terça-feira, agosto 29, 2023

O Grande Pastor de Ovelhas - Hebreus, 13: 20

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O Deus da paz, que fez subir dentre os mortos aquele que se tornou, pelo sangue de uma aliança eterna, o grande Pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus... (Hebreus, 13: 20)

Podemos ver este versículo como uma síntese da Carta; ele harmoniza conceitos trabalhados nela acrescentando mais alguns. 

O Deus da paz; esta é uma expressão só usada nas Escrituras por Paulo. 

A paz é a síntese de todas as curas e do bem-estar do Espírito imortal. Ela é fruto da reconciliação consigo mesmo, da recomposição da consciência. 

Deste modo, podemos entender que ela, a paz, só existe de modo finalístico em Deus, na harmonia com Sua Lei. 

...que fez subir dentre os mortos aquele...; a referência é a Jesus e à sua ressurreição. Hebreus não fala em outro ponto sobre a ressureição de Jesus, apesar de deixar isto claro nas entrelinhas ao dizer que Ele destruiu pela morte o dominador da morte (Cf. Hb, 2: 14) 

A ressurreição era crença comum do judaísmo farisaico. No cristianismo, desde o princípio, é um tema fundamental. 

Jesus através dela provou a imortalidade da alma, dentro das possiblidades possíveis, de acordo com o estágio evolutivo da humanidade da época. 

Hoje, a doutrina espírita pela mediunidade e pela Lei da reencarnação aprofunda este entendimento com bom senso, lógica, e rigor científico, com excelentes consequências morais. 

Para nós espíritas Jesus não morreu na cruz, ele deixou o corpo físico para imergir no mundo espiritual. Isso se dará com todos nós também. 

Como podemos assim, conciliar ressurreição com reencarnação? 

Na visão espírita a ressurreição simboliza a redenção final do Espírito. Será o momento em que ele não terá mais a necessidade de reencarnar, de estar "preso" na matéria. 

A reencarnação é uma necessidade para evolução, para o aperfeiçoamento completo do Espírito. É através dela que chegaremos à ressurreição. Assim entendemos que a ressurreição é o objetivo, a reencarnação o processo. 

Jesus já era um Espírito ressurreto antes de encarnar, ele tomou um corpo semelhante ao nosso para nos ensinar o caminho da redenção, para nos mostrar como realizar com excelência este processo. 

Nossa vida futura em Seu Reino é a salvação final, a ressurreição do último dia, 

Último, significando nossa entrada na eternidade onde o tempo deixará de existir. 

...que se tornou, pelo sangue de uma aliança eterna; a aliança eterna é um dos principais temas de Hebreus. Na Bíblia temos várias alianças feitas por Deus com o homem, entretanto em Cristo temos a Eterna Aliança, a perfeita, que não poderá jamais ser ultrapassada. 

Por que ela é eterna e não poderá ser ultrapassada? 

Porque é o ajuste completo do ser humano com a Lei Divina. Em Adão temos a queda, o rompimento com a Lei e com Deus; em Cristo temos a salvação, a recomposição, a volta do Espírito para o Reino Celestial. 

O sangue já comentamos, simboliza o testemunho de amor, a vida de entrega a Deus através do semelhante. Trata-se do testemunho que irá operar a morte do interesse pessoal, do egoísmo, do orgulho. Em Cristo, como Jesus exemplificou, será um testemunho sem violência. 

Em síntese, será a morte da morte pela recomposição da consciência. 

...o grande Pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus... as ovelhas somos todos nós Espíritos decaídos que Deus entregou a Seu Cristo para que reconduzisse-nos a Ele. 

Jesus vela por nós há bilhões de anos... 

Este conceito de Jesus como pastor é inédito em Hebreus, mas não no Novo Testamento. Ele próprio disse: 

Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a vida por suas ovelhas.[1] 

Assim, compreendemos que Ele é o nosso condutor, a Ele devemos acolher e seguirmos sempre. 

Ele é grande e Senhor, Guia e Modelo[2]. 



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[1] João, 10: 11 

[2]  O Livro dos Espíritos Questão 625 


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