“Melhor do que o ouro é adquirir sabedoria, e
adquirir discernimento é melhor do que a prata.” (Provérbios, 16:
16)
É de todos os tempos a
luta do homem pela melhoria de sua vida e pela conquista da
felicidade.
No princípio, o
instinto de sobrevivência o fazia demarcar territórios onde já
desde aquela época sonhava em construir seu ninho doméstico e
conquistar em família a tão almejada paz.
Todavia, a morte ou a
enfermidade daqueles que lhe eram afins, a falta de recursos para
superar as intempéries da natureza, além de outras dificuldades que
encontrava pra dominar o desconhecido que sempre o apavorava, eram
grandes desafios que necessitavam ser por ele vencidos a fim de poder
alcançar o objetivo que o impingia sempre a frente.
O tempo se passava e
pouco a pouco ele mesmo desobstruía seu caminho em favor de mais
conforto e progresso com novas conquistas no campo da ciência.
Hoje, com a evolução
da tecnologia, da informação, e da ciência que vão em ritmos
acelerados, pode-se dizer que quase não há limites para o homem
deste milênio que se inicia.
Porém, cada dia que
passa, apesar do domínio de várias enfermidades, da inexistência
da distancia entre os elementos que se gostam, e do total conforto
que reina em favor da comodidade do homem, cresce no mesmo ritmo o
aparecimento das angústias, da depressão e da ânsia de harmonia na
intimidade das criaturas. Por que isso se dá? Tal sentimento não é
um paradoxo se analisarmos as enormes possibilidades da humanidade?
Teria o homem errado o
alvo? Parece que sim, e a causa está em que busca ele fora o que só
poderia encontrar dentro de si.
A ânsia do ouro,
da prata, do poder, entre outras, foram as motivações
primeiras que o levaram a vencer grandes obstáculos, porém, a ser
derrotado por si mesmo. Grandes conquistas foram feitas, e isso é
muito bom, e até natural, todavia, e o cuidado pela edificação de
si mesmo, por onde andou? Domina-se o espaço, a natureza, e em
muitos casos até as enfermidades; porém, não se deixa de ser
escravo das posses, dos desejos e da aparência.
Diz o livro sagrado,
melhor do que o ouro é adquirir sabedoria, que sabedoria é
essa, senão o conhecimento de si mesmo? Ou ainda, a vivência
prática pelo menos daquilo que já se conhece?
Disse o Cristo a dois
mil anos, ame! Porém, o castelo do egoísmo cresce a cada dia.
O homem grita: “odeio
a guerra, amo a paz”, porém alimenta a primeira e destrói a
segunda na intimidade do próprio irmão.
Há luta pelo ouro;
e a sabedoria, o que é isso? Não se sabe, nem procura-se
saber.
Complementa o texto de
Salomão, …adquirir discernimento é melhor do que a prata;
no entanto, quanta luta, quanta destruição, quantos aleijados,
simplesmente porque não se aplicou a compreensão.
Paremos um pouco,
meditemos, como poderia mudar a vida de cada um de nós se esta
palavrinha – discernimento -, fosse aplicada em nosso dia a
dia.
Estaria extinta a
mágoa, e com esta a vingança. Entender-se-ia o anseio do próximo,
findaria a guerra. Cultivar-se-ia a fraternidade, alimentar-se-ia o
amor.
Discernimento,
gênese da felicidade. Conquista que nem o ouro, nem a prata
aproximaram de nos…
Portanto, escutemos o
verbo que soa nos convidando:
“Quem guarda o mandamento guarda a
vida, quem despreza os seus caminhos morrerá.” (Provérbios, 19:
16)
Extraído do Livro: “Seja Feliz”
Disponível em:
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