#EstudoEspírita
Honório Abreu aborda Deus como a força suprema que rege o universo, mas enfatiza que a compreensão da divindade ainda é limitada pela nossa percepção humana. Ele sugere que, embora o sentimento instintivo da ideia de Deus seja inato, a conexão real com a divindade exige trabalho interior, evolução moral e prática do bem.
Principais pontos sobre Deus na visão de Honório Abreu:
- Deus como princípio irradiador do amor
- Honório explica que Deus é a fonte do amor, e que esse amor se manifesta por meio dos espíritos que operam no universo. Ele diferencia a emissão divina, que é estática e filosófica, da prática do amor, que é dinâmica e se concretiza na ação dos espíritos.
- A relação entre Deus e os espíritos
- Ele sugere que os espíritos são extensões da divindade, e que a evolução espiritual consiste em aproximar-se cada vez mais da essência divina. Jesus, por exemplo, teria sido um espírito que viveu 100% do amor, tornando-se um modelo para a humanidade.
- A busca pela compreensão de Deus
- Honório menciona, numa citação de uma frase de Leão Zállio, que, no estágio atual da humanidade, ainda há muitos órfãos do Pai, ou seja, pessoas que reconhecem Deus intelectualmente, mas não conseguem sentir sua presença de forma profunda. Ele enfatiza que a verdadeira conexão com Deus ocorre por meio da prática da caridade e do amor ao próximo.
- A evolução espiritual como caminho para Deus
- Segundo Honório, a humanidade precisa transcender o orgulho e a vaidade intelectual para realmente compreender Deus. Ele sugere que não basta apenas conhecer as leis divinas, mas sim vivenciá-las na prática, por meio da transformação interior.
- O concerto divino e a promessa de evolução
- Ele interpreta o concerto estabelecido por Deus com Noé como uma garantia de que a humanidade não será destruída, mas sim educada e conduzida à regeneração. Esse concerto representa a presença constante de Deus, que guia os espíritos para o progresso, mesmo em meio às dificuldades.
Honório Abreu vê Deus como a inteligência suprema e o amor absoluto, mas destaca que a verdadeira compreensão da divindade só ocorre por meio da vivência espiritual. Ele sugere que a evolução moral e a prática do bem são os caminhos para sentir Deus de forma plena, indo além da simples crença intelectual.
A citação de Leão Zállio — "Admitimos Deus, falamos dele, mas há muitos órfãos do Pai." — reflete a ideia de que, embora muitas pessoas afirmem acreditar em Deus, essa crença nem sempre se traduz em uma vivência espiritual autêntica. Isso se alinha com a observação de que a maioria da população acredita em Deus, mas vive como se Ele não existisse, ou seja, sem integrar essa fé em suas atitudes, escolhas e valores diários.
A Conexão entre Crença e Vivência Espiritual
Honório Abreu sugere que a verdadeira conexão com Deus não ocorre apenas por meio da aceitação intelectual, mas sim pela prática do bem, pela transformação interior e pela vivência dos princípios espirituais. Muitas pessoas reconhecem a existência de Deus, mas não ajustam suas vidas a essa realidade, mantendo-se presas a valores materiais, egoísmo e preocupações mundanas.
Essa desconexão pode ocorrer por diversos motivos:
- Falta de aprofundamento espiritual: A crença em Deus pode ser superficial, sem reflexão sobre seu papel na vida.
- Influência cultural e social: muitas pessoas seguem tradições religiosas sem realmente internalizar seus ensinamentos.
- Medo da entrega espiritual: viver de acordo com princípios divinos exige mudanças e renúncias que nem todos estão dispostos a fazer.
- Materialismo e imediatismo: foco excessivo nas preocupações do mundo físico pode afastar a consciência da presença divina.
O Chamado à Consciência Espiritual
Honório enfatiza que a fé verdadeira não é apenas acreditar, mas viver de acordo com essa crença. Ele sugere que o despertar espiritual ocorre quando o indivíduo percebe que Deus não é apenas uma ideia distante, mas uma presença ativa em sua vida. Esse despertar pode acontecer por meio de desafios, reflexões ou experiências que levam a pessoa a buscar um sentido mais profundo para sua existência.
Conclusão
A frase de Leão Zállio e a observação sobre como muitos vivem sua fé confirmam que a crença em Deus, por si só, não é suficiente para uma vida espiritual plena. É necessário integrar essa fé na prática diária, cultivando valores como amor, compaixão, justiça e evolução moral.
Sobre os Mandamentos
Honório Abreu interpreta os Dez Mandamentos como um sistema de orientação espiritual, estruturado em sete mandamentos negativos e três positivos, refletindo a evolução moral da humanidade. Segundo sua visão, essa divisão representa um processo de aprendizado, no qual os mandamentos negativos funcionam como bloqueios de impulsos primitivos, enquanto os positivos indicam diretrizes para o crescimento consciente.
Os Sete Mandamentos Negativos
Honório explica que os mandamentos negativos—como "não matar", "não furtar" e "não dar falso testemunho"—atuam como freios para os instintos inferiores, impedindo que a humanidade perpetue comportamentos destrutivos. Esses mandamentos refletem o carma negativo, ou seja, os desafios que os espíritos enfrentam na reencarnação para corrigir erros do passado. Eles funcionam como antídotos, evitando que os problemas se reacendam e permitindo que o espírito avance para um estágio mais elevado.
Os Três Mandamentos Positivos
Os mandamentos positivos—"amar a Deus", "guardar o sábado" e "honrar pai e mãe"—representam reservas potenciais para a evolução espiritual. Honório sugere que esses mandamentos são ativos, ou seja, exigem ação consciente para serem cumpridos. Eles definem a sistemática da evolução, permitindo que o indivíduo transcenda os bloqueios impostos pelos mandamentos negativos e alcance um nível mais elevado de compreensão e conexão com Deus.
A Relação com a Evolução Setenária
Honório também relaciona essa estrutura com a equação do sete, onde os sete mandamentos negativos representam a fase de contenção e reajuste, enquanto os três positivos indicam a expansão e a sublimação da consciência. Ele sugere que, para alcançar um estado de plenitude espiritual, é necessário primeiro superar os desafios impostos pelos mandamentos negativos, para então dinamizar os positivos e operar com maior liberdade e amor.
Honório vê os Dez Mandamentos como um guia para a transformação espiritual, onde os sete primeiros ajudam a corrigir falhas e impulsos, e os três últimos indicam o caminho para a verdadeira conexão com Deus e com o próximo. Essa estrutura reflete a jornada evolutiva da humanidade, mostrando que a moralidade não é apenas uma imposição, mas um processo de amadurecimento e conscientização.
Podemos ver ainda os três mandamentos positivos como diretrizes para o crescimento consciente; "guardar o sábado" pode ser entendido como um convite à reflexão e à conexão espiritual. Nesta abordagem, esse mandamento não se limita a um dia específico da semana, mas representa um estado de consciência, no qual o indivíduo se dedica à renovação interior, à busca da espiritualidade e ao equilíbrio entre trabalho e descanso.
Se considerarmos a evolução setenária, o sábado pode simbolizar um período de transição, no qual o espírito se prepara para um novo estágio de aprendizado. Assim, "guardar o sábado" pode ser interpretado como um compromisso com a própria evolução, permitindo que o indivíduo se desligue das preocupações materiais e se volte para valores mais elevados.
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Referencia Bibliográfica:
ABREU, Honório Onofre. Estudando o Gênesis. Belo Horizonte: [Reuniões no Grupo Emmanuel 162 e 163], 1999.
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Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. (Gênesis, 6: 6) Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra; jamais este versículo pode ser interpretado literalmente. É a própria literatura judaica que comenta: E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem para que ... espiritismoeevangelhogenesis.blogspot.com |
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