#Pública
Por Honório Abreu
Estamos trabalhando no desenvolvimento septenário, de 1 a 7. Lembramos das várias colocações retiradas do Antigo e Novo Testamento, onde a linha espiral propõe, em cada volta, 7 passos. Isso define a projeção do ser. Fazemos uma divisão ampla entre os 6 passos e o 7º passo. Quando não conseguimos abrir na 6ª etapa para o 7º, ao invés de evoluirmos, acabamos fechando a volta.
Há uma tendência, ao fazermos essa volta, de fechar a linha em uma reciclagem da experiência anterior. Entenderam? Quando estamos em um mecanismo de evolução consciente, abrimos a linha, evitando a reciclagem periódica 666 ou algo semelhante à besta apocalíptica, da repetição sistemática e materialista. Notamos que o 7 projeta.
Quando distribuímos de 1 a 7, temos uma equação básica de 3,5, que é a metade dos 7 passos da evolução. Este número tem uma configuração profética acentuada. Muitas profecias registradas no Antigo e Novo Testamento estão embutidas aqui: 3 dias e meio, 3,5 períodos, 42 meses, 1.260 dias. Todas essas são equações equivalentes. Por quê? Porque em todo mecanismo do universo, notamos uma linha espiral funcionando. A Terra, ao girar sobre si mesma em 24 horas, completa o giro, mas se desloca no espaço pelos movimentos do sistema. Perceberam? Nunca há um fechamento desse círculo, pois ele se desloca abrindo uma linha espiral. Tudo se expressa assim. Esses 3 dias e meio são os mesmos 42 meses, representando o cumprimento da profecia, instaurado nos 3,5 primeiros dias da etapa septenária da espiral. Os três primeiros dias catalogamos como causa. Essas causas lançam as raízes proféticas dos três dias e meio subsequentes. Toda relação profética se dá em cima das causas já implementadas a nível de sementeira. Entenderam? Ok?
Quando falamos em 4, falamos da penetração do elemento na etapa subsequente da evolução. O 4 é a base da pirâmide, a sustentação. O elemento já está sustentado, pelo menos a nível psíquico e estratégico, ele está lançado. Jesus passou 40 dias no deserto. Completou 40 dias e sedimentou a linha que o lança para a complementação do ciclo. Quando falamos em 40 anos na jornada dos hebreus do Egito até a Terra Prometida, estamos falando dessa raiz 4. A presença dos hebreus no Egito por 400 anos sugere isso. A equação 4 representa a caminhada do ser vencendo a 1ª etapa. É como se, ao completar a subida, ele começasse a descida operacional com base no que aprendeu na subida. À medida que nos identificamos com o sistema da Evolução Consciente, isso se torna uma equação natural de vida. Como diz em João 3:13: "Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu; o Filho do Homem que está no céu." Já comentamos isso algumas vezes. Ninguém subiu efetivamente, senão o que desceu. Essa descida representa o cumprimento da lei, carma cumprido, resultado da experiência adquirida a nível psíquico. Então, a pessoa cumpriu. E o mecanismo de "ninguém subiu senão o que desceu". Jesus utiliza os verbos "subir" e "descer", enquanto o Evangelho propõe o verbo "estar". Comentamos sobre o "ser" e o "estar" em outros momentos. Porque o ideal não é apenas estar assim, mas ser assim!
No contexto da evolução consciente, nós somos assim quando escolhemos esse sistema. Mas, no fluxo relativo da evolução, estamos sempre em um processo constante de crescimento. Esse "estar" em constante crescimento mostra que integramos um mecanismo de estabilidade interior, dentro da dinâmica do Universo. Aquilo que para, se machuca! O que se move, não se machuca. Parece o contrário, não é? Parado não tem perigo! Mas, aqui, tem! Parando, nos enclausuramos. Movendo-nos, ativamos com tranquilidade! O número 4 já ultrapassou a barreira do 3,5. Deu para entender?
[P]: Sr. Honório, no caso da regeneração, podemos usar o verbo "ser"?
[H]: O verbo "ser" é a realidade do nosso psiquismo. O modo de ser que está no nosso coração. Mas o "ser" está em constante esforço de modificação! O "ser" está em regime dinâmico. No fundo, nossa personalidade, nosso eu, age assim, é nossa integração. Entendeu?
Nossa participação ou presença em um departamento regenerativo implica na consciência de estar constantemente crescendo. Estamos sempre gerenciando o Filho do Homem. É como se o "ser" em renovação nunca envelhecesse, pois está sempre em mecanismo de renovação. Estamos sempre gerando uma nova personalidade, gerenciando um processo de crescimento. É nesse sentido.
[P]: Uma interpretação mais tranquila, menos ofensiva, seria dizer que o 666 tem uma tendência à repetição de experiências infelizes? E que talvez precise de uma intervenção espiritual, algo mais drástico?
[H]: Sim, sempre representa uma resolução íntima, baseada na misericórdia e no amparo daqueles que nos amam. Quando chegamos na 6ª etapa dessa linha septenária da evolução consciente, tudo fica nebuloso e difícil! É aí que entra a expressão "não se turbe o vosso coração". Nessa hora, dá vontade de fazer o que sempre fazíamos, ao invés de abrir a espiral para uma nova proposta! Na sexta-feira, ou no sexto dia, a situação é sempre apertada! Lembramos que Jesus foi crucificado na sexta-feira, no sexto dia da semana. Notaram? Quando a situação estiver difícil, aguente! Porque quase sempre, esse período é uma fração relativamente pequena do contexto, mas é desafiadora! E é por ela que às vezes deixamos nosso espírito mergulhar em situações complicadas, como uma gota d'água que faz o copo transbordar. Antes de deixar o copo transbordar, vamos tentar fortalecer o íntimo e dar mais espaço para novos valores nesse copo. É uma situação de aferição que está no sexto e/ou sétimo dias.
[P]: Sr. Honório, e o número 12?
[H]: O número 12 representa um processo vinculado ao plano de heterogeneidade. Representa as várias faixas da individualidade nesse mecanismo espiral da evolução. Esse mecanismo apresenta esses passos e podemos notar que dentro desses espaços encontramos esse plano heterogêneo. As 12 Tribos de Israel, os 12 discípulos, os 12 meses do ano, sugerindo até a escala astrológica dos signos do zodíaco. Tudo isso representa que o mecanismo da evolução não está concentrado em uma linha homogênea. Estamos aqui reunidos, estudando valores que interessam à nossa caminhada consciente. Não é isso? Outra pessoa está trabalhando agora em um hospital atendendo um enfermo. Podemos ter um químico, um zoólogo ou outro técnico em um laboratório, trabalhando em algo que contribui para o crescimento global e pessoal. Isso é heterogeneidade, todos marchando em direção a um objetivo. É interessante porque, às vezes, pensamos que o reino dos céus está reservado aos religiosos. Mas não é assim. A conquista legítima dessa paz íntima, figuradamente compreendida como o reino dos céus, não está fora. Está dentro da estrutura consciencial do indivíduo, pelo que ele está fazendo. Logo, não vai demorar muito para que haja uma consciência de que, sejamos químicos, físicos, engenheiros, servidores simples, faxineiros ou religiosos, precisamos ter uma concepção do mecanismo evolutivo para realmente trabalharmos ao nível da fé raciocinada.
[P]: Sr. Honório, pegando o exemplo do povo hebreu, eles ficaram 400 anos no Egito. Isso está associado à linha evolutiva? Esses 400 anos não completaram um período, certo? Eles fizeram parte de um período e iniciaram outro, não é?
[H]: Exatamente! É como se, naquele período, eles tivessem sedimentado, ao nível do sofrimento e da lágrima, toda uma proposta de redirecionamento do próprio destino. Eles encontrariam isso na Terra Prometida, onde mana leite e mel, que seria a Terra de Canaã, como Moisés trabalhava na península do Sinai, no deserto. Observamos que a Terra de Canaã, antes de ser a região da Palestina, que é conturbada hoje, sempre esteve dentro da individualidade. Para quem não tem acompanhado conosco, esses 3 dias e meio representam a equação de 1.260, assim como os 42 meses. Cada círculo sugere 360 graus, uma volta em torno de si próprio, uma rotação. A Terra, em um ano, faz 360 graus em torno do sol. Essa linha figurativa da equação representa 3 dias e meio. Encontramos essa equação (3x360 = 1080 + 180 = 1260, que é 3 dias e meio). Temos 1.260, que é a mesma equação encontrada no Evangelho, no Velho e Novo Testamento, no Apocalipse! E os 42 meses são a mesma coisa. Em média de 30 dias (30 x 42 = 1260), temos 1.260 dias. Essa equação é repetida muitas vezes nos registros bíblicos.
[P]: Sr. Honório, o senhor acha que, em termos gerais, estamos saindo dos 3 dias livres?
[H]: Estamos vivendo o 6º dia da humanidade! Não sei se é isso que você quer saber. Até no próprio registro do Livro dos Espíritos, na questão 51, parece-me que é "em que época viveu Adão? Naquela que assinalais os 4.000 anos antes do Cristo". Se temos 4.000 anos, que foi o ápice da raça Adâmica, quando se definiam as civilizações. O grupamento ariano estava totalmente diversificado em subgrupos. Na Europa, o Hindu já estava fixado praticamente nos territórios da Índia, já trabalhando em termos mais ajustados no contexto da terra. O povo do Egito já trabalhava de modo mais definido no norte da África e assim sucessivamente. Encontramos os 4.000 anos antes do Cristo com os 2.000 que estamos completando hoje, totalizando 6.000 anos, o que representa a transição que estamos vivendo para alcançar o 7º dia. O 7º período que nos projeta na regeneração.
(P) - … nessa cronológica … uma vez que o Reino de Deus é algo dentro de nós… essa cronologia funcionaria como um relógio evolutivo, apenas sinalizando para nós as referências?
(H) - Até o dia em que você entra no 7º dia definitivamente. No 7º dia, há um amortecimento ou a desativação da cronologia, pelo que entendemos. Tanto é que Deus criou o mundo em 6 dias e, no 7º, descansou! Quando o mundo completa essa equação rígida, que tem uma vinculação acentuadamente magnética terrena, a proposta cronológica que nos limita ao campo do chamado tempo é praticamente desativada. E a neutralização do tempo e do espaço, porque são essas duas linhas praticamente que definem o nosso relativo onde estamos incrustados. Incluídos. Então, esse amortecimento desses componentes espaço e tempo nos projeta para a 4ª dimensão, no mecanismo da evolução. Aí, tempo e espaço desaparecem!
Extraído da Reunião de 28/10/1995
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