terça-feira, novembro 24, 2020

A Ascendência do Evangelho

 
 

Bíblia do Caminho Testamento Xavieriano

 

Emmanuel — O próprio

 

DOUTRINANDO A FÉ

 

A ascendência do Evangelho

 
 

 

1 Nenhuma expressão fornece imagem mais justa do poder d'Aquele a quem todos os Espíritos da Terra rendem culto do que a de João, no seu Evangelho — "No princípio era o Verbo…" ( † )

Jesus, cuja perfeição se perde na noite imperscrutável das eras, personificando a sabedoria e o amor, tem orientado todo o desenvolvimento da humanidade terrena, enviando os seus iluminados mensageiros, em todos os tempos, aos agrupamentos humanos e, assim como presidiu à formação do orbe, dirigindo, como Divino Inspirador, a quantos colaboraram na tarefa da elaboração geológica do planeta e da disseminação da vida em todos os laboratórios da Natureza, desde que o homem conquistou a racionalidade, vem-lhe fornecendo a ideia da sua divina origem, o tesouro das concepções de Deus e da imortalidade do Espírito, revelando-lhe, em cada época, aquilo que a sua compreensão pode abranger.

Em tempos remotos, quando os homens, fisicamente, pouco dissemelhavam dos antropopitecos, suas manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os anos, no labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros organizadores do pensamento religioso que, de acordo com a mentalidade geral, não conseguiram escapar das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles seres egressos do egoísmo animalesco da irracionalidade. Começaram aí os primeiros sacrifícios de sangue aos ídolos de cada facção, crueldades mais longínquas que as praticadas nos tempos de Baal, das quais tendes notícia pela História.

 

As tradições religiosas

 

2 Vamos encontrar, historicamente, as concepções mais remotas da organização religiosa na civilização chinesa, nas tradições da Índia védica e bramânica de onde também se irradiaram as primeiras lições do Budismo, no antigo Egito, com os mistérios do culto dos mortos, na civilização resplandecente dos faraós, na Grécia com os ensinamentos órficos e com a simbologia mitológica, existindo já grandes mestres, isolados intelectualmente das massas, a quem ofereciam os seus ensinos exóticos, conservando o seu saber de iniciados no círculo restrito daqueles que os poderiam compreender devidamente.

 

Os missionários do Cristo

 

3 Fo-Hi, os compiladores dos Vedas, Confúcio, Hermes, Pitágoras, Gautama, os seguidores dos mestres da antiguidade, todos foram mensageiros de sabedoria que, encarnando em ambientes diversos, trouxeram ao mundo a ideia de Deus e das leis morais a que os homens se devem submeter para a obtenção de todos os primores da evolução espiritual. Todos foram mensageiros daquele que era o Verbo do Princípio, emissários da sua doutrina de amor. Em afinidade com as características da civilização e do costumes de cada povo, cada um deles foi portador de uma expressão do "amai-vos uns aos outros". Compelidos, em razão do obscurantismo dos tempos, a revestir seus pensamentos com os véus misteriosos dos símbolos, como os que se conheciam dentro dos rigores iniciáticos, foram os missionários do Cristo, preparadores dos seus gloriosos caminhos.

 

A lei moisaica

 

4 A lei moisaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis, depois de se beneficiar com a cultura que o Egito lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito, se bem que as doutrinas antigas já tivessem arraigado a crença de Deus único, sendo o politeísmo apenas uma questão simbológica, apta a satisfazer à mentalidade geral.

A legislação de Moisés está cheia de lendas e de crueldades compatíveis com a época, mas, escoimada de todos os comentários fabulosos a seu respeito, a sua figura é, de fato, a de um homem extraordinário, revestido dos mais elevados poderes espirituais. Foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a síntese luminosa de grandes verdades.

 

Jesus

 

5 Com o nascimento de Jesus, há como que uma comunhão direta do Céu com a Terra. Estranhas e admiráveis revelações perfumam as almas e o Enviado oferece aos seres humanos toda a grandeza do seu amor, da sua sabedoria e da sua misericórdia.

Aos corações abre-se nova torrente de esperanças e a Humanidade, na Manjedoura, no Tabor e no Calvário, sente as manifestações da vida celeste, sublime em sua gloriosa espiritualidade.

Com o tesouro dos seus exemplos e das suas palavras, deixa o Mestre entre os homens a sua boa-nova. O Evangelho do Cristo é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o Espírito, norteando-lhe a vida e as aspirações.

Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita.

 

O Evangelho e o futuro

 

6 Raças e povos ainda existem, que o desconhecem, porém não ignoram a lei de amor da sua doutrina, porque todos os homens receberam, nas mais remotas plagas do orbe, as irradiações do seu Espírito misericordioso, através das palavras inspiradas dos seus mensageiros.

O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirarão contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança. Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, verdade e a vida.

 

Emmanuel

Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.
 
 
 

sexta-feira, setembro 25, 2020

Honório Onofrre Abreu - Reuniões Apocalipse

 







"Nós, durante todo esse período, temos trabalhado os valores do Antigo Testamento, de modo muito especial, o conteúdo da Gênesis, ou do Livro Gênesis de Moisés. E já de algum tempo, como nós comentamos na reunião passada, nós temos tido o ensejo de fazer algumas voltinhas pelos territórios do Apocalipse, em razão do próprio conteúdo do Velho Testamento. Nós já chegamos até a comentar que o último livro da Bíblia, praticamente representa, não apenas a culminância de um relato na extensão de toda essa obra, mas apresenta uma conexão muito estreita com os recursos, com os registros do Velho Testamento. Inclusive, a gente observa que os primeiros movimentos do Livro Gênesis de Moisés, estão todos eles referenciados no final do Apocalipse, nos últimos capítulos. É como se as nossas transgressões, as nossas indiferenças relativamente a adesão, a orientação dos Espíritos amigos, pelas revelações em decorrência da nossa indisposição com os recursos do espírito, é como se nós abandonássemos as linha básicas traçadas no campo orientador e tivéssemos que passar por todo esse movimento constante do volume da Bíblia, para podermos chegar a aquele ponto que o Apocalipse tem se destinado para a nossa compreensão, nesse particular.

Então, nós vamos hoje, como nós combinamos na semana anterior, ainda dentro do parâmetro evolução, porque a característica da reunião é evolução, trabalharmos alguns pontos do Apocalipse. É bom frisar, que dentro da nova proposta que nós estamos tentando abordar, nós vamos ter verdadeiros desafios. Nós não vamos aqui, na nossa atividade, levantar uma preocupação interpretava fechada, de todos os elementos que se encontram aqui dentro do Apocalipse, nós vamos sim, tentar pinçar determinados elementos, que possam nos ajudar. É evidente que essa proposta, ela apresenta no aspecto objetivo, sociológico, muitos quadros que representam denominadores das necessidades da humanidade, como também pontos de referência levantados pelo próprio mecanismo da evolução. Isso é que nós não podemos esquecer.

Vamos encontrar também no Apocalipse os mesmos padrões reeducacionais, mas vamos encontrar quadros, imagens, figuras, que têm um aspecto bastante desafiador na interpretação e queremos, desde já, lembrar para vocês, que nós estamos matriculados aqui num estudo conjunto, tentando tirar o melhor! Não vamos preocupar com conclusões desafiadoras ou conclusões, vamos dizer, no seu sentido amplo, retumbante. Interpreta-se no Grupo Emmanuel o Apocalipse, isso é meio até pretensioso. Mas é bom lembrar nesse inicio, também, que está chegando um momento para nós, que temos trabalhado com tanto carinho a mensagem da Terceira Revelação, na Doutrina Espírita, que o Apocalipse não é apenas uma soma de sombras ameaçando as nossas cabeças não.

O Apocalipse é sim, mensagem que define o mesmo processo educacional e evolutivo; definindo ao lado do chamamento, para a nossa integração no bem e no amor, na adoção da verdade como componente de libertação, é também, uma soma muito grande de sugestões à nossa vida pessoal. Ainda que dentro dos acontecimentos que estão aí circulando, dento das apreensões vigentes na atualidade de um mundo em transição, nas portas do século XXI ou do terceiro milênio, ainda que tudo que se fala aí acontecesse, o espírito na sua imortalidade continuaria, para sequenciar a sua evolução! Porque em momento algum o mecanismo evolutivo vai ter cerceado as suas manifestações.

Então vamos ter tranquilidade, vamos tentar fazer levantamento assim, sem aquela preocupação de ficar versículo a versículo, versículo a versículo, embora vamos pegar assim por grupos e tentar encontrar caminhos. Se não encontramos numa reunião nós tentamos encontrar na outra, se não encontrar na outra, na próxima reencarnação nós vamos encontrar."

 
Honório Abreu (extraído do início da primeira reunião)
 


Estamos divulgando os áudios das Reuniões do Apocalipse com o Sr. Honório. Os áudios têm excelente conteúdo, mas é preciso ter um pouco de paciência pois foram gravados ainda em fita cassete e depois feita a conversão. Deste modo a qualidade não está das melhores. Mas com boa vontade dá para ouvir com fone de ouvido e aproveitar os excelentes ensinamentos.

Acesse aqui:






terça-feira, setembro 08, 2020

Reuniões de Honório Abreu - Gênesis à Luz da Doutrina Esírita

 

Honório Onofre de Abreu

 
 
 
 
 

Honório Onofre de Abreu nasceu em Belo Horizonte no dia 12 de junho de 1930. Filho de Joaquim Honório de Abreu e Ana Maria Abreu, recebeu de seu pai, que descobrira no Espiritismo o roteiro de iluminação pessoal, o incentivo que o tornaria ardoroso pesquisador da Verdade e abnegado divulgador do Cristianismo Redivivo.

Após ingressar no Banco do Brasil, onde exerceu funções relevantes, casou-se em 22 de julho de 1953 com Nilza Ferreira de Abreu, com quem teve as filhas Denise e Eliane. Ao lado da esposa, de alguns de seus irmãos e de amigos que à sua família se associaram na empreitada de luz, como Leão Zállio e José Damasceno Sobral, ajudou a fundar o Grupo Espírita Emmanuel, no bairro Carlos Prates, em Belo Horizonte, em 1º de novembro de 1957.

Sob a irradiação do benfeitor eleito por patrono do novo núcleo, dedicaram-se aos estudos doutrinários e evangélicos, tanto quanto às atividades caritativas que constituem âncora de equilíbrio e inspiração à vivência real do amor. Com o passar do tempo, Honório aposentou-se no Banco do Brasil e, apesar de ter recebido diversas ofertas profissionais, passou a dda edicar o período de sua aposentadoria à divulgação e ao Movimento Espírita.

Nele, o tempo reacendeu o ideal sublimante da evangelização profunda. Às claridades da Terceira Revelação, destacou-se pela segurança e sabedoria no trato com os princípios espíritas, utilizando-os, como poucos, para extrair do Evangelho, quanto do Velho Testamento, o espírito que vivifica. Dedicou-se, também, com infinito carinho, à evangelização infanto-juvenil, viajando por muitos anos, em tarefa de divulgação e formação de trabalhadores por todo o País.

Reconhecido pela imensa comunidade que, ao longo de tantas décadas, dele recebeu verdadeira iniciação para compreender a Mensagem de Jesus em sua essencialidade, fez-se autoridade inquestionável para os assuntos mais complexos da Doutrina Espírita, do Antigo Testamento e, principalmente, da Boa Nova de Jesus. Notabilizou-se, também, pelos estudos sistematizados sobre o tema Evolução, merecendo destaque os anos dedicados, no Grupo Emmanuel, aos sábados pela manhã, para exploração dos versículos do livro Apocalipse, de João - material devidamente gravado e já transcrito, para oportuno usufruto da Comunidade Espírita.

O fruto sazonado de suas experiências doutrinário-evangélicas igualmente redundou na formação da obra Luz imperecível, publicada pela União Espírita Mineira. A convite da Federação Espírita Brasileira, coordenou com inspiração e zelo duas apostilas do Estudo Aprofundado de Doutrina Espírita (EADE), aspecto religioso, que vêm se tornando instrumento eficiente de estudo criterioso e dinâmico de inúmeras passagens do Novo Testamento.

Conhecido no Brasil e no Exterior como homem probo, sábio e dedicado, testemunhou, seja em família, na profissão, na vida social ou na Seara Espírita, sua honradez, sua liderança pacifista, aglutinadora, inspirada. Atuou por muitos anos como Diretor para Assuntos de Unificação da União Espírita Mineira, até que, a convite do presidente do Conselho Deliberativo da UEM, à época Dr. Bady Elias Curi, e por unanimidade de votos, foi eleito presidente da Federativa, em dezembro de 2002, cargo que honrou e exerceu com admirável integridade moral até o dia de sua desencarnação.

Sua administração foi marcada por profundo discernimento doutrinário e prudência administrativa e caridosa, permitindo ao Movimento Organizado uma gama de realizações fecundas e abençoadas, de valorização do Espiritismo sério, com Allan Kardec e Jesus Cristo. Preparou com denodo e puro idealismo, junto às comissões de trabalho, o IV Congresso Espírita Mineiro, que foi realizado entre 3 e 6 de abril de 2008, em comemoração ao Centenário da União Espírita Mineira.

Mesmo acometido pelo câncer no corpo físico, Honório enfrentou o período relativamente extenso de enfermidade com coragem e resignação, realizando palestras, fazendo planos, administrando e participando de eventos espíritas, como orador e como Presidente. Em 24 de setembro de 2007, foi internado no Hospital Biocor, na Capital Mineira, onde, após um mês, submeteu-se a intervenção cirúrgica devido a complicações do quadro orgânico.

Nobre irmão e abnegado servidor do Cristo na Seara do Consolador, Honório Onofre de Abreu desencarnou, no referido Hospital, às 11 horas da manhã de 13 de novembro de 2007, em razão de uma parada cardíaca, que o libertou definitivamente do jugo carnal. Desencarnou Presidente da União Espírita Mineira e Presidente do Conselho Administrativo do Hospital Espírita André Luiz.

Seu corpo físico foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte. Os espíritas mineiros e os confrades do Brasil e do exterior que o conheceram ficaram bastante consternados, pois, certamente, Honório deixara uma lacuna no nosso meio, mas permanece como inspiração a todos a agirem como ele, dando tudo o que possuía para unir e pacificar, exemplificar e redimir.

Fonte:   Jornal "O Espírita Mineiro". (Extraído do Site https://www.uemmg.org.br/biografias/honorio-onofre-de-abreu em 08/09/2020 )


Disponibilizamos Áudios das Reuniões de nosso Querido Sr. Honório, reuniões estas realizadas no Grupo Emmanuel de Belo Horizonte, nas manhãs de Sábado com o tema "Evolução", analisando o "Gênesis" à Luz da Doutrina Espírita.