Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje; ele o será para a eternidade! (Hebreus, 13: 8)
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Esta Carta aos Hebreus é um grande desafio para todos nós adeptos de qualquer filosofia religiosa.
Se em alguns versículos desafia protestantes, noutros, católicos; este particularmente incomoda a nós espíritas., pois ao lê-lo superficialmente as expressões parecem dizer que Jesus foi sempre o que é, não passando pelo processo evolutivo a que todos somos submetidos.
Portanto, é preciso analisar melhor.
Jesus, de acordo com nossos conhecimentos atuais, evoluiu. Sua genealogia se confunde na poeira dos sóis que rolam no Infinito.[1]
Deste modo, entendemos que os mundos físicos em que Jesus evoluiu se perderam na poeira dos sóis que rolam no Infinito
Assim, compreendemos que este verso nos fala da condição messiânica de Jesus.
Ele pode ser lido assim: "Jesus, o Cristo (os hebreus entendiam Jesus, o messias), é o mesmo ontem e hoje." Onde o "ontem" e o "hoje" são relativos (toda noção de tempo é relativa).
Trocando em miúdos: depois que alcançou a condição de um "Messias Divino" Ele não mudou e não mudará; Ele o será para a eternidade.
Esta análise é coerente com o que o autor de Hebreus diz em toda Carta.
Todos os personagens tidos como "heróis", apresentados no Antigo Testamento, e mesmo aqueles que a religião tem como "santos" posteriores ao Novo Testamento, são modelos transitórios, têm uma santidade relativa. Só Jesus, o Messias, é o "Sacerdote que se assentou à direita do trono da majestade nos céus." (Hebreus, 8: 1); Só Ele é Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. (Hebreus, 5: 6, citando Salmo, 110: 4).
Não vos deixeis enganar por doutrinas ecléticas e estranhas. Porque é bom que o coração seja fortificado pela graça e não por alimentos, os quais nunca foram de proveito para aqueles que disso fazem uma questão de observância. (Hebreus, 13: 9)
Podemos didaticamente dividir este versículo em três partes. A primeira e a terceira dizendo o que não devemos fazer, a segunda é a orientação do autor para a nossa prática.
Não vos deixeis enganar por doutrinas ecléticas e estranhas. Era um perigo que os leitores originais desta carta corriam. Eles estavam acostumados com um judaísmo legalista; Jesus veio trazendo uma nova conceituação em que o homem interior era o mais importante. Houve uma abertura do entendimento e como consequência uma liberdade maior.
Aí que estava o perigo, esta liberdade favorecia o surgimento de doutrinas ecléticas e estranhas que nada tinham a ver com a mensagem original do Evangelho.
O mesmo ocorre conosco hoje. A doutrina espírita abriu para todos nós, um leque muito amplo de informações e pesquisas. Isso é bom, mas devemos ter cuidado para não nos desviarmos do que é mais importante, nem cairmos num espiritualismo barato que não transforma o Ser, só adiando e enfeitando a proposta de transformação da criatura.
Porque é bom que o coração seja fortificado pela graça...; o coração é o símbolo do homem interior, do ser essencial. Esse deve ser o foco de nossa experiência encarnatória, a transformação do coração, dos sentimentos, proporcionando, desta forma, a cura integral, interior. Para tal faz-se necessário sermos fortificados, confirmados, pela graça.
Aqui o autor faz uma distinção entre a fé legalista, caracterizada pela necessidade de dogmas, ritos, etc. e a fé cristã autêntica, que deve ser racional e libertadora de consciências, ou seja, a verdadeira graça divina proporcionada a todos por meio de Cristo.
… e não por alimentos, os quais nunca foram de proveito para aqueles que disso fazem uma questão de observância. Nesta que chamamos de terceira parte do versículo, o autor vem reafirmar, recapitulando, o perigo do legalismo religioso.
Ele usa os alimentos que eram de grande importância para se referir ao sistema religioso da época que era, como dissemos, legalista.
Hoje podemos ver todo sistema de cerimônias que marcam os diversos modelos religiosos atuais implícitos no mesmo símbolo, confirmando a atualidade da observação do evangelista. Este modelo nunca foi de proveito para aqueles que disso fazem uma questão de observância.
Desculpem a repetição, mas só a verdadeira transformação moral do homem interior leva a promoção e libertação do Espírito. Já estamos maduros o suficiente em intelecto e ciência para esta compreensão, cabendo a cada um de nós dar o passo definitivo para o conhecimento da verdade que deixa de ser simplesmente intelectual para tornar-se operacional, testemunhal.
Podemos parafrasear o Cristo buscando a essência da mensagem:
"experimenteis a verdade, e a verdade vos libertará"
Extraído do Livro "Aos Hebreus" (ainda não publicado)
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[1] Emmanuel em A Caminho da Luz Capítulo III
Se não fosse assim, não se teria deixado de oferecê-los, se os que prestam culto, uma vez por todas purificados, já não tivessem nenhuma consciência dos pecados? espiritismoeevangelho.blogspot.com |
Primeiro Concílio de Niceia (325 d.C.): Este concílio definiu a divindade do Filho, Jesus Cristo, afirmando que Ele é consubstancial ao Pai, ou seja, da mesma substância ou essência. Primeiro Concílio de Constantinopla (381 d.C.): Este concílio definiu a divindade do Espírito Santo, completando a formulação trinitária ao afirmar que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho espiritismoeevangelho.blogspot.com |
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