A primeira parte de estudo você lê em: Parábola do Bom Samaritano - Início
#BomSamaritano
³³ Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;³⁴ E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;³⁵ E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.³⁶ Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?³⁷ E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira. (Lucas 10: 33-37)
³³ Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
Este versículo) marca um ponto de virada na parábola, pois introduz o samaritano, que age de maneira oposta ao sacerdote e ao levita.
"Ia de viagem" – Ao contrário do sacerdote e do levita, que descem pelo mesmo caminho, o samaritano ia de viagem, o que pode simbolizar uma trajetória distinta, tanto no sentido físico quanto espiritual.
Enquanto os religiosos seguiam um percurso que poderia representar a queda vibratória, o samaritano não estava preso a essa rota. Ele seguia seu próprio caminho, o que pode indicar uma mente mais aberta e livre de preconceitos.
Cada espírito tem sua trajetória evolutiva. O samaritano representa aqueles que, mesmo não pertencendo à elite religiosa, vivem os princípios do amor e da caridade, demonstrando que a verdadeira espiritualidade não está na posição social, mas na prática do bem.
"Chegou ao pé dele" – Diferente do sacerdote e do levita, que viram e passaram de largo, o samaritano aproximou-se do homem ferido. Esse gesto revela empatia e disposição para ajudar, algo essencial.
No Livro dos Espíritos, aprendemos que os seres humanos foram criados para viver em sociedade e se auxiliar mutuamente. O samaritano exemplifica essa lei ao não ignorar o sofrimento alheio, mas se aproximar para oferecer ajuda. Compreendemos que não há encontros ao acaso. O samaritano poderia ter seguido viagem, mas sentiu o chamado para agir, mostrando que cada oportunidade de ajudar é uma chance de crescimento espiritual.
"Moveu-se de íntima compaixão" - O verbo grego usado aqui é ἐσπλαγχνίσθη (esplagchnisthē), que significa compaixão profunda, vinda das entranhas. Isso indica que o samaritano não apenas sentiu pena, mas teve um sentimento genuíno de amor e solidariedade, que o impulsionou a agir.
Na Doutrina Espírita, aprendemos que fora da caridade não há salvação (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV). O samaritano não apenas sentiu compaixão, mas transformou esse sentimento em ação, socorrendo o homem ferido.
A compaixão genuína eleva nossa sintonia espiritual, conectando-nos com planos superiores. O samaritano, ao agir com amor, sintonizou-se com as leis divinas, demonstrando que a verdadeira espiritualidade não está na teoria, mas na prática do bem.
O samaritano representa aqueles que, independentemente de sua origem, vivem os princípios do Evangelho e demonstram que a verdadeira grandeza espiritual está na prática da caridade.
³⁴ E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele...
"Aproximando-se" – O samaritano não ignorou o homem ferido, mas se aproximou, demonstrando empatia e disposição para ajudar. Isso representa a necessidade de não sermos indiferentes ao sofrimento alheio, mas nos envolvermos para transformar vidas.
"Atou-lhe as feridas" - Ele não apenas viu o sofrimento, mas agiu para aliviar a dor, tratando as feridas do homem. Isso simboliza a caridade prática, que vai além de palavras e intenções, exigindo ação concreta para ajudar quem precisa.
"Deitando-lhes azeite e vinho" – O azeite era usado como bálsamo curativo, representando o amor e a misericórdia.
O vinho tinha propriedades antissépticas, simbolizando a purificação e renovação espiritual.
O vinho tinha propriedades antissépticas, simbolizando a purificação e renovação espiritual.
Na visão espírita, esses elementos podem representar o auxílio fluídico e energético que oferecemos ao próximo por meio da oração, do passe e da vibração positiva. Ou ainda, qualquer cuidado que oferecemos, com carinho aos necessitados.
"Pondo-o sobre a sua cavalgadura" – O samaritano cedeu seu próprio meio de transporte, colocando o homem ferido sobre sua montaria. Isso nos ensina que a verdadeira caridade exige esforço e renúncia, pois muitas vezes precisamos sacrificar nosso conforto para ajudar alguém.
"Levou-o para uma estalagem" – Ele não apenas prestou socorro imediato, mas garantiu que o homem tivesse um lugar seguro para se recuperar. Isso nos lembra que a caridade não deve ser passageira, mas sim um compromisso contínuo com o bem-estar do próximo.
"Cuidou dele" – O samaritano não delegou a responsabilidade, mas continuou cuidando do homem, demonstrando um amor genuíno e desinteressado. Isso reforça que o verdadeiro auxílio não é apenas material, mas também emocional e espiritual.
Cada atitude do samaritano nos ensina que a verdadeira caridade exige envolvimento, esforço e continuidade. Ele não apenas sentiu compaixão, mas transformou esse sentimento em ação, mostrando que o amor ao próximo é a essência da evolução espiritual.
³⁵ E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Este versículo revela a continuidade do cuidado do samaritano, mostrando que sua compaixão não se limitou ao socorro imediato, mas envolveu um compromisso duradouro com o bem-estar do homem ferido. Vamos destacar cada atitude:
"Partindo ao outro dia" – O samaritano não abandonou o homem após o primeiro auxílio, mas permaneceu com ele até o dia seguinte, garantindo que sua recuperação tivesse um início seguro. Isso nos ensina que a verdadeira caridade não é passageira, mas exige compromisso e continuidade.
"Tirou dois dinheiros" – Ele ofereceu recursos financeiros para garantir que o homem fosse bem cuidado. Temos aqui representa a doação desinteressada, onde o auxílio ao próximo não deve ser condicionado a recompensas, mas sim ao desejo genuíno de ajudar.
Os dois dinheiros também representam o auxílio além da obrigação, um ensinamento fundamental do Evangelho.
Assim como Jesus ensinou: "Ao que te obrigar a caminhar uma milha, vá com ele duas" (Mateus 5:41), o samaritano demonstra uma caridade que transcende o mínimo necessário. Ele não apenas prestou socorro imediato ao homem ferido, mas garantiu que seu cuidado fosse sustentado ao longo do tempo, assumindo uma responsabilidade que ninguém lhe impôs.
Essa atitude reflete o amor incondicional, aquele que não se limita ao dever, mas se manifesta como um gesto espontâneo de entrega e compaixão. Isso reforça que a verdadeira caridade não mede esforços, pois o auxílio ao próximo deve ser dado com generosidade e disposição sincera.
Assim, os dois dinheiros simbolizam a diferença entre cumprir uma obrigação e agir por amor, mostrando que o bem verdadeiro não faz cálculos, mas se doa sem reservas.
"Deu-os ao hospedeiro" – O samaritano reconheceu que não poderia permanecer ali indefinidamente, então confiou o cuidado do homem ao hospedeiro, garantindo que ele continuasse recebendo assistência. Isso nos ensina que ajudar o próximo também envolve saber delegar e confiar em outras pessoas.
"Cuida dele" – Ele não apenas pagou, mas expressou um pedido direto para que o hospedeiro cuidasse do homem. Isso reforça que a caridade não é apenas um ato isolado, mas um processo contínuo de amparo e recuperação.
"E tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar" – Ele não impôs limites ao auxílio, mas garantiu que qualquer necessidade adicional seria suprida. Isso nos ensina que a verdadeira caridade não calcula esforços, mas se adapta às necessidades do outro, oferecendo apoio integral.
³⁶ Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
Este versículo revela a didática extraordinária de Jesus, que conduz o doutor da lei a uma reflexão ativa, em vez de simplesmente lhe dar uma resposta direta.
Em vez de afirmar quem foi o próximo, Jesus faz o doutor da lei pensar, levando-o a chegar à conclusão por si mesmo. Essa abordagem estimula o aprendizado consciente, pois quando alguém descobre uma verdade por meio da reflexão, ela se torna mais significativa.
O doutor da lei perguntou "Quem é o meu próximo?", tentando limitar sua responsabilidade. Jesus, porém, reformula a questão: "Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?". Com isso, Ele ensina que não devemos escolher quem merece nossa compaixão, mas sim ser o próximo de quem precisa.
🔹 O Poder da Parábola – Ao contar uma história em vez de dar uma resposta direta, Jesus permite que o ensinamento seja absorvido emocionalmente, tocando o coração do ouvinte. Assim, compreendemos que o aprendizado real ocorre quando há transformação interior, e a parábola facilita esse processo.
Jesus ensina que o verdadeiro próximo é aquele que age com amor e compaixão, independentemente de sua origem ou crença. Isso reforça o princípio espírita de que fora da caridade não há salvação.
A pergunta de Jesus convida o doutor da lei a olhar para dentro de si e perceber que não basta conhecer a lei, é preciso vivê-la. Essa reflexão é essencial para a reforma íntima e evolução espiritual.
Ao escolher um samaritano como exemplo, Jesus rompe barreiras culturais e religiosas, mostrando que o amor ao próximo deve ser universal, sem distinções.
A pergunta de Jesus convida o doutor da lei a olhar para dentro de si e perceber que não basta conhecer a lei, é preciso vivê-la. Essa reflexão é essencial para a reforma íntima e evolução espiritual.
Ao escolher um samaritano como exemplo, Jesus rompe barreiras culturais e religiosas, mostrando que o amor ao próximo deve ser universal, sem distinções.
Jesus, com sua didática única, não impõe uma verdade, mas conduz o ouvinte a descobri-la por si mesmo. Ele nos ensina que ser o próximo é uma escolha ativa, e que a verdadeira espiritualidade não está na teoria, mas na prática do amor e da caridade.
³⁷ E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.
Ao ser questionado por Jesus sobre quem foi o próximo, o doutor da lei não teve alternativa senão reconhecer a verdade: "O que usou de misericórdia para com ele."
Ele evita dizer "o samaritano", possivelmente por ainda carregar preconceitos contra esse povo, mas não pode negar o princípio da compaixão.
A resposta revela que a verdadeira espiritualidade não está na posição social ou religiosa, mas na prática do amor e da caridade.
Ele evita dizer "o samaritano", possivelmente por ainda carregar preconceitos contra esse povo, mas não pode negar o princípio da compaixão.
A resposta revela que a verdadeira espiritualidade não está na posição social ou religiosa, mas na prática do amor e da caridade.
"Vai, e faze da mesma maneira" - Jesus não apenas confirma a resposta, mas transforma o ensinamento em um chamado à ação.
Saber que a misericórdia é essencial não basta; é preciso praticá-la diariamente.
Destarte, fica confirmado que fora da caridade não há salvação. Jesus reforça que o verdadeiro caminho espiritual está na vivência do amor ao próximo.
O ensinamento de Jesus rompe barreiras e nos convida a agir com compaixão para todos, sem distinção.
Saber que a misericórdia é essencial não basta; é preciso praticá-la diariamente.
Destarte, fica confirmado que fora da caridade não há salvação. Jesus reforça que o verdadeiro caminho espiritual está na vivência do amor ao próximo.
O ensinamento de Jesus rompe barreiras e nos convida a agir com compaixão para todos, sem distinção.
Desta forma, Jesus nos convida a sermos samaritanos em nossas atitudes, ajudando quem precisa, sem julgamentos ou restrições.
Princípios Fundamentais da Doutrina Espírita
Podemos identificar nesta Parábola alguns dos Princípios Fundamentais da Doutrina Espírita:
Deus
A parábola reforça a ideia de um Deus justo e amoroso, que convida Seus filhos à prática do amor e da caridade como caminho para a evolução espiritual.
Jesus
Jesus, como guia e modelo moral, utiliza uma parábola didática e reflexiva, ensinando que a verdadeira espiritualidade não está na aparência religiosa, mas na vivência do amor ao próximo.
Evolução
O samaritano representa um espírito mais evoluído moralmente, que pratica a compaixão sem preconceitos, enquanto o sacerdote e o levita ainda estão presos a convenções e barreiras sociais.
Livre-Arbítrio
Cada personagem escolhe como agir diante do sofrimento. O samaritano usa seu livre-arbítrio para ajudar, enquanto os outros preferem a indiferença. Isso reforça que nossas escolhas determinam nosso progresso espiritual.
Lei de Causa e Efeito
A parábola ensina que as atitudes de caridade geram benefícios espirituais, enquanto a omissão pode trazer consequências futuras.
Reencarnação
A jornada do homem ferido pode ser vista como um simbolismo das provações e expiações que enfrentamos ao longo de diversas encarnações. A reforma íntima ocorre quando aprendemos a agir como o samaritano.
Pluralidade dos Mundos Habitados
Embora não seja o foco da parábola, a ideia de que diferentes mundos espirituais coexistem pode ser observada na diferença moral entre os personagens.
Imortalidade da Alma
A essência da parábola nos ensina que o verdadeiro progresso é espiritual, e não apenas físico ou material. O que realmente importa é o crescimento moral que levamos para além da vida terrena.
Plano Espiritual
O homem ferido representa aqueles que passam por dificuldades na jornada evolutiva, e o samaritano age como um instrumento do bem, auxiliando na recuperação espiritual.
Influência dos Espíritos em Nossos Pensamentos e Atos
A parábola sugere que a sintonia espiritual de cada personagem influencia suas atitudes. O samaritano, vibrando em amor e compaixão, escolhe agir pelo bem, enquanto os outros, presos ao orgulho e ao egoísmo, se afastam do auxílio.
Conclusão
A Parábola do Bom Samaritano é um ensinamento profundamente espírita, pois ressalta os princípios da Lei de Amor e Caridade, livre-arbítrio, causa e efeito, evolução e reforma íntima. Jesus nos convida a sermos samaritanos em nossas atitudes, ajudando sem distinção, praticando a verdadeira espiritualidade.
#ParabolasDoEvangelho #EstudoBíblico #ForaDaCaridadeNãoHáSalvação
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