2 – Gênesis 1: 1-10 2ª Parte
Data da Reunião 24-6-2006
Continuação...
...isso acontece nos territórios de nossa caminhada evolutiva. Ou seja, algo desperta aqui e se manifesta ali. Moisés trabalhava com o que emergia desse núcleo. Então, chegamos aqui e pensamos:
- Meu Deus! Eu tenho que conhecer a doutrina desde o início…
Não. Conheça na hora certa. Não fique lamentando! Lamentar representa querer ser mais do que você realmente é. Eu posso até, entre aspas, "lamentar":
- Seria tão bom se eu conhecesse essas pessoas e pudesse passar por muitos valores sem tanto sofrimento…
Mas então, emerge. Com Jesus foi a mesma coisa. E com Kardec também. Precisamos ter muito cuidado com os equívocos, especialmente quando temos consciência deles. Por que evoluímos em grande parte pelos equívocos? Porque somos projetados na evolução pelos resultados das causas em nível de efeitos. Não existe efeito sem causa e vice-versa.
Então, há muita autoridade hoje, sabe por quê? Não é com base no que aprendi didaticamente ou pedagogicamente, incorporei e não vi. Porque eu conhecia, fiz assim mesmo e paguei caro! Não é isso? Paguei caro. E quando "pagamos", entre aspas, entramos em território de postura pessoal. Quando o sofrimento nos atinge, podemos despertar confiança, esperança, um propósito para superar o mal, ou nos encasular em complicações psicológicas que geram problemas futuros. Por isso, precisamos ter cuidado com as emissões.
A criatura jogou o outro da ponte. Muitas vezes, ele cultivou isso por mais tempo, ainda não estava sensível. Então, o que ocorre? Ele guardou nos escaninhos da alma o erro que cometeu. No decorrer de outras coisas que ocorrem naturalmente, ele começou a entrar num terreno de alterações na sua sensibilidade. Porque existe um processo de retorno da lei dos nossos equívocos! Já pensaram nisso? Porque se entra, mata e é morto! Mata e é morto! Isso aconteceu nas raízes da evolução. No grande despertar ainda. Mas não era o despertar em si! Ele está guerreando, soltando flechas, jogando pedras. Daqui a pouco, alguém o atinge, ele morre. Continua na briga do outro lado! Sabiam disso? Continua com a espada. Daqui a pouco, ele está de volta aqui. O berço vira uma verdadeira sinfonia de acontecimentos porque… Quando ele começa a despertar, aí sim! Ele será trabalhado com o retorno como instrumento didático. Não a causa. Por enquanto, estamos aprendendo com o retorno! Estão de acordo? Com os efeitos! Então, esse que jogou o outro da ponte, tinha por norma fazer isso em encarnações anteriores, um dia em que estava com a cabeça cheia de projetos, não é? Cheia de projetos! Aí a Espiritualidade diz: "não vai não". E ele:
- Deus! Podia fazer algo para eu resolver esses problemas…
Aí começa a somar uma série de detalhes estudados pelas Autoridades Espirituais, em Deus. A evolução é uma entrega nossa, como diz Pierre Teilhard de Chardin. A evolução não é produto da evolução do homem. É determinação divina! Isso é importante guardar. Então, o que ocorre? Caiu na hora certa! Muitas vezes há um acidente, e ele diz:
- Sabe Deus! Eu estava com a cabeça cheia de coisas, e foi embora, isso é o fim…
Há um sofrimento geral. Para os que ficam e para o que foi também. Então, o que acontece? Ele caiu! Este trauma causado pela experiência fica marcando o campo íntimo dele. Concordam? Então, ele vem, certo? Na encarnação, mas vem cheio de marcas psíquicas! Não vem? Cheio de registros, vem com muita extroversão, vem embutido sobre ele próprio, introjetado, vem com traumas, psicopatias de várias naturezas, por causa desse momento que viveu.
Então faz uma regressão. E a regressão leva ele só até o momento em que caiu da ponte! Não é? Ali para! Porque ali é um ponto de transição enorme, do que havia antes e do que veio depois. Então, você está ciente do problema, não notou que tinha medo de água?
- Ah, eu não uso barco mais não. Tenho medo do oceano. Viagem de navio eu não faço!..
Está tudo alinhado com o diagnóstico. Quando pergunto: o trauma profundo está na queda da ponte, onde ele pagou o débito, ou no débito que contraiu lá atrás? Então, como ele vai resolver? Fazer psicoterapias seguidas para perder o medo de água? Ou amortecer as emoções desvairadas? De forma…
(P) -… na lei válido para…
(H) – Meu Deus! Se não houver uma sensibilidade íntima, como falei do lutador da tribo que vai e volta, vai e volta. É preciso que haja algo que se soma e que consiga marcá-lo. Às vezes, sabe como foi? Foi depois que ele conheceu uma companheira! Porque há uma linha de relação afetiva que ficou estabelecida. Nessa hora, onde ele estava? Estava noivo para casar! Isso fez despertar, pela linha da sensibilidade, um novo momento para a grande perspectiva futura. Ele caiu naquela situação já com um componente que marcou o que aconteceu:
- Estou atrás dessa criatura não sei há quanto tempo…
Pode até pensar nisso!
E o pior é que ela vai casar com outro!..
(P) -…
(H) – Eu não digo que vou te esclarecer. Mas vamos falar sobre isso. Vou tentar te ajudar, Jaqueline. O não dizer, que ele comentou antes, mostra para nós que, na realidade, essa descoberta das condições crísticas… Então, o que queríamos lembrar, Jaqueline, é que o despertar da mentalidade crística. O que significa isso? Simão Pedro, naquela hora, compreendeu que para se projetar num processo de renovação, para entrar num processo de aprendizagem além dos fatos ocorridos dentro da linha de ação e reação, das causas e efeitos, a criatura não apenas incorpora o conhecimento, mas aplica o conhecimento. Porque a aplicação é a manifestação da palavra, não é da conceituação mental do caminho. Não sei se vocês entenderam. Eu falo de caminhos, falo de conceitos! Caminhos que percorro ou não percorro. Quando falo palavras, é verbalização. Aliás, vou comentar sobre isso na reunião hoje. Então, o que ocorre? Quando falo, estou verbalizando. Então, minha fixação para uma vida melhor está no discernimento quanto à aplicação do caminho na vida prática pela palavra. Porque a palavra é fixadora. Então, estamos aqui no grupo hoje desafiados no nosso comportamento crístico. Porque, como espíritos em evolução sistemática, o Criador cuida de nós! Como vimos nesta figura. Joga orientação para eles! Se estamos idealizando, estamos buscando, vem! Agora, não adianta ficarmos intoxicados! Normalmente, os espíritas são intoxicados de valores ao longo dos séculos! Desculpem a expressão forte dessa intoxicação. O que é? Temos material de sobra! A pessoa lê "Nosso Lar" e diz:
- Engraçado, isso não é novidade para mim!..
Não é mesmo! Está cansado de conhecer isso. Então, estamos vivendo um momento de realização crística. Não é Jesus que está indo para Jerusalém! Nós é que estamos convocados a descer para Jericó? Não. Subir para Jerusalém. É uma subida constante. Através dos valores intrínsecos de nossa seleção de caracteres a caminho…
(P) -… e há uma saturação?
(H) – Às vezes, a saturação é uma mola muito importante. Muitas pessoas hoje estão mudando o comportamento devido à saturação. No entanto, aqueles que estão saturados ainda são acentuadamente escravos de sua maneira de ser, pois a saturação envolve condicionamentos. Há uma grande parcela que frequenta reuniões por anos e anos, mas não muda! Não é porque não gostam da proposta, mas porque não querem abandonar o barco em que vieram há muitos anos! Entenderam? Eles são saudosistas, estão saturados e querem algo novo. Para esses, uma reunião ainda é um bálsamo. Eles voam alto, participam, fazem e tal, mas quando chegam em casa, encontram resistência e ficam indispostos a ceder. Por isso Jesus disse o quê? O que aconteceu em Jerusalém! Não é sofrer? Não é ser morto? O que é ser morto? É desencarnar? Não! É ser morto nos meus conceitos! É morto nos conceitos. Ser morto em Jerusalém significa:
- Você fala muito! Pare de falar! Ouça mais!..
- Mas, eu fico sem falar?
- Você é que sabe!..
Então, quando ele resolve falar menos e ouvir mais, está morrendo naquele sistema de vida de ser falador!..
(P) –… esse não morrer aí é…
(H) – Meu Deus do céu, no último versículo que estudamos do Apocalipse, o penúltimo é isso! Perde o direito à cidade. Não é isso? A cidade santa. Quer dizer, perdemos a oportunidade. Aqui diz: "se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da cidade santa que estão inscritas neste livro". Então, perde o plano interativo de grupo, porque estamos em cidade, estamos ligados vibracionalmente com determinados grupos. Ninguém sai desta órbita sem entrar em outra. Antigamente, éramos expulsos daqui para entrar em outra. Agora, estamos entrando em outra para sairmos desta. Esse é o propósito da educação. Na educação, você entra para sair. Na expiação, saímos para entrar. Deu para entender? Eu fico arrumando umas formas para vocês, mas não sei se está confundindo.
(P) -… o cristão é aquele que ouviu e aprendeu…
(H) – Pode, perfeitamente. Se houver, vamos dizer, autenticidade por trás de tudo isso. Porque estamos cansados de sair, é como aconteceu com o endemoniado no evangelho: "e quando o espírito de luz tem saído do homem, anda por lugares áridos e encontra com os…, voltarei para casa de onde saí". O que ele encontrou lá? Lá tinha mais 7! Aí a situação piorou! Então, não há saída antes de entrada para uma evolução consciente!
(P) -… a oração, ela nos eleva, alcançada…
(H) – Sem dúvida alguma. Só que ela não nos mantém lá. Porque quando você entra num campo de oração, o que fez no seu psiquismo? Você não elevou tudo? A vibração não mudou? Você estava num piso vibracional aqui, com a oração passou para este piso. Mas, este piso só é garantido para nós se continuarmos naquela vibração. Não temos gás para ficarmos rezando, nesse aspecto! Rezando ave Maria ou Pai nosso. Não é? Ficar nesse estado mental por muito tempo. Aí, começamos a densificar e voltar para o nosso lugar. Então, a oração é uma bênção. E abre perspectivas para nós. E, nas vezes em que nos elevamos, somos envolvidos por vibrações mais suaves, mais objetivas, porque no fundo acabam por nos dotar de valores que serão germinados e santificados na nossa faixa cá embaixo, garantindo uma presença eficiente lá em cima. De maneira que foi muito válida a colocação.
(P) – … para que tenhamos vida … como é que conseguimos isso?
(H) – Viver na capacidade de gestação e escolha dessa vida. Então, realmente, você deve notar algo muito importante, não só você, mas todos nós aqui. Atentem para isso. Isso é da lei. Elegemos um sistema novo que a consciência endossa, por exemplo, trabalhar a doutrina espírita, aprender e tentar viver. Não é isso? É fácil? Reação de todo lado! Os mais sábios não entendem! Os mais queridos! A gente pensa: puxa! Mas, a mudança de planos representa criar uma cidadela nova! Criar uma aldeia nova! Criar uma cidade nova! Entendeu? Tem que sair do local onde estava Simão Pedro, lá quando falou! Porque aqui, em Cesaréia de Felipe, não criamos isso! Temos que projetar o novo processo. Então, é a derrubada, a desativação de reflexos superados ou superáveis, na criação de novos reflexos. Então, o que aprendemos? A evolução não se faz pela reação! A evolução se faz pela ação. Reação é resultante. Pela reação, você afere a conquista. Pela ação, você projeta e edifica a nova postura, a nova posição. Então, quando entramos num lance circunstancial e saímos bem, isso é reação. É o teste que vivenciamos.
(P) -… cada um no seu patamar …
(H) – Eu sugiro o seguinte: colocou um valor novo na intimidade da sua mente, tente aplicá-lo num plano racional. Porque um novo valor não significa que está capacitado a viver aquilo! Na sua concepção é aquela, mas você tem que pisar devagar. Uma das coisas que não há condição de paz nem para ele nem para os outros. A pessoa querer adotar um plano de santidade, de santificação, num ambiente que ainda é de acentuada conspurcação, vive em conflito! Então, temos que ter inteligência, analisar, discernir, porque senão barramos, dificultamos e, às vezes, produzimos pouco. Essa é a visão.
(P) -… no versículo 21 do capítulo 16 de Mateus, até então eu conhecia como um fato histórico. Apenas sobre Jesus. Gostaria de entender melhor como aplicar na minha própria vida esse versículo, ir a Jerusalém, padecer, os anciãos, os sacerdotes, escribas, ser morto e ressuscitar…
(H) – Sacerdotes, anciãos, etc., representam facetas da sua aprendizagem, facetas da sua intimidade. Vamos tentar voltar rapidamente lá, mas o assunto é pertinente. Diz aqui: "padecer muito dos anciãos". O que define ancião para você? Não é a parte sedimentada da sua personalidade? Conceitos milenares! Você vai sofrer a reação desses elementos!..
(P) – O Homem Velho?
(H) – Exato! É o Homem Velho. Outro ponto que você pode trazer nas suas análises. Diz aqui mais: "dos principais dos Sacerdotes". O ancião representa a carga de seus condicionamentos. O Sacerdote representa a faceta interativa sua com os campos infelizes, alimentando interesses dentro daquilo que você pensa. Porque quando você cria um sistema dentro de você, vai encontrar gente para te acompanhar, te seguir ou te ouvir. Emmanuel diz que "o ouvido que ouve, sintoniza a boca que fala". Então, não tem ancião que não tenha uma cargazinha de sacerdócio nele. Que é o plano de querer implantar nos outros, direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente. Você vai encontrar essa posição também, que é ele já autorizando. Aquilo que você veiculava, é igualzinho à pessoa que gostava de julgar, por exemplo, que o vício hoje é reclamar. Quer dizer, a linha interativa dele com a sociedade era julgar. Qualquer tipo de julgo, inclusive entre os companheiros dele:
- Você não vai lá mais? Você não quer fazer! Por quê?
E telefona: hoje tem jogo! Não é assim? Era Sacerdote, a linha que você deixava filtrar no contexto. E você pode mais. Os Escribas são as tônicas. Há tônicas na sua forma de ser. O Escriba é aquele que repete, repete, transcreve as leis, escreve, tem experiência. Então, você pode notar, ó Braz, que nós decodificamos esses valores, como Kardec mencionou em "A Gênese", a doutrina retira o aspecto essencial do campo figurativo. Então, o que esses personagens representam? Expressões da nossa personalidade. Personagens têm pessoas que representam linhas muito diretas aos nossos comportamentos pessoais. Colocar um escriba com uma construção externa não funciona! Ancião com uma construção externa também não! Agora, se você coloca ancião, escriba e sacerdotes no campo de personificação de pessoas, encontrará facetas da sua personalidade ali.
Queríamos definir o seguinte: "No princípio criou Deus os céus e a terra". Então, se Deus cria, nesse princípio fora da nossa capacidade perceptiva, nós também, como cocriadores, temos expressões de ambos e criatividade. Nossa criação se dá nos céus em primeiro lugar. O que são os céus? É a parte sutil. No novo processo de aprendizagem pela revelação, o que é aprendizagem pela revelação? É a aprendizagem no novo sistema que nos projeta para a linha educacional. Então, "céus" representa o que já laboramos, como acabei de falar, porque não adianta querer colocar os céus na terra de uma vez. Tem como colocar os "céus" na terra? Primeiro os céus, depois a terra. É um ângulo que devemos guardar. Quando estudamos isso no passado, não se falou nisso. Lembro-me perfeitamente. Hoje, estou falando céus na linha mental, terra no plano operacional. Por isso, com legitimidade, a terra deve ser criada em cima de um céu bem elaborado, bem estrelado. Um céu onde o sol está clareando e a lua é um refrigério nas noites difíceis.
(P) –...
(H) – No campo objetivo das mutações, na formação dos seres aqui, todo primeiro ser que habita a terra, seja uma árvore ou um animal, tem uma característica híbrida. Ele é criado de fora para dentro, com base no ser anterior. Vamos estudar isso na hora certa. E a semente está nos céus, no plano espiritual. Por exemplo, o lobo foi transmutado com algumas alterações, para muitos assemelhados ao cão. O cão pela característica domiciliar, o lobo mais selvagem. Então, o passo seguinte na evolução do princípio que gera o lobo é o cão. Essas transmutações no campo somático do corpo são feitas na Espiritualidade. Certo? Movimentando áreas da estrutura somática em todas as áreas do globo. Aí vem para cá. Mas, se ele apresentou uma característica de cão, com o tempo ele volta a ser lobo porque a carga está condicionada. Nessa hora, a semente do cão, que "está nos céus", no espaço da terra, como diz a pergunta 44 do Livro dos Espíritos, vem e encontra piso para encarnar nessa forma elaborada de fora para dentro. A semente que estava nos céus, não é isso? Passou a encarnar nessa terra. Deu para ter uma ideia? Aí sim, seria um processo de herança, de recepção, na fauna. Isso ainda será falado na hora certa.
Então, "no princípio criou Deus os céus e a terra". Observamos que, se Deus cria a terra no seu sentido cósmico, nós criamos a nossa terra, que representa a natureza, o piso em que vamos operar. Podemos dar à terra um sentido figurado, como propõe o capítulo 12 do livro "A Gênese", sendo aquilo que vou criando para mim. A terra pode ser o lar em que estou vivendo e que ajudei a criar. Não pode? Eu fico reclamando:
- Não há quem aguente! Aquele meu irmão lá…
Ele é reflexo das minhas necessidades. Você tem uma co-responsabilidade. Por isso, as criações são nossas. Mas sempre temos parceiros nas criações. E sem querer criar uma ideia complicada da divindade, na realidade, somamos e refletimos nos ângulos positivos da nossa personalidade o pensamento divino. Ou então um deus verdugo, cruel, punitivo, que ainda cultivamos das faixas da retaguarda.
Então, "no princípio criou Deus os céus e a terra". Agora, começa aqui: "A terra era sem forma e vazia". Vamos trabalhar mais detidamente a partir da semana que vem, enveredando para esta linha mais direta. Porque estamos ajustando nossos valores para poder retificar detalhes ou definir por que estamos trabalhando. No estudo normal da doutrina espírita, em que entramos hoje, é muito difícil entrar! E aqui abre elementos que nos jogam para cá. Então, "a terra era sem forma e vazia", porque ela está na cabeça dos cocriadores ainda, ou não está? Dei este exemplo algumas vezes. Tenho um terreno de mil metros quadrados, vazio. Na minha cabeça, tem uma construção de 4 andares ali. Não pode ter? Mentalizando, ali vai ter uma entrada, um jardim, e assim por diante. Aí chego perto do Lairto:
- Você está enxergando alguma coisa?
- Não! Está vazio, não tem forma nenhuma ali mesmo não!..
- Tem!
- Ah! Então você está enxergando pouco, hein?
Porque está na minha cabeça! Não está ainda consolidado. Então, quando fala em terra, é consolidação! Quando fala céus, é o sentido, pode até existir, mas não está abrangido ainda pela nossa capacidade perceptiva. Então, a lua era "céus"! Não era? Ela não era componente dos céus? Quando o homem pisou lá, era "céus"! Agora é um planeta ou um satélite que já temos uma expressão consolidada relativamente a isso.
(P) –… essa diferenciação de céus e terra,
(H) – Porque os céus representam o campo de fecundação, quando percebemos. Por exemplo, estamos todos no céu dos nossos valores mais sublimados do evangelho, da doutrina, que temos que implementar na vida prática. O que ocorre? Tudo isso é componente onde existem as fecundações de ordem psíquica, que vão redundar em campo operacional e aplicativo a curto, médio e longo prazo! Estamos aprendendo coisas aqui que vamos colocar em prática só daqui a 2, 3 ou 4 reencarnações… não se preocupem. Agora, tem umas que gritam aqui dentro:
- Tem que mudar é hoje ainda! E vou começar na hora que eu assentar à mesa!..
Ao invés de olhar o prato vazio à mesa:
- Ih! Isto aqui não está bom não. Este arroz está bom? Não tem sal aqui, e não sei o quê. Vou começar hoje!
Essas são coisas que podemos começar na hora. Não podemos? Desarmar o coração. No almoço. Agora, tem casos que vão demorar ainda. E outros que serão muito mais prolongados. Então, é preciso que tenhamos essa ótica, senão ficamos cheios de conflitos. Vai chegar um momento em que vamos, como costumamos dizer, dar uma resvalada, não é? Então, uns reclamam:
- Ah, eu não vou mais à reunião…
Nada disso, levanta! E fala assim:
- Vou levantar e ainda vou cair outra vez!
É o que importa! Porque não é possível que estejamos com uma série de condicionamentos e um determinado elemento chega, e vamos desativar esses condicionamentos, às vezes de muitos séculos numa ação puramente mental. Se insistirmos muito, entramos em desequilíbrio. Eu querer ser aquilo que não tenho condições de ser porque existe uma integração entre céus e terra! Céus e terra. E essa terra é o laço que prende o espírito! Você criou, administra. Não acontece isso? Não sei se vocês entenderam. Então, o céu empurra de cima para baixo. A terra influencia de baixo para cima. A começar pela própria gravitação dela! Você joga um objeto, ele cai na terra. Eu tenho aqui a terra dos meus corações, das minhas criações. Então, tenho que ter fibra, coragem, um lastro de vontade capaz de amortecer os desejos, que são automáticos.
Costumamos dizer que o desejo é uma soma de caracteres que automatizam o nosso vil. Enquanto a vontade é um instrumento assemelhado ao desejo, mas direcionado! Então, a vontade, segundo Emmanuel, é o componente que administra! Que administra. Utilizando esse conhecimento com tranquilidade e segurança, posso ter maiores êxitos.
(P) -… edificação do reino dos céus, nós poderíamos entender…
(H) – A edificação do reino dos céus já é a nossa entrada nele. Tudo que fiz aqui, especialmente nesta figura, são providências para que se veja o reino dos céus. Então, edificar o reino dos céus é formar a terra. Não sei de que… no céu sem a terra. A começar do campo mental. Esta é a proposta nova para a regeneração. Até a expiação e provas, vem no vapt-vupt. A gente vira doutor aqui, formado em N disciplinas, em N frentes, nada operado com legitimidade por nós. Resultado das pancadas levadas. Então, tem pai que é um verdadeiro professor para o filho.
- Você não faz isso porque isso aí não é bom! Não pode fazer…
Se ele perguntar, você aprendeu onde? Entrando nessa gelada que você está querendo entrar. Quer dizer, não tem aquela autoridade didática. Aprendeu e fez? Não. Ele aprendeu e não fez! Então caiu na esparrela. Com isso, nossa autoridade não deixa de existir, mas é decorrente do esforço. Tanto que achamos que nossos filhos vão incorrer nas mesmas coisas que incorremos. E o que tem na cabeça deles não é nada daquilo que tinha na nossa época! Eles vão passar por aquelas provas tranquilos, não vão ter problemas. Não acontece isso? Temos uma história, por exemplo, que o Oswaldo contava aqui. "Lá atrás, ainda hoje, está tudo assim tão aberto, todas as portas abertas, todos os lances. E a filha estava em casa, na adolescência de 12, 13 anos, e o namorado chegou, entrou no quarto e fecharam a porta. Aí foi o drama lá fora, do pai com a mãe. O que fazemos? Arrebentaram a porta! Invadiram o recinto deles! Aí estavam um de um lado e o outro do outro! Com o fone de ouvido, ouvindo uma música suave". Quer dizer, é a precipitação do que passa na nossa cabeça!
- Eles devem estar fazendo um futebol lá dentro daquele quarto!
Olhou para o marido:
- Você já fez isso alguma vez?
Pois é, é preciso haver melhoras para cair numa real interior, não é isso? Quer dizer, é a nossa forma! Porque nossa conceituação é embasada, não pelo que vemos lá fora, mas pelo que vivemos cá dentro! Então, não quer dizer que não somos levados a essa situação num mundo tão complicado porque estamos vivendo uma transição, mas estou trazendo esse exemplo porque na época em que ouvíamos isso:
- Meu Deus! Como o negócio é frágil…
Vocês podem notar. Um grande percentual de nossas conceituações, de nossas "verdades", decorrem de experiências vividas, às vezes sofridas, às vezes equivocadas, não pelo que temos aprendido. Mas devagar a gente chega lá e o tempo acabou!
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