sexta-feira, dezembro 05, 2025

O Encontro das Mães: Maria e Cibória na Eternidade / The Meeting of the Mothers: Mary and Ciboria in Eternity

                                                             


Segundo algumas tradições apócrifas, a mãe de Judas Iscariotes seria chamada Cibória. Esses relatos não pertencem aos evangelhos reconhecidos como canônicos, mas surgem em escritos e tradições posteriores que buscam preencher lacunas da narrativa bíblica. Independentemente da veracidade histórica, a figura da mãe de Judas nos convida a refletir sobre a dor de quem vê um filho perder-se em escolhas difíceis e trágicas.
Nesta meditação inspirada, imaginamos o encontro entre Maria, Mãe de Jesus, e Cibória, mãe de Judas. Não se trata de um fato histórico, mas de uma visão espiritual que simboliza o poder do perdão e da compaixão. Duas mães, unidas pela dor, encontram-se na eternidade: uma que viu o Filho ser crucificado, outra que viu o filho cair na ilusão.
No abraço eterno, desfaz-se o véu da culpa. Maria acolhe com ternura, e Cibória encontra consolo. Ali floresce o perdão, revelando que não há ferida que resista ao amor. Esse encontro imaginado nos lembra que a espiritualidade autêntica transcende julgamentos e que, diante de Deus, todas as dores se transformam em aprendizado e reconciliação.
O ambiente espiritual era de penumbra. A mãe de Judas caminhava só, envolta em tristeza, carregando no coração o peso da culpa. A escuridão refletia sua dor.
De repente, uma luz suave desceu do alto. Uma figura serena se aproximava, irradiando paz.
Maria (com voz calma): — Irmã, por que choras tanto?
Mãe de Judas (abatida): — Choro porque meu filho se perdeu. Ele traiu o Mestre e desde então carrego a vergonha de sua escolha. Não encontro consolo, apenas dor.
Maria (aproximando-se com ternura): — Nenhuma dor é eterna quando se abre o coração ao amor. Teu filho caiu na ilusão, mas o Pai não abandona nenhum de seus filhos.
Mãe de Judas (surpresa): — Quem és tu, que falas com tanta serenidade?
Maria (com suavidade): — Sou Maria, mãe de Jesus, aquele a quem teu filho entregou. Também eu conheci a dor, também eu chorei aos pés da cruz. Mas aprendi que o amor é mais forte que a culpa.
A mãe de Judas desfalece em pranto. Maria a envolve em um abraço luminoso, e a escuridão começa a se dissipar.
Nesse instante, uma figura tímida surge ao longe. É Judas, o espírito abatido, aproximando-se com hesitação.
Judas (com voz trêmula): — Mãe… Maria… será que ainda há esperança para mim?
Maria (olhando-o com ternura): — Sempre há esperança. O perdão é a ponte que nos leva de volta ao Pai.
A mãe de Judas segura a mão do filho, e Maria os envolve em sua luz. O ambiente se transforma em claridade.
De repente, coros de anjos descem em esplendor, entoando o poema como cântico celestial:
Coro dos Anjos (poema completo)
Maria chora aos pés da cruz,
A outra busca sentido na luz.
Duas mães unidas pela dor,
Duas histórias no mesmo amor.
 
Uma gerou o Filho da paz,
Outra viu o filho cair na ilusão.
Mas no céu se encontram,


afinal,
Na eternidade, perdão fraternal.
Refrão
Mães que choram, mães que esperam,
No coração de Deus se revelam.
Entre lágrimas nasce a canção,
De mães que geram perdão.
 
Maria acolhe com ternura,
A dor da outra encontra ternura.
No abraço eterno se desfaz o véu,
E o perdão floresce no céu.
 
Não há culpa que resista ao amor,
Nem ferida que não encontre calor.
Na união das mães se revela a verdade:
Deus é fonte de eternidade."
Refrão
Mães que choram, mães que esperam,
No coração de Deus se revelam.
Entre lágrimas nasce a canção,
De mães que geram perdão.
 
A cena se encerra com Maria, a mãe de Judas e o próprio Judas envolvidos pela luz divina, enquanto os anjos continuam a cantar. O encontro torna-se símbolo eterno de que nenhuma culpa resiste ao amor, e que em Deus toda dor se transforma em redenção.

Nota do autor: As referências a "Ciboria" são encontradas em:
  • Literatura Popular e Lendas Medievais: Em algumas histórias e peças de mistério medievais, Judas tem uma história de vida elaborada, muitas vezes envolvendo sonhos proféticos de sua mãe sobre seu futuro como traidor. Nessas narrativas, ela pode ser nomeada como Ciboria.
  • Fontes Secundárias e Estudos Teológicos: O nome aparece em estudos e artigos que discutem as várias tradições e lendas em torno de Judas Iscariotes, como o artigo mencionado nos resultados da pesquisa intitulado "Judas, filho de Simão Iscariotes e Cyborea: nunca, um traidor". Tais fontes documentam a existência da tradição, mas não necessariamente a validam como histórica ou parte de um texto apócrifo antigo e original. (Consulta realizada no Google em 04/12/2025)




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