Maria de Nazaré: A Educadora de Jesus
Ao escrever o seu Evangelho, Mateus compreendeu a inspiração que lhe vinha do Alto, de que um espírito virginal tinha sido escolhido para vir a ser mãe do Mestre. Um espírito virginal é aquele que, através de sucessivas e incontáveis reencarnações, torna-se isento das máculas da matéria – (Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes)
(…) Esta interpretação dá uma razão de ser toda natural ao dogma da Imaculada Conceição, do qual o ceticismo tanto tem zombado. Esse dogma estabelece que a mãe do Cristo não estava manchada pelo pecado original; como pode ser isto? É muito simples: Deus enviou um Espírito puro, não pertencente à raça culpada e exilada, para se encarnar sobre a Terra e nela cumprir essa augusta missão; do mesmo modo que, de tempos em tempos, envia Espíritos superiores para nela se encarnarem, para darem um impulso ao progresso e apressar o seu adiantamento. Esses Espíritos são, sobre a Terra, como o venerável pastor que vai moralizar os condenados em sua prisão, e mostrar-lhes o caminho da salvação. (Allan Kardec, Ensaio Sobre a Interpretação da Doutrina dos Anjos Decaídos, Revista Espírita, Janeiro de 1862)
I Parte
Quem foi Maria?
Falar de Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, não é fácil devido a falta de informações que temos dela, e entre as que temos poucas são confiáveis, isentas e imparciais do ponto de vista religioso.
Estão no Novo Testamento, apesar de raros, os melhores esclarecimentos que temos da Mãe de nosso Senhor Jesus.
Nós, os espíritas, ainda temos o privilégio de termos algumas anotações vindas do Plano Espiritual que nos ajudam a esclarecer sobre a grande evolução e a missão deste nobre Espírito.
Não temos informação de como foi sua infância, nem de sua adolescência; a tradição cristã nos informa que Maria era filha de Joaquim e Ana. Seus pais eram judeus e pelo que podemos depreender dos textos do Evangelho formavam uma família simples e praticantes fiéis de seus princípios religiosos.
Provavelmente nasceu entre os anos 18 e 20 a.C., e como era habitual àquele tempo, deve ter casado por volta de seus 14 anos, às vezes até antes.
Os historiadores do cristianismo apontam como data provável do nascimento de Jesus o ano 6 a.C., o Espírito Humberto de Campos através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier define o ano 5 a. C. como sendo o correto para a vinda do Cristo à carne1. O casamento de Maria deve ter acontecido de seis meses a um ano do nascimento de seu primogênito.
Outra questão que não temos como certa é se Maria teve ou não outros filhos além de Jesus. O Evangelho não é totalmente claro a respeito; Mateus fala que Jesus teve irmãos e irmãs, e até dá o nome de seus irmãos2. Entretanto, em hebraico ou em aramaico, os primos também eram chamados de irmãos.
Muitos estudiosos contestam esta questão de os supostos irmãos de Jesus serem seus primos. Afirmam estes que é uma realidade que o termo hebraico designava tanto irmão quanto primo, porém ressaltam que o Evangelho foi escrito em grego, e no grego temos duas palavras distintas, adelphos, para irmão, e anepsios que é literalmente primo. Portanto, insistem, se os autores do Novo Testamento, que à época sabiam se eram primos ou realmente irmãos, quisessem falar em primos, usariam anepsios e não adelphos3.
Outro argumento a favor de serem irmãos é que na maioria das vezes em que eles são citados no Evangelho estão acompanhados de
Falar de Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, não é fácil devido a falta de informações que temos dela, e entre as que temos poucas são confiáveis, isentas e imparciais do ponto de vista religioso.
Estão no Novo Testamento, apesar de raros, os melhores esclarecimentos que temos da Mãe de nosso Senhor Jesus.
Nós, os espíritas, ainda temos o privilégio de termos algumas anotações vindas do Plano Espiritual que nos ajudam a esclarecer sobre a grande evolução e a missão deste nobre Espírito.
Não temos informação de como foi sua infância, nem de sua adolescência; a tradição cristã nos informa que Maria era filha de Joaquim e Ana. Seus pais eram judeus e pelo que podemos depreender dos textos do Evangelho formavam uma família simples e praticantes fiéis de seus princípios religiosos.
Provavelmente nasceu entre os anos 18 e 20 a.C., e como era habitual àquele tempo, deve ter casado por volta de seus 14 anos, às vezes até antes.
Os historiadores do cristianismo apontam como data provável do nascimento de Jesus o ano 6 a.C., o Espírito Humberto de Campos através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier define o ano 5 a. C. como sendo o correto para a vinda do Cristo à carne1. O casamento de Maria deve ter acontecido de seis meses a um ano do nascimento de seu primogênito.
Outra questão que não temos como certa é se Maria teve ou não outros filhos além de Jesus. O Evangelho não é totalmente claro a respeito; Mateus fala que Jesus teve irmãos e irmãs, e até dá o nome de seus irmãos2. Entretanto, em hebraico ou em aramaico, os primos também eram chamados de irmãos.
Muitos estudiosos contestam esta questão de os supostos irmãos de Jesus serem seus primos. Afirmam estes que é uma realidade que o termo hebraico designava tanto irmão quanto primo, porém ressaltam que o Evangelho foi escrito em grego, e no grego temos duas palavras distintas, adelphos, para irmão, e anepsios que é literalmente primo. Portanto, insistem, se os autores do Novo Testamento, que à época sabiam se eram primos ou realmente irmãos, quisessem falar em primos, usariam anepsios e não adelphos3.
Outro argumento a favor de serem irmãos é que na maioria das vezes em que eles são citados no Evangelho estão acompanhados de Maria; por que, perguntam, eles estariam sempre acompanhados da tia? Entretanto, há argumentos fortes também, por parte daqueles que defendem que Maria e José não tiveram outros filhos, como o fato de Jesus ter, no momento da crucificação entregado Maria – sua mãe - a João, o discípulo amado, para que este tomasse conta dela a partir de então. Se formassem uma família numerosa, com vários outros filhos, não seria natural que estes cuidassem de Maria?
Há uma terceira hipótese, menos comentada e menos provável, a de que José ao casar com Maria já teria outros filhos de casamento anterior, e estes é que seriam os irmãos de Jesus.
Como este não é o objetivo principal deste estudo, não vamos mais nos ocupar com este tema. No judaísmo era comum o casal ter muitos filhos, era uma benção de Deus, o que faz crer a alguns que José e Maria seriam pais de uma prole maior; todavia, não há esta necessidade, a família de Jesus era sem dúvida uma família especial, e poderia, portanto, ser diferente das demais sem nenhum desmerecimento para eles.
O certo, é que Maria era um Espírito de altíssima evolução, um dos mais puros que encarnou neste Orbe governado espiritualmente por Seu Filho Jesus.
Maria; por que, perguntam, eles estariam sempre acompanhados da tia? Entretanto, há argumentos fortes também, por parte daqueles que defendem que Maria e José não tiveram outros filhos, como o fato de Jesus ter, no momento da crucificação entregado Maria – sua mãe - a João, o discípulo amado, para que este tomasse conta dela a partir de então. Se formassem uma família numerosa, com vários outros filhos, não seria natural que estes cuidassem de Maria?
Há uma terceira hipótese, menos comentada e menos provável, a de que José ao casar com Maria já teria outros filhos de casamento anterior, e estes é que seriam os irmãos de Jesus.
Como este não é o objetivo principal deste estudo, não vamos mais nos ocupar com este tema. No judaísmo era comum o casal ter muitos filhos, era uma benção de Deus, o que faz crer a alguns que José e Maria seriam pais de uma prole maior; todavia, não há esta necessidade, a família de Jesus era sem dúvida uma família especial, e poderia, portanto, ser diferente das demais sem nenhum desmerecimento para eles.
O certo, é que Maria era um Espírito de altíssima evolução, um dos mais puros que encarnou neste Orbe governado espiritualmente por Seu Filho Jesus.
1 XAVIER, Francisco C. / Humberto de Campos. Crônicas de Além Túmulo, cap. 15, Rio de Janeiro, FEB, 1937.
3 Existem controvérsias. Segundo PASTORINO, Carlos Torres. Sabedoria do Evangelho Vol. 8. Rio de Janeiro: Sabedoria, 1967, Pg. 197, a palavra adelphos "irmão", referia-se também a "primos", e ainda cita vários autores profanos como Heródoto, Thucidides, etc. onde isto acontecia.
Extraído do E Book: Maria de Nazaré, Paulo de Tarso; Mulher e Homem em Cristo, disponível em:
https://www.amazon.com.br/Paulo-Mulher-Homem-Cristo-Evangelho-ebook/dp/B075RW5GFK/ref=sr_1_9?dchild=1&qid=1593181366&refinements=p_27%3AClaudio+Fajardo&s=books&sr=1-9#reader_B075RW5GFK
Ou
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