segunda-feira, novembro 18, 2024

Teologia de Paulo à Luz da Doutrina Espírita (Continuação) - O Papel do Espírito Santo

#interna







 


4 - O papel do Espírito Santo:  Paulo destaca a importância do Espírito Santo na vida do cristão, guiando, fortalecendo e transformando-os à imagem de Cristo.
No Espiritismo, o Espírito Santo não é uma entidade separada, mas sim a ação dos bons espíritos que auxiliam a humanidade. O Espírito Santo é visto como a influência espiritual positiva que guia e inspira. Podemos ver ainda nele a representação dos Espíritos Superiores que ajudam o Cristo na Governança do Orbe. E de todos os que no decorrer dos tempos se ajustaram a Deus e Seu Cristo, auxiliando-os a implantar o Reino de Deus nos corações das criaturas.
A mensagem de Paulo é mais uma vez concordante como que expõe a Doutrina codificada por Kardec.
Podemos ainda destacar outros pontos de convergência entre a visão espírita do Espírito Santo e a teologia paulina:
Ação dos Bons Espíritos e o Espírito de Deus:
    • No Espiritismo, o Espírito Santo é visto como a ação dos bons espíritos que auxiliam a humanidade, como já dissemos acima. Isso se alinha com Romanos, 8:9, onde Paulo fala sobre o Espírito de Deus habitando nos crentes. Ambos os conceitos enfatizam a presença e a influência espiritual positiva que guia e inspira os indivíduos.
Influência Espiritual Positiva e o Fruto do Espírito:
    • A descrição do Espírito Santo como uma influência espiritual positiva que guia e inspira é semelhante ao que Paulo descreve em Gálatas, 5:22-23. Os frutos do Espírito, como amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio, são manifestações dessa influência positiva na vida dos crentes.
Espíritos Superiores e a Governança do Orbe:
    • A ideia de que o Espírito Santo representa os Espíritos Superiores que ajudam Cristo na governança do mundo pode ser vista como uma extensão do conceito de que o Espírito de Deus habita nos crentes e os guiam. Paulo frequentemente fala sobre a liderança espiritual e a orientação divina na vida dos cristãos.
Unidade com Deus e Cristo:
    • Tanto no Espiritismo quanto nas cartas de Paulo, há uma ênfase na unidade com Deus e Cristo. Em Romanos, 8:9, Paulo destaca que os crentes estão sob o domínio do Espírito de Deus, o que implica uma profunda conexão e alinhamento com a vontade divina.
Essas conexões mostram como a visão espírita do Espírito Santo pode ser harmonizada com a teologia de Paulo, destacando a presença e a ação contínua de influências espirituais positivas na vida dos indivíduos, guiando-os e inspirando-os a viver consoante os princípios divinos.
5 - A Igreja como Corpo de Cristo: Paulo vê a Igreja como um corpo, com Cristo como a cabeça, e os crentes como membros desse corpo, cada um com dons e funções diferentes.
  1. 1 Coríntios 12:27: "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo."
  2. Efésios 4:15-16: "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função."
Há uma relação entre a visão de Paulo sobre a Igreja e a perspectiva espírita da comunidade espiritual.
Paulo e a Igreja como Corpo de Cristo: Paulo usa a metáfora do corpo para descrever a Igreja, onde Cristo é a cabeça e os crentes são os membros. Cada membro tem dons e funções diferentes, mas todos são essenciais para o funcionamento do corpo na totalidade. Essa analogia enfatiza a unidade e a diversidade dentro da comunidade cristã, destacando a interdependência dos membros e a centralidade de Cristo.
Visão Espírita da Comunidade Espiritual: No Espiritismo, a comunidade espiritual é vista de forma mais ampla, incluindo tanto os encarnados (vivos) quanto os desencarnados (espíritos). A fraternidade universal é um princípio fundamental, onde todos são considerados irmãos em evolução, independentemente do seu estado físico. Essa visão promove a ideia de que todos estão em um processo contínuo de aprendizado e crescimento espiritual.
Essas duas perspectivas, embora diferentes, compartilham a ideia de interconexão e importância de cada indivíduo em uma comunidade maior.

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Este Estudo é continuação do estudo:
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segunda-feira, novembro 11, 2024

Teologia de Paulo à Luz da Doutrina Espírita (Continuação)



 


3 - A união com Cristo: Paulo frequentemente fala sobre estar "em Cristo", indicando uma união espiritual profunda entre o cristão e Jesus.
Podemos citar os versículos abaixo:
  1. Gálatas 2:20: "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim."
  2. Romanos 6:5: "Se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição."
Esta união faz parte também da Teologia Espírita.
Em nosso sistema planetário íntimo, Jesus é o Sol que nos traz vida, e vida em abundância. (João, 10: 10).
O espiritismo mostra-nos que através da evolução vamos atingir a meta da comunhão perfeita com Deus, o que se dará através de Jesus. Ele, como o máximo de evolução que a humanidade pode alcançar, definiu esta unidade quando disse: "eu e o pai somos um" (João, 10: 30). E conforme a narrativa deste mesmo evangelista Ele orou ao Pai dizendo:
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste... Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade... (João, 17: 21 e 23).
 
Em conformidade com tudo isto, veja a mensagem do Apóstolo Paulo, dezenove séculos depois, como participante da Falange do Espírito de Verdade:
"Gravitar para a unidade divina, eis o fim da Humanidade. Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a Justiça, o Amor e a Ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça. Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a ideia de Deus, com o Lhe exagerardes a severidade. Duplamente a comprometeis, deixando que no Espírito da criatura penetre a suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao Ser infinito. Destruís mesmo a ideia do inferno, tornando-o ridículo e inadmissível às vossas crenças, como o é aos vossos corações o horrendo espetáculo das execuções, das fogueiras e das torturas da Idade Média! Pois que! Quando banida se acha para sempre das legislações humanas a era das cegas represálias, é que esperais mantê-la no ideal? Oh! Crede-me, crede-me, irmãos em Deus e em Jesus Cristo, crede-me: ou vos resignais a deixar que pereçam nas vossas mãos todos os vossos dogmas, de preferência a que se modifiquem, ou, então, vivificai-os, abrindo-os aos benfazejos eflúvios que os Bons, neste momento, derramam neles. A ideia do inferno, com as suas fornalhas ardentes, com as suas caldeiras a ferver, pôde ser tolerada, isto é, perdoável num século de ferro; porém, no século dezenove, não passa de vão fantasma, próprio, quando muito, para amedrontar criancinhas e em que estas, crescendo um pouco, logo deixam de crer. Se persistirdes nessa mitologia aterradora, engendrareis a incredulidade, mãe de toda a desorganização social. Tremo, entrevendo toda uma ordem social abalada e a ruir sobre os seus fundamentos, por falta de sanção penal. Homens de fé ardente e viva, vanguardeiros do dia da luz, mãos à obra, não para manter fábulas que envelheceram e se desacreditaram, mas para reavivar, revivificar a verdadeira sanção penal, sob formas condizentes com os vossos costumes, os vossos sentimentos e as luzes da vossa época.
"Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.
"Que é o castigo? A consequência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser.
"Oh! Em verdade vos digo, cessai, cessai de pôr em paralelo, na sua eternidade, o Bem, essência do Criador, com o Mal, essência da criatura. Fora criar uma penalidade injustificável. Afirmai, ao contrário, o abrandamento gradual dos castigos e das penas pelas transgressões e consagrareis a unidade divina, tendo unidos o sentimento e a razão
." PAULO, apóstolo. ( O Livro dos Espíritos questão 1009)
Esta mensagem atribuída ao apóstolo Paulo em "O Livro dos Espíritos" reflete muitos dos temas centrais encontrados nas cartas paulinas do Novo Testamento. Vamos explorar algumas conexões:
Justiça, Amor e Ciência:
    • Justiça e Amor: Paulo frequentemente enfatiza a importância do amor e da justiça. Em 1 Coríntios 13, ele descreve o amor como a maior das virtudes. Em Romanos 13:10, ele afirma que "o amor é o cumprimento da lei".
    • Ciência (Conhecimento): Paulo valoriza o conhecimento, mas sempre o subordina ao amor. Em 1 Coríntios 8:1, ele diz: "A ciência incha, mas o amor edifica."
Ignorância, Ódio e Injustiça:
    • Paulo adverte contra a ignorância espiritual e moral. Em Efésios 4:18, ele fala sobre aqueles que estão "obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância que há neles".
    • O ódio e a injustiça são contrários ao espírito cristão que Paulo prega. Em Gálatas 5:19-21, ele lista as obras da carne, incluindo ódio e discórdias, como opostas ao fruto do Espírito.
A Severidade de Deus e a Clemência:
    • Paulo reconhece a severidade de Deus, mas também destaca Sua misericórdia. Em Romanos 11:22, ele diz: "Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com os que caíram, mas bondade para contigo, se permaneceres na sua bondade".
    • Ele também fala da clemência divina em várias passagens, como em Efésios 2:4-5, onde menciona a grande misericórdia de Deus ao nos dar vida com Cristo.
A Ideia do Inferno e do Castigo:
    • Paulo não se concentra tanto na descrição do inferno, mas fala sobre a consequência do pecado e a necessidade de redenção. Em Romanos 6:23, ele afirma: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor".
    • Ele vê o castigo como uma forma de correção e redenção, semelhante ao que é mencionado na mensagem. Em Hebreus 12:6, que muitos atribuem a Paulo, está escrito: "Porque o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho".
Unidade Divina e Redenção:
    • A unidade divina e a redenção são temas centrais nas cartas de Paulo. Em Efésios 4:4-6, ele fala sobre a unidade do Espírito e a fé em um só Senhor.
    • A redenção através de Cristo é um tema recorrente. Em Colossenses 1:13-14, ele escreve: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção, a remissão dos pecados".
Essas conexões mostram como a mensagem em "O Livro dos Espíritos" ressoa com a teologia de Paulo, destacando temas de amor, justiça, conhecimento, misericórdia, e a busca pela redenção e unidade divina.

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quarta-feira, novembro 06, 2024

#Cristo Foi Crucificado em 3 de Abril de 33 d.C., dizem geólogos




Segundo um estudo publicado na revista "International Geology Review", os cientistas concluíram que Jesus Cristo foi crucificado em 3 de abril do ano 33 d.C. Essa conclusão foi baseada na análise de atividade sismológica na região do Mar Morto, a cerca de 20 quilômetros de Jerusalém.
Os pesquisadores, liderados por Jefferson Williams, da Supersonic Geophysical, analisaram amostras de solo e registros históricos, incluindo relatos bíblicos que mencionam um terremoto ocorrido durante a crucificação. Eles identificaram sinais de dois tremores nas camadas de sedimentos: um em 31 a.C. e outro entre 26 e 36 d.C., período em que Pôncio Pilatos governava a Judeia.
Os geólogos chegaram à conclusão sobre a data da crucificação de Jesus através de uma combinação de análises sismológicas e registros históricos. Aqui está um resumo do processo:
  1. Análise de Sedimentos: Eles estudaram camadas de sedimentos no Mar Morto, que é uma região propensa a terremotos. Essas camadas podem registrar eventos sísmicos ao longo do tempo.
  2. Identificação de Terremotos: Os pesquisadores identificaram sinais de dois terremotos significativos nas camadas de sedimentos: um que ocorreu em 31 a.C. e outro entre 26 e 36 d.C. Este último período coincide com o governo de Pôncio Pilatos na Judeia.
  3. Correlação com Registros Históricos: Eles correlacionaram esses dados com relatos históricos, incluindo os Evangelhos, que mencionam um terremoto durante a crucificação de Jesus.
  4. Datação Precisa: Combinando essas informações, os geólogos concluíram que o terremoto mencionado nos relatos bíblicos provavelmente ocorreu em 3 de abril de 33 d.C., data que eles sugerem como a da crucificação.
Esses métodos permitiram aos cientistas fazer uma estimativa informada sobre a data do evento.
O terremoto mencionado na pesquisa sobre a crucificação de Jesus é um evento interessante tanto do ponto de vista histórico quanto geológico. Aqui estão alguns detalhes adicionais:
  1. Relatos Bíblicos: Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mencionam um terremoto que ocorreu durante a crucificação de Jesus. Em Mateus 27:51-54, por exemplo, é descrito que a terra tremeu e as rochas se partiram.
  2. Análise Geológica: Os geólogos analisaram amostras de sedimentos do Mar Morto, que é uma região com uma longa história de atividade sísmica. Eles identificaram camadas de sedimentos que mostravam sinais de distúrbios causados por terremotos.
  3. Datação dos Eventos: Através da datação das camadas de sedimentos, os cientistas conseguiram identificar dois terremotos significativos: um em 31 a.C. e outro entre 26 e 36 d.C. Este último período coincide com o tempo da crucificação de Jesus, conforme os relatos históricos.
  4. Conclusão da Pesquisa: Combinando os dados geológicos com os relatos históricos, os pesquisadores sugeriram que o terremoto mencionado nos Evangelhos ocorreu em 3 de abril de 33 d.C., a data que eles propõem para a crucificação.
Esses achados ajudam a fornecer um contexto mais amplo e corroboram os relatos históricos com evidências físicas. Ao mesmo tempo, dá maior credibilidade à informação de Emmanuel através da mediunidade de Chico Xavier, que no livro "Há Dois Mil Anos" data a Crucificação de jJesus no ano 33, contrariando os acadêmicos estudiosos do Novo Testamento.
Essa convergência de informações de diferentes áreas pode oferecer uma perspectiva mais rica e multifacetada sobre eventos históricos. É sempre fascinante ver como a ciência, a história e a espiritualidade podem se complementar e enriquecer nosso entendimento do passado.
Fontes:
 

segunda-feira, novembro 04, 2024

Teologia de Paulo à Luz da Doutrina Espírita





Teologia é o estudo sistemático e crítico das questões relacionadas à religião e à fé. A palavra "teologia" deriva do grego "theos" (Deus) e "logos" (estudo ou palavra), significando literalmente "estudo de Deus". Este campo busca compreender a natureza de Deus, os atributos divinos, a relação entre Deus e os seres humanos, a origem do universo, o propósito da vida, a moralidade e outros aspectos fundamentais da existência humana. (1)
A teologia de Paulo é teocêntrica: "Deus" é o tema central de sua teologia. Ele é visto como o Criador de todas as coisas, e Jesus é o modelo supremo que nos conduz à perfeição. O propósito da vida, segundo Paulo, é a salvação, com a humanidade sendo o objeto desse propósito. Essa salvação é alcançada através da perfeição moral. Além disso, a origem do universo é um tema relevante dentro de sua teologia.
Ela é rica e multifacetada, alguns dos princípios fundamentais incluem:
  1. Justificação pela fé
  2. A graça de Deus
  3. A união com Cristo
  4. O papel do Espírito Santo
  5. A igreja como corpo de Cristo
  6. A esperança escatológica
  7. A predestinação
Antes de entrarmos nos temas específicos é bom conceituarmos o que seja salvação sobre o ponto de vista espírita já que esta expressão é muito usada na teologia paulina e em todo Novo Testamento, como já dissemos anteriormente, como propósito da vida segundo Paulo.
No cristianismo tradicional, a salvação é entendida como a libertação do pecado e suas consequências. A salvação culmina na promessa de vida eterna com Deus, onde os crentes serão ressuscitados e viverão em comunhão com Ele para sempre.
Na Doutrina Espírita a salvação se dá através de um processo contínuo de evolução moral e espiritual, onde há também libertação dos erros e das transgressões às Leis Universais. Assim podemos afirmar que salvação tem o mesmo sentido de remissão dos pecados ou recomposição consciencial. No Espiritismo a salvação é um processo contínuo que culmina na redenção e na perfeição do espírito.
 
1 - Justificação pela fé: Paulo argumenta que a salvação é alcançada pela fé em Jesus Cristo, e não pelas obras da lei. Este princípio é central em suas cartas, especialmente em Romanos e Gálatas.
No cristianismo tradicional justificação tem o mesmo significado de salvação. No Espiritismo podemos dizer que justificação é o ato de tornar-se justo, ou, o que tem o mesmo sentido, ajustar-se à Lei de Deus.
    1. Romanos 3:28: "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei."
    2. Gálatas 2:16: "Sabemos que ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo."
O que podemos entender sobre ser justificado pela fé e não pelas obras da lei?
Em primeiro lugar temos que entender o que Paulo entende por fé. A inspiração do Apóstolo dos gentios é o texto de Habacuque: "...o justo viverá por sua fidelidade" (Habacuque, 2: 4).
Portanto, para Paulo fé é fidelidade a Deus e ao Seu Messias (Jesus). É preciso ser fiel aos ensinamentos de Jesus exarados no Evangelho, isto é fé, e segundo ele, e a Doutrina Espírita concorda, a justificação vem através desta fidelidade. Por obras da lei devemos entender as obras ligadas aos preceitos religiosos que eram tão comuns no judaísmo àquele tempo, e ainda hoje é nas igrejas católicas e protestantes.
2 - A graça de Deus: Paulo enfatiza que a salvação é um dom gratuito de Deus, oferecido a todos os que têm fé em Jesus Cristo.
No espiritismo, a graça é entendida como a manifestação do amor e da misericórdia divina, que se expressa através da assistência espiritual e do amparo aos espíritos encarnados e desencarnados. Allan Kardec, o codificador do espiritismo, não usa o termo "graça" com frequência, mas os princípios espiritistas refletem a ideia de uma benevolência divina que guia e auxilia os espíritos em sua jornada evolutiva.
Todavia, é preciso compreender que a graça não é de graça. Paulo enfatiza que a graça é um dom gratuito de Deus, mas também destaca a importância da fé como meio de receber essa graça. A fé, segundo Paulo, não é apenas uma crença passiva conforme já dissemos, mas envolve uma fidelidade ativa aos ensinamentos de Jesus, o que implica um compromisso moral e espiritual.
Podemos concluir que a fé é dinâmica e se manifesta através de ações que refletem a fidelidade aos ensinamentos de Cristo. Portanto, enquanto se a graça é um presente de Deus, a fé que a recebe envolve um compromisso ativo e transformador na vida daquele que crê.
    1. Efésios 2:8-9: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie."
    2. Tito 2:11: "Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens."
A estas "obras" citadas no versículo já nos referimos como obras da lei, obras do dogmatismo religioso. Podemos ainda dizer que nem mesmo a lei de causa e efeito e nem mesmo a reencarnação salvam, estas são imprescindíveis ao aperfeiçoamento do espírito, mas o que salva mesmo é a fidelidade aos ensinamentos de Jesus. Estes é que nos transformam em Homens de Bem (Kardec) ou Nova Criatura (Paulo).
  1. Copilot, 2024 Acessado em 31 de Out. 2024

Continuará no próximo Post.


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segunda-feira, outubro 28, 2024

Estudo de Evolução com Honório Abreu - 2 – Gênesis 1: 1-10 - Segunda Parte



 
     

2 – Gênesis 1: 1-10 2ª Parte
Data da Reunião 24-6-2006
Continuação...

...isso acontece nos territórios de nossa caminhada evolutiva. Ou seja, algo desperta aqui e se manifesta ali. Moisés trabalhava com o que emergia desse núcleo. Então, chegamos aqui e pensamos:

  • Meu Deus! Eu tenho que conhecer a doutrina desde o início…

Não. Conheça na hora certa. Não fique lamentando! Lamentar representa querer ser mais do que você realmente é. Eu posso até, entre aspas, "lamentar":

  • Seria tão bom se eu conhecesse essas pessoas e pudesse passar por muitos valores sem tanto sofrimento…

Mas então, emerge. Com Jesus foi a mesma coisa. E com Kardec também. Precisamos ter muito cuidado com os equívocos, especialmente quando temos consciência deles. Por que evoluímos em grande parte pelos equívocos? Porque somos projetados na evolução pelos resultados das causas em nível de efeitos. Não existe efeito sem causa e vice-versa.

Então, há muita autoridade hoje, sabe por quê? Não é com base no que aprendi didaticamente ou pedagogicamente, incorporei e não vi. Porque eu conhecia, fiz assim mesmo e paguei caro! Não é isso? Paguei caro. E quando "pagamos", entre aspas, entramos em território de postura pessoal. Quando o sofrimento nos atinge, podemos despertar confiança, esperança, um propósito para superar o mal, ou nos encasular em complicações psicológicas que geram problemas futuros. Por isso, precisamos ter cuidado com as emissões.

A criatura jogou o outro da ponte. Muitas vezes, ele cultivou isso por mais tempo, ainda não estava sensível. Então, o que ocorre? Ele guardou nos escaninhos da alma o erro que cometeu. No decorrer de outras coisas que ocorrem naturalmente, ele começou a entrar num terreno de alterações na sua sensibilidade. Porque existe um processo de retorno da lei dos nossos equívocos! Já pensaram nisso? Porque se entra, mata e é morto! Mata e é morto! Isso aconteceu nas raízes da evolução. No grande despertar ainda. Mas não era o despertar em si! Ele está guerreando, soltando flechas, jogando pedras. Daqui a pouco, alguém o atinge, ele morre. Continua na briga do outro lado! Sabiam disso? Continua com a espada. Daqui a pouco, ele está de volta aqui. O berço vira uma verdadeira sinfonia de acontecimentos porque… Quando ele começa a despertar, aí sim! Ele será trabalhado com o retorno como instrumento didático. Não a causa. Por enquanto, estamos aprendendo com o retorno! Estão de acordo? Com os efeitos! Então, esse que jogou o outro da ponte, tinha por norma fazer isso em encarnações anteriores, um dia em que estava com a cabeça cheia de projetos, não é? Cheia de projetos! Aí a Espiritualidade diz: "não vai não". E ele:

  • Deus! Podia fazer algo para eu resolver esses problemas…

Aí começa a somar uma série de detalhes estudados pelas Autoridades Espirituais, em Deus. A evolução é uma entrega nossa, como diz Pierre Teilhard de Chardin. A evolução não é produto da evolução do homem. É determinação divina! Isso é importante guardar. Então, o que ocorre? Caiu na hora certa! Muitas vezes há um acidente, e ele diz:

  • Sabe Deus! Eu estava com a cabeça cheia de coisas, e foi embora, isso é o fim…

Há um sofrimento geral. Para os que ficam e para o que foi também. Então, o que acontece? Ele caiu! Este trauma causado pela experiência fica marcando o campo íntimo dele. Concordam? Então, ele vem, certo? Na encarnação, mas vem cheio de marcas psíquicas! Não vem? Cheio de registros, vem com muita extroversão, vem embutido sobre ele próprio, introjetado, vem com traumas, psicopatias de várias naturezas, por causa desse momento que viveu.

Então faz uma regressão. E a regressão leva ele só até o momento em que caiu da ponte! Não é? Ali para! Porque ali é um ponto de transição enorme, do que havia antes e do que veio depois. Então, você está ciente do problema, não notou que tinha medo de água?

  • Ah, eu não uso barco mais não. Tenho medo do oceano. Viagem de navio eu não faço!..

Está tudo alinhado com o diagnóstico. Quando pergunto: o trauma profundo está na queda da ponte, onde ele pagou o débito, ou no débito que contraiu lá atrás? Então, como ele vai resolver? Fazer psicoterapias seguidas para perder o medo de água? Ou amortecer as emoções desvairadas? De forma…

(P) -… na lei válido para…

(H) – Meu Deus! Se não houver uma sensibilidade íntima, como falei do lutador da tribo que vai e volta, vai e volta. É preciso que haja algo que se soma e que consiga marcá-lo. Às vezes, sabe como foi? Foi depois que ele conheceu uma companheira! Porque há uma linha de relação afetiva que ficou estabelecida. Nessa hora, onde ele estava? Estava noivo para casar! Isso fez despertar, pela linha da sensibilidade, um novo momento para a grande perspectiva futura. Ele caiu naquela situação já com um componente que marcou o que aconteceu:

  • Estou atrás dessa criatura não sei há quanto tempo…

Pode até pensar nisso!

  • Encontrei!..

E o pior é que ela vai casar com outro!..

(P) -…

(H) – Eu não digo que vou te esclarecer. Mas vamos falar sobre isso. Vou tentar te ajudar, Jaqueline. O não dizer, que ele comentou antes, mostra para nós que, na realidade, essa descoberta das condições crísticas… Então, o que queríamos lembrar, Jaqueline, é que o despertar da mentalidade crística. O que significa isso? Simão Pedro, naquela hora, compreendeu que para se projetar num processo de renovação, para entrar num processo de aprendizagem além dos fatos ocorridos dentro da linha de ação e reação, das causas e efeitos, a criatura não apenas incorpora o conhecimento, mas aplica o conhecimento. Porque a aplicação é a manifestação da palavra, não é da conceituação mental do caminho. Não sei se vocês entenderam. Eu falo de caminhos, falo de conceitos! Caminhos que percorro ou não percorro. Quando falo palavras, é verbalização. Aliás, vou comentar sobre isso na reunião hoje. Então, o que ocorre? Quando falo, estou verbalizando. Então, minha fixação para uma vida melhor está no discernimento quanto à aplicação do caminho na vida prática pela palavra. Porque a palavra é fixadora. Então, estamos aqui no grupo hoje desafiados no nosso comportamento crístico. Porque, como espíritos em evolução sistemática, o Criador cuida de nós! Como vimos nesta figura. Joga orientação para eles! Se estamos idealizando, estamos buscando, vem! Agora, não adianta ficarmos intoxicados! Normalmente, os espíritas são intoxicados de valores ao longo dos séculos! Desculpem a expressão forte dessa intoxicação. O que é? Temos material de sobra! A pessoa lê "Nosso Lar" e diz:

  • Engraçado, isso não é novidade para mim!..

Não é mesmo! Está cansado de conhecer isso. Então, estamos vivendo um momento de realização crística. Não é Jesus que está indo para Jerusalém! Nós é que estamos convocados a descer para Jericó? Não. Subir para Jerusalém. É uma subida constante. Através dos valores intrínsecos de nossa seleção de caracteres a caminho…


(P) -… e há uma saturação?

(H) – Às vezes, a saturação é uma mola muito importante. Muitas pessoas hoje estão mudando o comportamento devido à saturação. No entanto, aqueles que estão saturados ainda são acentuadamente escravos de sua maneira de ser, pois a saturação envolve condicionamentos. Há uma grande parcela que frequenta reuniões por anos e anos, mas não muda! Não é porque não gostam da proposta, mas porque não querem abandonar o barco em que vieram há muitos anos! Entenderam? Eles são saudosistas, estão saturados e querem algo novo. Para esses, uma reunião ainda é um bálsamo. Eles voam alto, participam, fazem e tal, mas quando chegam em casa, encontram resistência e ficam indispostos a ceder. Por isso Jesus disse o quê? O que aconteceu em Jerusalém! Não é sofrer? Não é ser morto? O que é ser morto? É desencarnar? Não! É ser morto nos meus conceitos! É morto nos conceitos. Ser morto em Jerusalém significa:

  • Você fala muito! Pare de falar! Ouça mais!..
  • Mas, eu fico sem falar?
  • Você é que sabe!..

Então, quando ele resolve falar menos e ouvir mais, está morrendo naquele sistema de vida de ser falador!..

(P) –… esse não morrer aí é…

(H) – Meu Deus do céu, no último versículo que estudamos do Apocalipse, o penúltimo é isso! Perde o direito à cidade. Não é isso? A cidade santa. Quer dizer, perdemos a oportunidade. Aqui diz: "se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da cidade santa que estão inscritas neste livro". Então, perde o plano interativo de grupo, porque estamos em cidade, estamos ligados vibracionalmente com determinados grupos. Ninguém sai desta órbita sem entrar em outra. Antigamente, éramos expulsos daqui para entrar em outra. Agora, estamos entrando em outra para sairmos desta. Esse é o propósito da educação. Na educação, você entra para sair. Na expiação, saímos para entrar. Deu para entender? Eu fico arrumando umas formas para vocês, mas não sei se está confundindo.

(P) -… o cristão é aquele que ouviu e aprendeu…

(H) – Pode, perfeitamente. Se houver, vamos dizer, autenticidade por trás de tudo isso. Porque estamos cansados de sair, é como aconteceu com o endemoniado no evangelho: "e quando o espírito de luz tem saído do homem, anda por lugares áridos e encontra com os…, voltarei para casa de onde saí". O que ele encontrou lá? Lá tinha mais 7! Aí a situação piorou! Então, não há saída antes de entrada para uma evolução consciente!

(P) -… a oração, ela nos eleva, alcançada…

(H) – Sem dúvida alguma. Só que ela não nos mantém lá. Porque quando você entra num campo de oração, o que fez no seu psiquismo? Você não elevou tudo? A vibração não mudou? Você estava num piso vibracional aqui, com a oração passou para este piso. Mas, este piso só é garantido para nós se continuarmos naquela vibração. Não temos gás para ficarmos rezando, nesse aspecto! Rezando ave Maria ou Pai nosso. Não é? Ficar nesse estado mental por muito tempo. Aí, começamos a densificar e voltar para o nosso lugar. Então, a oração é uma bênção. E abre perspectivas para nós. E, nas vezes em que nos elevamos, somos envolvidos por vibrações mais suaves, mais objetivas, porque no fundo acabam por nos dotar de valores que serão germinados e santificados na nossa faixa cá embaixo, garantindo uma presença eficiente lá em cima. De maneira que foi muito válida a colocação.

(P) – … para que tenhamos vida … como é que conseguimos isso?

(H) – Viver na capacidade de gestação e escolha dessa vida. Então, realmente, você deve notar algo muito importante, não só você, mas todos nós aqui. Atentem para isso. Isso é da lei. Elegemos um sistema novo que a consciência endossa, por exemplo, trabalhar a doutrina espírita, aprender e tentar viver. Não é isso? É fácil? Reação de todo lado! Os mais sábios não entendem! Os mais queridos! A gente pensa: puxa! Mas, a mudança de planos representa criar uma cidadela nova! Criar uma aldeia nova! Criar uma cidade nova! Entendeu? Tem que sair do local onde estava Simão Pedro, lá quando falou! Porque aqui, em Cesaréia de Felipe, não criamos isso! Temos que projetar o novo processo. Então, é a derrubada, a desativação de reflexos superados ou superáveis, na criação de novos reflexos. Então, o que aprendemos? A evolução não se faz pela reação! A evolução se faz pela ação. Reação é resultante. Pela reação, você afere a conquista. Pela ação, você projeta e edifica a nova postura, a nova posição. Então, quando entramos num lance circunstancial e saímos bem, isso é reação. É o teste que vivenciamos.

(P) -… cada um no seu patamar …

(H) – Eu sugiro o seguinte: colocou um valor novo na intimidade da sua mente, tente aplicá-lo num plano racional. Porque um novo valor não significa que está capacitado a viver aquilo! Na sua concepção é aquela, mas você tem que pisar devagar. Uma das coisas que não há condição de paz nem para ele nem para os outros. A pessoa querer adotar um plano de santidade, de santificação, num ambiente que ainda é de acentuada conspurcação, vive em conflito! Então, temos que ter inteligência, analisar, discernir, porque senão barramos, dificultamos e, às vezes, produzimos pouco. Essa é a visão.

(P) -… no versículo 21 do capítulo 16 de Mateus, até então eu conhecia como um fato histórico. Apenas sobre Jesus. Gostaria de entender melhor como aplicar na minha própria vida esse versículo, ir a Jerusalém, padecer, os anciãos, os sacerdotes, escribas, ser morto e ressuscitar…

(H) – Sacerdotes, anciãos, etc., representam facetas da sua aprendizagem, facetas da sua intimidade. Vamos tentar voltar rapidamente lá, mas o assunto é pertinente. Diz aqui: "padecer muito dos anciãos". O que define ancião para você? Não é a parte sedimentada da sua personalidade? Conceitos milenares! Você vai sofrer a reação desses elementos!..

(P) – O Homem Velho?

(H) – Exato! É o Homem Velho. Outro ponto que você pode trazer nas suas análises. Diz aqui mais: "dos principais dos Sacerdotes". O ancião representa a carga de seus condicionamentos. O Sacerdote representa a faceta interativa sua com os campos infelizes, alimentando interesses dentro daquilo que você pensa. Porque quando você cria um sistema dentro de você, vai encontrar gente para te acompanhar, te seguir ou te ouvir. Emmanuel diz que "o ouvido que ouve, sintoniza a boca que fala". Então, não tem ancião que não tenha uma cargazinha de sacerdócio nele. Que é o plano de querer implantar nos outros, direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente. Você vai encontrar essa posição também, que é ele já autorizando. Aquilo que você veiculava, é igualzinho à pessoa que gostava de julgar, por exemplo, que o vício hoje é reclamar. Quer dizer, a linha interativa dele com a sociedade era julgar. Qualquer tipo de julgo, inclusive entre os companheiros dele:

  • Você não vai lá mais? Você não quer fazer! Por quê?

E telefona: hoje tem jogo! Não é assim? Era Sacerdote, a linha que você deixava filtrar no contexto. E você pode mais. Os Escribas são as tônicas. Há tônicas na sua forma de ser. O Escriba é aquele que repete, repete, transcreve as leis, escreve, tem experiência. Então, você pode notar, ó Braz, que nós decodificamos esses valores, como Kardec mencionou em "A Gênese", a doutrina retira o aspecto essencial do campo figurativo. Então, o que esses personagens representam? Expressões da nossa personalidade. Personagens têm pessoas que representam linhas muito diretas aos nossos comportamentos pessoais. Colocar um escriba com uma construção externa não funciona! Ancião com uma construção externa também não! Agora, se você coloca ancião, escriba e sacerdotes no campo de personificação de pessoas, encontrará facetas da sua personalidade ali.

 

Queríamos definir o seguinte: "No princípio criou Deus os céus e a terra". Então, se Deus cria, nesse princípio fora da nossa capacidade perceptiva, nós também, como cocriadores, temos expressões de ambos e criatividade. Nossa criação se dá nos céus em primeiro lugar. O que são os céus? É a parte sutil. No novo processo de aprendizagem pela revelação, o que é aprendizagem pela revelação? É a aprendizagem no novo sistema que nos projeta para a linha educacional. Então, "céus" representa o que já laboramos, como acabei de falar, porque não adianta querer colocar os céus na terra de uma vez. Tem como colocar os "céus" na terra? Primeiro os céus, depois a terra. É um ângulo que devemos guardar. Quando estudamos isso no passado, não se falou nisso. Lembro-me perfeitamente. Hoje, estou falando céus na linha mental, terra no plano operacional. Por isso, com legitimidade, a terra deve ser criada em cima de um céu bem elaborado, bem estrelado. Um céu onde o sol está clareando e a lua é um refrigério nas noites difíceis.

 

(P) –...

 

(H) – No campo objetivo das mutações, na formação dos seres aqui, todo primeiro ser que habita a terra, seja uma árvore ou um animal, tem uma característica híbrida. Ele é criado de fora para dentro, com base no ser anterior. Vamos estudar isso na hora certa. E a semente está nos céus, no plano espiritual. Por exemplo, o lobo foi transmutado com algumas alterações, para muitos assemelhados ao cão. O cão pela característica domiciliar, o lobo mais selvagem. Então, o passo seguinte na evolução do princípio que gera o lobo é o cão. Essas transmutações no campo somático do corpo são feitas na Espiritualidade. Certo? Movimentando áreas da estrutura somática em todas as áreas do globo. Aí vem para cá. Mas, se ele apresentou uma característica de cão, com o tempo ele volta a ser lobo porque a carga está condicionada. Nessa hora, a semente do cão, que "está nos céus", no espaço da terra, como diz a pergunta 44 do Livro dos Espíritos, vem e encontra piso para encarnar nessa forma elaborada de fora para dentro. A semente que estava nos céus, não é isso? Passou a encarnar nessa terra. Deu para ter uma ideia? Aí sim, seria um processo de herança, de recepção, na fauna. Isso ainda será falado na hora certa.

Então, "no princípio criou Deus os céus e a terra". Observamos que, se Deus cria a terra no seu sentido cósmico, nós criamos a nossa terra, que representa a natureza, o piso em que vamos operar. Podemos dar à terra um sentido figurado, como propõe o capítulo 12 do livro "A Gênese", sendo aquilo que vou criando para mim. A terra pode ser o lar em que estou vivendo e que ajudei a criar. Não pode? Eu fico reclamando:

  • Não há quem aguente! Aquele meu irmão lá…

Ele é reflexo das minhas necessidades. Você tem uma co-responsabilidade. Por isso, as criações são nossas. Mas sempre temos parceiros nas criações. E sem querer criar uma ideia complicada da divindade, na realidade, somamos e refletimos nos ângulos positivos da nossa personalidade o pensamento divino. Ou então um deus verdugo, cruel, punitivo, que ainda cultivamos das faixas da retaguarda.

Então, "no princípio criou Deus os céus e a terra". Agora, começa aqui: "A terra era sem forma e vazia". Vamos trabalhar mais detidamente a partir da semana que vem, enveredando para esta linha mais direta. Porque estamos ajustando nossos valores para poder retificar detalhes ou definir por que estamos trabalhando. No estudo normal da doutrina espírita, em que entramos hoje, é muito difícil entrar! E aqui abre elementos que nos jogam para cá. Então, "a terra era sem forma e vazia", porque ela está na cabeça dos cocriadores ainda, ou não está? Dei este exemplo algumas vezes. Tenho um terreno de mil metros quadrados, vazio. Na minha cabeça, tem uma construção de 4 andares ali. Não pode ter? Mentalizando, ali vai ter uma entrada, um jardim, e assim por diante. Aí chego perto do Lairto:

  • Você está enxergando alguma coisa?
  • Não! Está vazio, não tem forma nenhuma ali mesmo não!..
  • Tem!
  • Ah! Então você está enxergando pouco, hein?

Porque está na minha cabeça! Não está ainda consolidado. Então, quando fala em terra, é consolidação! Quando fala céus, é o sentido, pode até existir, mas não está abrangido ainda pela nossa capacidade perceptiva. Então, a lua era "céus"! Não era? Ela não era componente dos céus? Quando o homem pisou lá, era "céus"! Agora é um planeta ou um satélite que já temos uma expressão consolidada relativamente a isso.

(P) –… essa diferenciação de céus e terra,

(H) – Porque os céus representam o campo de fecundação, quando percebemos. Por exemplo, estamos todos no céu dos nossos valores mais sublimados do evangelho, da doutrina, que temos que implementar na vida prática. O que ocorre? Tudo isso é componente onde existem as fecundações de ordem psíquica, que vão redundar em campo operacional e aplicativo a curto, médio e longo prazo! Estamos aprendendo coisas aqui que vamos colocar em prática só daqui a 2, 3 ou 4 reencarnações… não se preocupem. Agora, tem umas que gritam aqui dentro:

  • Tem que mudar é hoje ainda! E vou começar na hora que eu assentar à mesa!..

Ao invés de olhar o prato vazio à mesa:

  • Ih! Isto aqui não está bom não. Este arroz está bom? Não tem sal aqui, e não sei o quê. Vou começar hoje!

Essas são coisas que podemos começar na hora. Não podemos? Desarmar o coração. No almoço. Agora, tem casos que vão demorar ainda. E outros que serão muito mais prolongados. Então, é preciso que tenhamos essa ótica, senão ficamos cheios de conflitos. Vai chegar um momento em que vamos, como costumamos dizer, dar uma resvalada, não é? Então, uns reclamam:

  • Ah, eu não vou mais à reunião…

Nada disso, levanta! E fala assim:

  • Vou levantar e ainda vou cair outra vez!

É o que importa! Porque não é possível que estejamos com uma série de condicionamentos e um determinado elemento chega, e vamos desativar esses condicionamentos, às vezes de muitos séculos numa ação puramente mental. Se insistirmos muito, entramos em desequilíbrio. Eu querer ser aquilo que não tenho condições de ser porque existe uma integração entre céus e terra! Céus e terra. E essa terra é o laço que prende o espírito! Você criou, administra. Não acontece isso? Não sei se vocês entenderam. Então, o céu empurra de cima para baixo. A terra influencia de baixo para cima. A começar pela própria gravitação dela! Você joga um objeto, ele cai na terra. Eu tenho aqui a terra dos meus corações, das minhas criações. Então, tenho que ter fibra, coragem, um lastro de vontade capaz de amortecer os desejos, que são automáticos.

Costumamos dizer que o desejo é uma soma de caracteres que automatizam o nosso vil. Enquanto a vontade é um instrumento assemelhado ao desejo, mas direcionado! Então, a vontade, segundo Emmanuel, é o componente que administra! Que administra. Utilizando esse conhecimento com tranquilidade e segurança, posso ter maiores êxitos.

(P) -… edificação do reino dos céus, nós poderíamos entender…

(H) – A edificação do reino dos céus já é a nossa entrada nele. Tudo que fiz aqui, especialmente nesta figura, são providências para que se veja o reino dos céus. Então, edificar o reino dos céus é formar a terra. Não sei de que… no céu sem a terra. A começar do campo mental. Esta é a proposta nova para a regeneração. Até a expiação e provas, vem no vapt-vupt. A gente vira doutor aqui, formado em N disciplinas, em N frentes, nada operado com legitimidade por nós. Resultado das pancadas levadas. Então, tem pai que é um verdadeiro professor para o filho.

  • Você não faz isso porque isso aí não é bom! Não pode fazer…

Se ele perguntar, você aprendeu onde? Entrando nessa gelada que você está querendo entrar. Quer dizer, não tem aquela autoridade didática. Aprendeu e fez? Não. Ele aprendeu e não fez! Então caiu na esparrela. Com isso, nossa autoridade não deixa de existir, mas é decorrente do esforço. Tanto que achamos que nossos filhos vão incorrer nas mesmas coisas que incorremos. E o que tem na cabeça deles não é nada daquilo que tinha na nossa época! Eles vão passar por aquelas provas tranquilos, não vão ter problemas. Não acontece isso? Temos uma história, por exemplo, que o Oswaldo contava aqui. "Lá atrás, ainda hoje, está tudo assim tão aberto, todas as portas abertas, todos os lances. E a filha estava em casa, na adolescência de 12, 13 anos, e o namorado chegou, entrou no quarto e fecharam a porta. Aí foi o drama lá fora, do pai com a mãe. O que fazemos? Arrebentaram a porta! Invadiram o recinto deles! Aí estavam um de um lado e o outro do outro! Com o fone de ouvido, ouvindo uma música suave". Quer dizer, é a precipitação do que passa na nossa cabeça!

  • Eles devem estar fazendo um futebol lá dentro daquele quarto!

Olhou para o marido:

  • Você já fez isso alguma vez?

Pois é, é preciso haver melhoras para cair numa real interior, não é isso? Quer dizer, é a nossa forma! Porque nossa conceituação é embasada, não pelo que vemos lá fora, mas pelo que vivemos cá dentro! Então, não quer dizer que não somos levados a essa situação num mundo tão complicado porque estamos vivendo uma transição, mas estou trazendo esse exemplo porque na época em que ouvíamos isso:

  • Meu Deus! Como o negócio é frágil…

Vocês podem notar. Um grande percentual de nossas conceituações, de nossas "verdades", decorrem de experiências vividas, às vezes sofridas, às vezes equivocadas, não pelo que temos aprendido. Mas devagar a gente chega lá e o tempo acabou!


Para acessar o  áudio acesse:  https://youtu.be/5xrABW6rybs?si=h7lI6O0jq0TWxP1W
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