmente "estudo de Deus". Este campo busca compreender a natureza de Deus, os atributos divinos, a relação entre Deus e os seres humanos, a origem do universo, o propósito da vida, a moralidade e outros aspectos fundamentais da existência humana. (1)
A teologia de Paulo é teocêntrica: "Deus" é o tema central de sua teologia. Ele é visto como o Criador de todas as coisas, e Jesus é o modelo supremo que nos conduz à perfeição. O propósito da vida, segundo Paulo, é a salvação, com a humanidade sendo o objeto desse propósito. Essa salvação é alcançada através da perfeição moral. Além disso, a origem do universo é um tema relevante dentro de sua teologia.
Ela é rica e multifacetada, alguns dos princípios fundamentais incluem:
  1. Justificação pela fé
  2. A graça de Deus
  3. A união com Cristo
  4. O papel do Espírito Santo
  5. A igreja como corpo de Cristo
  6. A esperança escatológica
  7. A predestinação
Antes de entrarmos nos temas específicos é bom conceituarmos o que seja salvação sobre o ponto de vista espírita já que esta expressão é muito usada na teologia paulina e em todo Novo Testamento, como já dissemos anteriormente, como propósito da vida segundo Paulo.
No cristianismo tradicional, a salvação é entendida como a libertação do pecado e suas consequências. A salvação culmina na promessa de vida eterna com Deus, onde os crentes serão ressuscitados e viverão em comunhão com Ele para sempre.
Na Doutrina Espírita a salvação se dá através de um processo contínuo de evolução moral e espiritual, onde há também libertação dos erros e das transgressões às Leis Universais. Assim podemos afirmar que salvação tem o mesmo sentido de remissão dos pecados ou recomposição consciencial. No Espiritismo a salvação é um processo contínuo que culmina na redenção e na perfeição do espírito.
 
1 - Justificação pela fé: Paulo argumenta que a salvação é alcançada pela fé em Jesus Cristo, e não pelas obras da lei. Este princípio é central em suas cartas, especialmente em Romanos e Gálatas.
No cristianismo tradicional justificação tem o mesmo significado de salvação. No Espiritismo podemos dizer que justificação é o ato de tornar-se justo, ou, o que tem o mesmo sentido, ajustar-se à Lei de Deus.
    1. Romanos 3:28: "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei."
    2. Gálatas 2:16: "Sabemos que ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo."
O que podemos entender sobre ser justificado pela fé e não pelas obras da lei?
Em primeiro lugar temos que entender o que Paulo entende por fé. A inspiração do Apóstolo dos gentios é o texto de Habacuque: "...o justo viverá por sua fidelidade" (Habacuque, 2: 4).
Portanto, para Paulo fé é fidelidade a Deus e ao Seu Messias (Jesus). É preciso ser fiel aos ensinamentos de Jesus exarados no Evangelho, isto é fé, e segundo ele, e a Doutrina Espírita concorda, a justificação vem através desta fidelidade. Por obras da lei devemos entender as obras ligadas aos preceitos religiosos que eram tão comuns no judaísmo àquele tempo, e ainda hoje é nas igrejas católicas e protestantes.
2 - A graça de Deus: Paulo enfatiza que a salvação é um dom gratuito de Deus, oferecido a todos os que têm fé em Jesus Cristo.
No espiritismo, a graça é entendida como a manifestação do amor e da misericórdia divina, que se expressa através da assistência espiritual e do amparo aos espíritos encarnados e desencarnados. Allan Kardec, o codificador do espiritismo, não usa o termo "graça" com frequência, mas os princípios espiritistas refletem a ideia de uma benevolência divina que guia e auxilia os espíritos em sua jornada evolutiva.
Todavia, é preciso compreender que a graça não é de graça. Paulo enfatiza que a graça é um dom gratuito de Deus, mas também destaca a importância da fé como meio de receber essa graça. A fé, segundo Paulo, não é apenas uma crença passiva conforme já dissemos, mas envolve uma fidelidade ativa aos ensinamentos de Jesus, o que implica um compromisso moral e espiritual.
Podemos concluir que a fé é dinâmica e se manifesta através de ações que refletem a fidelidade aos ensinamentos de Cristo. Portanto, enquanto se a graça é um presente de Deus, a fé que a recebe envolve um compromisso ativo e transformador na vida daquele que crê.
    1. Efésios 2:8-9: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie."
    2. Tito 2:11: "Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens."
A estas "obras" citadas no versículo já nos referimos como obras da lei, obras do dogmatismo religioso. Podemos ainda dizer que nem mesmo a lei de causa e efeito e nem mesmo a reencarnação salvam, estas são imprescindíveis ao aperfeiçoamento do espírito, mas o que salva mesmo é a fidelidade aos ensinamentos de Jesus. Estes é que nos transformam em Homens de Bem (Kardec) ou Nova Criatura (Paulo).
  1. Copilot, 2024 Acessado em 31 de Out. 2024

Continuará no próximo Post.


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