terça-feira, dezembro 21, 2021

Segredos do Apocalipse - Os Sete Castiçais de Ouro


12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro;

E virei-me para ver quem falava comigo; foi dito anteriormente que a voz se fez ouvir detrás do médium; comentamos sobre isto, que trata-se da manifestação do Cristo em nossa vida no sentido inverso ao que é proposto pelo mundo.

João, como servo do Senhor, vivia uma vida voltada para as questões do Evangelho, seus interesses eram espirituais; mas aqui temos de ver a simbologia. Ele como elemento encarnado representa a humanidade que vive uma vida na ilusão do que pode ser visto pelos olhos.

Ao "virar-se", ele demonstra interesse, ele volta a frente para ver quem falava com ele.

Ele ouvia, para ouvir não era preciso virar, portanto, não bastava apenas ouvir a mensagem, era preciso ver de quem ela partia, verificar qual a sua origem, o que nos sugere discernimento.

O Apocalipse nos ensina a discernir, o próprio autor encarnado deste texto já nos dissera:

Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus1

Portanto, era preciso ver quem falava, de quem era aquela voz tão significativa; e ainda hoje ver quem fala. Se a mensagem vem da Esfera do Cristo, estejamos atentos, vivenciá-la é questão de bom senso, obra do homem prudente.

E a misericórdia divina é pródiga em nossa vida, se manifesta através das palavras de um pai, de um amigo, de um livro edificante, de um líder religioso…

Aprendamos com a Revelação, é preciso "virar-se" para quem tem para nós propostas reeducativas.

E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e virando-me, atitude obediente à consciência esclarecida.

Faz-se preciso não só conhecer a verdade, mas obedecê-la. Quantas vezes mesmo sabendo em nossa vida qual o melhor caminho seguimos por outro?

O Apocalipse é altamente simbólico, desvendar estes símbolos é o desafio de todos os que se propõem a estudar esta revelação. De nossa parte não temos a pretensão de compreender todos, pois não há em nós condições para tal. Retirar do texto uma proposta edificante para nossa vida, ou seja, aplicar a mensagem em nosso dia a dia é o objetivo maior. Mas para isso é preciso ir trabalhando estes símbolos e ver neles o que eles podem nos acrescentar em matéria de transformação moral.

A partir do quarto capítulo estes símbolos vão aumentar e exigir mais de nossa capacidade interpretativa, aqui, é apenas uma prefiguração do que vai acontecer mais adiante.

Sobre os sete castiçais de ouro, o próprio texto, no último versículo deste capítulo, nos esclarece: "são as sete igrejas"

Vamos comentar mais no desenvolvimento do texto, mas podemos ver neste castiçal, que é um suporte onde se coloca uma vela com o objetivo de iluminar, não apenas as igrejas; sim, toda comunidade que se reúne em torno de um princípio moral é um castiçal, todavia, nós também temos, individualmente, de sermos um castiçal através do qual a luz divina possa se irradiar.

Não é pretensão nenhuma de nossa parte dizer desta forma. O objetivo da luz é encerrar com a treva, e qual de nós diante de uma grande escuridão ainda não se serviu de um simples palito de fósforo para iluminar em volta? Portanto, qualquer um de nós tem esta prerrogativa. Não são palavras do próprio mestre que resplandecêssemos a nossa luz diante dos homens?2

O Evangelho por si só tem esta missão, iluminar as almas. Se o Antigo Testamento é uma grande trombeta a anunciar a existência de Deus e de Sua Lei, o Novo é a voz suave e doce que diz da necessidade de através do combustível da fé operacionalizada fazermos luz em favor de todos.

13 …e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro.

e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem; num plano mais coletivo vimos que os sete castiçais representam as igrejas, o sete pode dar a ideia que é a totalidade delas. Entendamos por igreja não a instituição religiosa em si, mas qualquer comunidade reunida a serviço do Cristo, independente de a que escola esteja ligada. Trata-se de um grupamento que, no plano físico, possa fazer manifestar o Pensamento Divino.

Importa ver que são sete igrejas onde não há destaque de nenhuma, todas têm o seu papel e devem ser respeitadas igualmente; o mais importante é que todas sejam fontes irradiadoras de luz.

A expressão seguinte, um semelhante ao Filho do homem, nos remete ao Cristo.

Filho do homem foi um dos títulos que Jesus usou para si mesmo. Etimologicamente, no contexto hebraico, esta palavra quer dizer simplesmente "ser humano", ou "homem". Todavia, em se referindo a Jesus, esta expressão tem um sentido diverso, ela quer dizer de um Ser que ultrapassa a condição humana; um Messias é o melhor entendimento.

O texto deixa uma dúvida, pois o médium relata que viu um semelhante, e não o próprio Filho do homem. Todavia a alusão é clara, evoca o Cristo.

Como dissemos, a linguagem apocalíptica é altamente simbólica, temos que ir aos poucos desvendando estes símbolos. O que mais importa aqui é que os castiçais, fontes irradiadoras de luz, estão sofrendo, por sua vez, irradiação direta do Messias, estão a Ele conectados, estão em plena harmonia. Harmonia esta que é de tal forma que o Cristo está no meio deles, é um deles.

Talvez esteja aí o segredo da expressão "semelhante ao Filho do homem". É que num plano mais elevado de irradiação, não é o título que mais importa, mas estar na mesma frequência, na Alta Frequência de Deus. Pois como nos orienta o Espírito São Luis em mensagem publicada na Revista Espírita em fevereiro de 18683, não devemos dar importância se aqui é à personalidade de Jesus de Nazaré que esta expressão se refere, o que importa é que este Espírito está animado do mesmo pensamento superior.

Se quisermos, individualmente, ou coletivamente [nossa comunidade cristã], estarmos cumprindo bem o nosso papel irradiador de luz, produzindo valores de ordens reeducativas, é preciso estarmos na frequência do Cristo, esta é a essência do versículo.

vestido até aos pés de uma veste comprida; vamos ter a partir daqui e nos próximos versículos citações a respeito de algumas funções messiânicas, têm elas suporte na literatura veterotestamentária.

A veste comprida define a sua função sacerdotal, referindo-se a uma ampla conexão com Deus.

cingido pelo peito com um cinto de ouro. O cinto de ouro nos diz da realeza do Messias, o ouro era um metal nobre, o cinto de ouro era uma das insígnias dos reis. Porém vemos que aqui não se trata de um poder temporal apenas, pois o cinto cingido pelo peito diz de uma realeza fundamentada também pelo sentimento, que por estar associado à razão dá plena autoridade, uma capacidade de refletir com maior fidelidade o sentimento divino.



1 I João, 4: 1

2 Cf. Mateus, 5: 16

3 (KARDEC, Os Messias do Espiritismo Fevereiro de 1868)





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"A operação mais simples da natureza revela o mecanismo sagrado que a fez surgir na vibração do poder criador da Divindade.  Mas são raros os homens que observam além da superfície." (Emmanuel)



quarta-feira, dezembro 08, 2021

Maria de Nazaré, Paulo de Tarso: Mulher e Homem em Cristo

@claudiofajardoautor



Este livro é dividido em três partes distintas;

Na primeira, os textos de Paulo que dizem respeito à posição da mulher e do homem em Cristo.
Ao contrário do que habitualmente fazemos não nos preocupamos em fazer uma análise pormenorizada dos versículos (estudo miudinho do Evangelho), mas apenas de trechos que  nos auxiliam no esclarecimento destes pontos polêmicos que têm desafiado os estudiosos de todos os tempos.
É preciso tirar o espírito da letra, pois conforme orientação do próprio apóstolo, a letra mata, e o Espírito vivifica. Realizando desta forma, nada mais fazemos do que tentar corrigir o que a nosso ver é uma injustiça, tachar o venerável discípulo de Gamaliel  de machista.

Na segunda parte, com o título de "Maria a Educadora de Jesus" realizamos um breve estudo sobre o Puríssimo Espírito Maria de Nazaré.
 Falar de Maria, a mãe de Jesus, não é fácil devido a falta de informações que temos dela, e entre as que temos poucas são confiáveis, isentas e imparciais do ponto de vista religioso.
Estão no Novo Testamento, apesar de raros, os melhores esclarecimentos que temos da Mãe de nosso Senhor Jesus.
Nós, os espíritas, ainda temos o privilégio de termos algumas anotações vindas do Plano Espiritual que nos ajudam a esclarecer sobre a grande evolução e a missão deste nobre Espírito.
Não temos informação de como foi sua infância, nem de sua adolescência; a tradição cristã nos informa que Maria era filha de Joaquim e Ana. Seus pais eram judeus e pelo que podemos depreender dos textos do Evangelho formavam uma família simples e praticantes fieis de seus princípios religiosos.
Provavelmente nasceu entre os anos 18 e 20 a.C., e como era habitual àquele tempo, deve ter casado por volta de seus 14 anos, às vezes até antes.
Os historiadores do cristianismo apontam como data provável do nascimento de Jesus o ano 6 a.C., o Espírito Humberto de Campos através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier define o ano 5 a. C. como sendo o correto para a vinda do Cristo à carne3. O casamento de Maria deve ter acontecido de seis meses a um ano do nascimento de seu primogênito.

Na terceira e última parte do livro fizemos um estudo "miudinho" da "Carta aos Tessalonicenses "
Por volta do ano 50 de nossa era, já em franca atividade apostólica, Paulo, o fiel amigo dos gentios, se vê diante da seguinte dificuldade: a expansão das comunidades por ele fundadas crescia e com o crescimento surgiam dificuldades para o bom andamento da divulgação do Evangelho. Sua presença era sempre solicitada entre os novos seguidores do Cristo, e ele já não dava conta de atender à solicitação de todos como gostaria.
Após uma sentida oração percebeu-se envolvido pela presença espiritual do próprio Jesus que buscando tranquilizá-lo inspira-o a mudar a forma de assistência aos queridos seguidores.
Conforme anotações de Emmanuel, o Senhor o orienta com brandura:

"Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome… (…) doravante Estevão permanecerá mais aconchegado a ti transmitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de evangelização poderá ampliar-se em benefício dos sofrimentos e das necessidades do mundo." (do livro Paulo e Estevão)

Deste modo, o Apóstolo convidou Timóteo e Silas, aqui chamado de Silvano, para juntos redigirem a primeira de suas importantes epístolas.
Paulo escreve esta sua primeira epístola em Corinto, por volta do ano 50 ou 51 de nossa era. Esta carta tem importância histórica, pois provavelmente é o primeiro documento escrito do Novo Testamento.

Este livro está disponível completo, em EBOOK,  na Amazon.com.br na link abaixo:




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