segunda-feira, novembro 28, 2011

Maria de Nazaré, a Educadora de Jesus (continuação...)


Maria e João. O Trabalho da Mãe Após o Desencarne do Filho
Segundo a narrativa de João já citada neste estudo, após o momento da crucificação de Jesus, o Discípulo Amado, acolheu a mãe do Mestre em sua casa1.
A literatura espírita confirma este acontecimento, porém diz que tal acolhimento não se deu imediatamente, mas algum tempo depois.
Quem nos dá a notícia é o Espírito Humberto de Campos através da mediunidade do cândido Chico Xavier2.
Segundo este autor espiritual, após a morte de seu filho Maria foi morar na Bataneia onde tinha alguns parentes próximos, na realidade familiares de José.
Em Jerusalém o clima não estava bom, cristãos e judeus viviam em luta. Mesmo entre os próprios seguidores de Jesus haviam dissensões inadequadas; a Mãe de nosso Senhor precisava de um pouco de paz para se recuperar dos momentos dolorosos do calvário.
Passado algum tempo, João, que nunca esquecera das observações de Jesus no momento da crucificação, aparece na Bataneia oferecendo à Mãe que aprendera a amar, o refugio amoroso de sua proteção3.
Conta o apóstolo, que havia se instalado em Éfeso, Cidade da Lídia, na costa ocidental da Ásia Menor, onde as ideias cristãs ganhavam terreno entre as almas devotadas e sinceras.
O filho de Zebedeu vinha buscá-la, andariam ambos na mesma associação de interesses espirituais. Seria seu filho desvelado…
A demora em buscar a Mãe Santíssima se dera devido ao fato dele não ter ainda uma casa, mesmo que simples, para acomodá-la. Tendo agora resolvido esta questão graças à generosidade de um cristão que lhe doara uma casinha onde poderiam morar, viera rapidamente buscá-la, iniciariam uma nova era de amor, na comunidade universal.
Maria aceitou a oferta e se instalou junto de seu novo filho em Éfeso, e, além de cultivar as lembranças de Jesus, iniciaram importante trabalho de evangelização na região. Ela atendia em sua própria casa aos necessitados que lá iam em busca de consolo e até mesmo de cura de algumas enfermidades; ele por sua vez cuidava mais especificamente do esclarecimento evangélico comentando sobre os ensinamentos recebidos de Jesus.
Narra Emmanuel4, que Paulo de Tarso visitou Maria nesta casinha singela e que ficou impressionado com a sua humildade. Desejou receber dela informações sobre Jesus de tal modo que pudesse escrever um Evangelho contando a história do Mestre e ampliar seus ensinamentos.
Paulo não pôde realizar este desejo, entretanto, encarregou a seu amigo de confiança, Lucas, a tarefa de realizar o projeto de escrever um Evangelho com as informações fornecidas pela mãe de Jesus.
Conta-nos ainda Emmanuel que na despedida de Paulo, em Éfeso, antes de seu martírio em Jerusalém, Ela também, mesmo que em idade avançada, compareceu para levar uma palavra de amor5 a este desbravador de corações em favor do Evangelho.
O trabalho em Éfeso cresce em grandes proporções o que obriga João a se ausentar repetidas vezes da residência humilde deixando Maria muitas vezes só no atendimento dos necessitados, ela já bem idosa não se cansa e trabalha ininterruptamente em favor dos infelizes apascentando as ovelhas de Seu filho amado.
É Humberto de Campos6 quem nos informa que em seus momentos finais no corpo cansado, fisicamente estava só, mas que o próprio Jesus veio buscá-la. Ela ao reconhecê-lo, com imensa alegria fez menção em ajoelhar-se aos seus pés, ele a impediu, e por sua vez foi quem ajoelhou nomeando-a conforme a vontade de Deus, Rainha dos anjos no Reino do Eterno.
1 Cf. João, 19: 27
2 Boa Nova, cap. 30
3 Ibidem
4 Paulo e Estevão, cap. 7
5 Ibidem
6 Boa Nova, cap. 30

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