segunda-feira, outubro 13, 2025

As Bem Aventuranças de Jesus



BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS.
#ClaudioFajardoEvangelho
Bem-aventurados… - Bem-aventurado é sinônimo de feliz. E a felicidade promovida pelo Cristo não é a felicidade que conhecemos, fugaz, momentânea, porque não está embasada em valores temporários. A felicidade a que se refere o Mestre é definitiva, porque é conquistada pelos valores do espírito. Seus ensinamentos são baseados na verdadeira moral, aquela que nos conduz à faixa vibratória do Criador, fazendo-nos retornar para o seio amoroso do Pai.
Os pobres de espírito- A expressão pobre de espírito é usada no mundo se referindo a pessoas sempre fracassadas. "Fulano é um pobre de espírito" indica que este não passa de uma pessoa qualquer, incapaz de realizar algo de bom.
A conotação dada por Jesus é bem diferente. A palavra pobre nos leva a pensar em necessidade. O pobre é o que verdadeiramente não tem, por isso tem necessidade e, consequentemente, vai atrás, vai em busca do que lhe falta.
O pobre de espírito a que se refere Jesus é o que tem consciência da sua pequenez em relação à grandeza do Universo. Diante da Sabedoria Divina, reconhece que nada sabe, ou sabe muito pouco. Cônscio de seus parcos recursos espirituais, trabalha, sabedor de suas necessidades, e busca em tudo mais aprender para melhor entender a vida, e dela recolher os preciosos frutos. Em outras palavras o pobre de espírito destacado pelo Meigo Rabi da Galileia é o humilde. E esta virtude é tão importante que foi o primeiro grande ensinamento de nosso Mestre, que, como Governador Espiritual de Mundos, podia encarnar como bem quisesse. E assim o fez, vindo entre nós no seio de uma família pobre, tendo como primeiro leito uma manjedoura e, como narra o evangelista, sua mãe o envolveu em panos.[1]
Porque deles é o Reino do Céus - O conceito de céu, dado pela Doutrina Espírita, é bem diferente do que fora, até então, dado pelas outras religiões. Céu não é uma região física, mas um estado do Espírito que se encontra em afinidade com as Leis Divinas. Esta ideia não é nova, Jesus já divulgara este pensamento quando nos falou sobre o reino de Deus:
O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós.[2]
A afirmativa de Jesus está no presente: deles é o reino dos céus. É que a humildade nos conduz sempre a este estado de espírito. Não importa onde esteja ou como esteja, o humilde está sempre bem, pois vê em tudo a manifestação do Criador gerenciando todas as manifestações. Se agredido, vê no agressor não um adversário, mas um doente que precisa ser tratado, se a situação lhe é adversa, sabe compreender e se situar conforme a realidade, sabedor ele de que os bens definitivos são o que é realidade e não o estado transitório das coisas. Este é o motivo por que Jesus nos afirmou ser deles o Reino dos céus. Deles, porque qualquer um que atingir este estado d'alma se capacita a ser habitante do Reino.
BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM, PORQUE ELES SERÃO CONSOLADOS.
 
Bem-aventurados os que choram - Mais uma vez o Mestre nos faz ver a diferença entre o mundo e o Reino. Felizes os que choram, afirma-nos Ele. No mundo, os que choram são os derrotados, são os revoltados com a sua situação, são os que muitas vezes dizem orar, mas não compreendem os desígnios da Providência. Para estes não há consolo, pois valorizam o que é passageiro, têm por importante só o que satisfaz os sentidos. Constroem sua riqueza onde o ladrão rouba e a traça corrói.
Os que choram, no entendimento de Jesus, são os que se encontram em situação difícil, mas sabem não ser ninguém o culpado, senão eles mesmos. O choro do reconhecimento leva-nos à interiorização do problema, e passamos a refletir com consciência, entendendo a Justiça Soberana como  a comandar tudo no Universo. Se determinada dor nos visita, é porque nos fizemos merecedores, e é no plano da reação que realmente mostramos quem somos. Aquele que de tudo reclama, nega a Paternidade Divina. Como pode o Pai, o qual é a própria Perfeição, dar o que não é bom para seu filho? E neste instante, mesmo sendo filho por natureza, o Espírito deixa de usufruir do que tem direito, é como se fôssemos filhos, mas, não reconhecendo o pai nos sentíssemos órfãos.
O que chora, alcançado por esta Bem-Aventurança, é também humilde porque reconhece seu erro e se posiciona com vistas à necessária correção. Desta forma, vemos o caráter evolutivo das Bem-Aventuranças, ou seja, cada Bem-Aventurança engloba a anterior. Assim sendo, os que choram possuem também a humildade, sendo a característica básica do pobre de espírito. Com isso, aprendemos com Jesus que tudo em seus ensinamentos tem uma razão de ser, e não é à toa que as Bem-Aventuranças têm esta ordem.
Porque eles serão consolados - Toda e qualquer palavra proferida pelo Mestre guarda um ensinamento. O "Porque" aqui usado por Ele, funciona como uma explicação: serão bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Como a nos mostrar da necessidade de justificarmos nossas ações, chega de agir no plano da inconsciência. Após o advento do Messias, não podemos mais alegar ignorância.
Jesus, ao se referir ao Espiritismo, evidenciou o seu caráter de consolador:
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas…Mas quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. [3]
Quando nos perquirimos sobre o porquê de o Espiritismo ser este Consolador, vemos que a resposta está diretamente ligada ao fator esclarecimento a que a Doutrina dos Espíritos está vinculada. Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará[4], disse-nos o Mestre.
Desta forma, entendemos o porquê de ser consolado aquele que chora, desde que o choro seja representação de sentimentos cristãos. É que sendo esclarecido quanto ao motivo do sofrer, fica mais fácil suportar a dor. É nesse sentido que compreendemos o Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.[5]
Além do mais, temos de entender que não existe sofrimento por tempo indeterminado, a duração do sofrer dura somente o tempo necessário para fazer voltar ao caminho aquele que dele se afastou. Deste modo, entremo-nos em uníssono com o Senhor e façamos do nosso choro a libertação de nossos Espíritos, alcançando assim, o consolo da Vida Eterna.
 
Texto extraído do Livro:
 
 
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[1] Lucas, 2: 7
[2] Lucas, 17: 20 e 21
[3] João, 14: 26 e 16: 13
[4] João, 8: 32
[5] Mateus, 11: 28

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