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O Deus da paz, que fez subir dentre os mortos aquele que se tornou, pelo sangue de uma aliança eterna, o grande Pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus...
Podemos ver este versículo como uma síntese da Carta; ele harmoniza conceitos trabalhados nela acrescentando mais alguns.
O Deus da paz; esta é uma expressão só usada nas Escrituras por Paulo.
A paz é a síntese de todas as curas e do bem-estar do Espírito imortal. Ela é fruto da reconciliação consigo mesmo, da recomposição da consciência.
Deste modo, podemos entender que ela, a paz, só existe de modo finalístico em Deus, na harmonia com Sua Lei.
...que fez subir dentre os mortos aquele...; a referência é a Jesus e à sua ressurreição. Hebreus não fala em outro ponto sobre a ressureição de Jesus, apesar de deixar isto claro nas entrelinhas ao dizer que Ele destruiu pela morte o dominador da morte (Cf. Hb, 2: 14)
A ressurreição era crença comum do judaísmo farisaico. No cristianismo, desde o princípio, é um tema fundamental.
Jesus através dela provou a imortalidade da alma, dentro das possiblidades possíveis, de acordo com o estágio evolutivo da humanidade da época.
Hoje, a doutrina espírita pela mediunidade e pela Lei da reencarnação aprofunda este entendimento com bom senso, lógica, e rigor científico, com excelentes consequências morais.
Para nós espíritas Jesus não morreu na cruz, ele deixou o corpo físico para imergir no mundo espiritual. Isso se dará com todos nós também.
Como podemos assim, conciliar ressurreição com reencarnação?
Na visão espírita a ressurreição simboliza a redenção final do Espírito. Será o momento em que ele não terá mais a necessidade de reencarnar, de estar "preso" na matéria.
A reencarnação é uma necessidade para evolução, para o aperfeiçoamento completo do Espírito. É através dela que chegaremos à ressurreição. Assim entendemos que a ressurreição é o objetivo, a reencarnação o processo.
Jesus já era um Espírito ressurreto antes de encarnar, ele tomou um corpo semelhante ao nosso para nos ensinar o caminho da redenção, para nos mostrar como realizar com excelência este processo.
Nossa vida futura em Seu Reino é a salvação final, a ressurreição do último dia,
Último, significando nossa entrada na eternidade onde o tempo deixará de existir.
...que se tornou, pelo sangue de uma aliança eterna; a aliança eterna é um dos principais temas de Hebreus. Na Bíblia temos várias alianças feitas por Deus com o homem, entretanto em Cristo temos a Eterna Aliança, a perfeita, que não poderá jamais ser ultrapassada.
Por que ela é eterna e não poderá ser ultrapassada?
Porque é o ajuste completo do ser humano com a Lei Divina. Em Adão temos a queda, o rompimento com a Lei e com Deus; em Cristo temos a salvação, a recomposição, a volta do Espírito para o Reino Celestial.
O sangue já comentamos, simboliza o testemunho de amor, a vida de entrega a Deus através do semelhante. Trata-se do testemunho que irá operar a morte do interesse pessoal, do egoísmo, do orgulho. Em Cristo, como Jesus exemplificou, será um testemunho sem violência.
Em síntese, será a morte da morte pela recomposição da consciência.
...o grande Pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus... as ovelhas somos todos nós Espíritos decaídos que Deus entregou a Seu Cristo para que reconduzisse-nos a Ele.
Jesus vela por nós há bilhões de anos...
Este conceito de Jesus como pastor é inédito em Hebreus, mas não no Novo Testamento. Ele próprio disse:
Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a vida por suas ovelhas.[1]
Assim, compreendemos que Ele é o nosso condutor, a Ele devemos acolher e seguirmos sempre.
Ele é grande e Senhor, Guia e Modelo[2].
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[1] João, 10: 11
[2] O Livro dos Espíritos Questão 625
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