segunda-feira, dezembro 09, 2024

Considerações Sobre o Sábado – Sétimo dia - Honório Abreu

#Pública






 
"E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera" (Gênesis,2: 2 e 3)
E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado (Mt, 24: 20)
"Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela" (Lc, 21: 21)
 
O sétimo dia normalmente representa uma soma que reflete o substrato dos seis dias anteriores. Quando chegamos ao sexto dia com êxito, significa que passamos por todos os estágios que garantem a harmonia do sétimo dia. O sétimo dia não é um dia de fuga ou de iniciar novas tarefas, mas sim de aferição.
Se o campo mental está em paz, ele está santificado. Santificar o sétimo dia significa viver de forma que o sábado seja abençoado pelas nossas ações durante a semana. Não é apenas dizer "Deus abençoe este sábado", mas sim que ele é abençoado pelas nossas vivências anteriores.
Nos capítulos 21 de Lucas e 24 e 25 de Mateus, encontramos textos que ilustram isso. Em Mateus 24:20, lemos: "E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado". A fuga aqui mencionada é uma consequência natural da evolução, uma transição de um estado de perigo para outro mais seguro.
Quando Jesus diz "E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado", ele sugere que a fuga é uma resposta natural à evolução. Não podemos retroceder do sétimo dia, pois isso seria involução. Em Lucas 21:21, lemos: "Então os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos, não entrem nela". Isso mostra que a fuga não deve ocorrer no sábado ou no inverno e que representa uma consciência evolutiva.
Muitas pessoas estão à beira do precipício sem perceber. Aqueles que implementam um sistema evolutivo consciente sabem onde estão pisando, caminhando com tranquilidade e evitando áreas de perigo.
Essa fuga é um testemunho, pois determina o que realmente queremos. Fugimos dos inimigos ou fatores que nos colocam em risco, e esses fatores geralmente estão dentro de nós, sendo os mais perigosos.
Para fugir para o monte; a fuga para o monte é para quem está na Judéia. Precisamos analisar o evangelho. O que é a Judéia? É uma região que agrupa os judeus. Quando falamos em judeus, há judeus e outros elementos. Historicamente, o judeu admite o Deus único, conhece os mandamentos, e está com a lei. Ele sabe o que fazer e onde está sua linha ética: primeiro, Deus único; segundo os instrumentos legais que possui. Este está na Judéia.
Então, pergunto: você se vê como judeu ou gentio? Escolha. Eu já escolhi o meu! Acho que sou judeu e velho, embora nunca tenha reencarnado na Judéia. O gentio está desinformado, é idólatra, não conhece o Deus único, é pagão e não tem responsabilidade na revelação superior. Nós estamos com a lei, com muito júbilo. Graças a Deus. Quando a situação aperta e nos jogam na parede:
─ Você está na Judéia?
Estou! ─ Então, fuja para os montes!
Quem não tem conhecimento pode dizer: ─ Vou apelar, fugir, mudar de cidade…
Outros, infelizmente, não aguentam: ─ Vou me suicidar, fazer isso ou aquilo…
Tomam soluções imediatistas. Quem conhece a lei diz: ─ Vou me recolher à prece, que é o monte. Vou me dedicar mais ao trabalho, que é o monte. Vou ajudar os que sofrem, apesar da confusão, para ver se melhora, que é o monte!
Agora, você está procurando…
É o nosso mundo interno…
São as opções da vida mental. Por exemplo, em uma situação complexa, alguém pode pensar: ─ Esta vida não vale nada! É uma desgraça! Viver com a família não dá! O trabalho não dá! Minha saúde não dá!..
Está indo para o mal. Outro, com o mesmo problema, pode pensar: ─ Preciso ter calma, serenidade, tomar passes, assistir reuniões, fazer preces, ser simples, refletir!
São modos diferentes. Um está indo para o mal e o outro para a redenção.
Jesus deu o exemplo, subindo para o monte para orar… Ele fazia isso o tempo todo. "Eis que subimos para Jerusalém"! Está no evangelho…
Então, temos esta, mas perguntaram sobre a cidade. Quem estiver na cidade, saia! A cidade, no contexto sociológico com Jesus, é a faixa consumidora, aglutinadora dos interesses humanos. Quem está com a cabeça só nos interesses da grande massa, saia!
Saia da cidade! Saia daquela condição. Aliás, as pessoas dizem assim: "Pois é! Todo mundo faz isso! Então eu faço também!" Todo mundo é a cidade. Vamos analisar: os que estiverem na cidade, saiam! E os que estiverem nos campos, não entrem na cidade! Não entrem nela! O que é o campo? Não é o lugar onde você prepara o terreno, semeia e colhe? Se você está numa faixa operacional de sementeira e colheita, cuidando do seu gado, cuidando das suas coisas positivas, não vá para a área de consumo!
(P) – Então, fica implícito que a pessoa que está na cidade deve ir para o campo!
(H) – É evidente. Ainda bem que você concluiu. Vamos observar esses aspectos. Tudo isso que estamos falando é porque no capítulo que lemos de Mateus, analisamos a questão do sábado e do inverno, 24:20: "Vigiai e orai, para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado". Jesus está dizendo: preparem-se, porque a fuga vai acontecer, mais cedo ou mais tarde! O que isso significa? Se já sabemos que temos que sair das áreas em que nos ajustamos, mais cedo ou mais tarde, a consciência diz: "Quero ver até onde vou com isso! Porque vou ter que sair dessa!" Então, vai chegar o momento em que temos que pular fora. Agora, se o 7º dia, que é o sábado, é o dia da avaliação, da aferição, dia de levantamento dos padrões, não é dia de sair correndo por aí! Uma fuga, o elemento chegou ao final da vida, não é o sábado? Não é o inverno da velhice, do sofrimento e da dor? Das dificuldades? Está lá, recebendo o amparo para partir para o outro lado: "Meu Deus! O que posso fazer agora, não sei o que…" É hora de fugir? Da vida mental que levou a vida inteira? Não! Então, o inverno e o sábado se encontram neste componente! É a hora de encerrar a etapa evolutiva das 7 etapas; chegou na outra. Então, o sábado, para quem está desencarnando com 80 anos, você divide esses 80 anos de vida em 7 partes. "A infância, eu passei com a vovó, na cidade do interior, aos 14 anos…" Faz as contas, vamos pôr 70 anos porque fica mais fácil! 10, 10, 10, não é? De 1 a 10 anos, até 10 anos eu fiquei, aos 20 anos fui não sei para onde, aos 30 anos estava e fui só vivendo. Os 7 dias dele são de 10 anos por dia. O outro que viveu 30 anos, a mesma coisa! Proporcional.
Então, orai para que a vossa fuga dos valores acomodatícios, dos valores ainda desinformados, não aconteça nem no sábado nem no inverno.
Esta fuga que estamos falando aqui não é aquela fuga precipitada, não é a fuga! Mas é o acontecimento. Quantas vezes o acontecimento chega e você ficou na beiradinha da morte, por exemplo, e não morreu? Então, a fuga é quando você sabe que está em perigo e tem que sair. Para muita gente, o acontecimento se precipita, levando à mudança de postura pessoal. Quando leva à mudança de postura pessoal, ele chegou à conclusão e não muda, ele não fugiu! Agora, para muitos, o acontecimento, tem gente que vive assim. Vem a pressão em cima. Vem a pressão, melhora e depois vem outra, não é assim? Vem outra! Ele foge daquela situação, mas no campo sem movimentações afetivas! Até que chega alguém: "Ih, você não desconfiou que está precisando mudar? Você não está desconfiado de que está sob uma pressão violenta? Hoje é um menino que adoeceu, amanhã, não sei o que! Depois vira para a mulher, depois… Não é? Por que você não procura um Centro?"
Para ajudar alguém a "cair a ficha"! Porque só quando isso acontece é que podemos entrar nesse imperativo: "orai para que vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado". Existem pessoas que, mesmo ouvindo a vida inteira, não despertam! Mas quando chegam os impactos violentos, isso mexe com a estrutura delas. Não porque deixaram de conquistar algo, mas porque perderam o ponto que era a segurança delas. Temos muitas coisas a restaurar. Milhões de seres sofrem. Uns pelo que perderam ou têm medo de perder, outros pelo que não conquistaram e desejam conquistar. Percebem? São coisas diferentes! Às vezes, a pessoa chega aqui e diz: "Estou achando isso excelente! Preciso estudar mesmo! Mas, Honório, não estou em condições de largar o que faço!" Então, está preso! Ele não tem condições. Temos essas características nas estruturas intrínsecas de cada pessoa, em evolução.
Estamos matriculados numa escola, não uma só. Se alguém está com dor de cabeça, damos o comprimido. Tudo bem. É nossa obrigação providenciar para que a pessoa tome o remédio. Ajudar no que for possível. Mas nosso compromisso é com as realidades profundas da alma. O mundo de regeneração é para pessoas conscientes. O sofrimento impacta todos nós para despertar nossa intimidade. Nossa aprendizagem aqui se torna isso. Porque, mesmo sem estar no Grupo Emmanuel, a consciência já grita: "Ajuda quem está precisando! Está com sede? Dá água! Está com fome? Dá comida! Está sem roupa? Veste!" Estamos cansados de saber isso! Ainda há espíritas antigos de 20, 30 anos que dizem: "Temos que ajudar o semelhante!" Então ajude! Ele vai se sentir importante. Se tinha só 10 amigos, vai ter 200, 300, 400! Mas continuará na mesma treva de sempre! Porque o processo é a libertação íntima da criatura! Não quero deixar de definir, nem vamos dividir, que aquele que só estuda, estuda, reforma, reforma, fica infeliz, isolado no campo dele. Antes, realizávamos as obras sem preocupação com a redenção pessoal. Hoje, a obra tem que ser feita nos fundamentos do conhecimento. Tanto que perguntamos: Será que continuo ajudando ou não? O que significa? Estamos analisando que a própria necessidade que a pessoa vive, precisando de ajuda, é com vistas ao seu grande despertar pessoal.
(P) – Essa fuga representa uma necessidade de mudança durante os estágios de amadurecimento.
(H) – Sem dúvida alguma. Cada transição de uma fase para outra representa um impacto. E o impacto induz à mudança. Por que não fica sempre dia? Tem que ser noite e dia, noite e dia, noite e dia. Por que muda? É o impacto! É o toque! É o choque! Por que desencarnamos e encarnamos repetidamente? Choque! Porque isso mexe com a estrutura profunda, chamando a criatura a novas posições.
Quem alcançou o 7º dia venceu a jornada! Quem não alcançou o 7º dia não venceu a jornada.
O descanso do Sétimo Dia não é um descanso de acomodação. Não é aquele descanso de parar e ir para a praia. É o dever cumprido. Porque aquele que está em descanso sem o dever cumprido, como foi dito, há uma turbulência! Então, o que ocorre? Podemos, dentro daquela faixa literal, estar até usufruindo de uma concessão de descanso. Mas não há descanso pleno. É preciso entender que o legítimo trabalho que não cansa é o realizado no sétimo dia da harmonia interior. Operar no sábado é operar nos fundamentos do amor. Operar do primeiro ao sexto dia é operar sob o jugo da lei. Então, o que acontece? Entrou no sábado e quer continuar as linhas sem autoagressão, sem autocondenação, então Deus continua no descanso. "Descansou no sétimo dia." O que isso significa? Significa que Ele continua trabalhando no sétimo dia. Jesus disse: "Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também." Então, não está descansando no sentido literal, está operando. Só que Ele está operando nas faixas harmônicas do universo. Quem trabalha nas faixas harmônicas está trabalhando e recebendo os frutos pela aplicação do amor e não pela aplicação da justiça!
 
 Vamos pensar...
 
Extraído da Reunião Estudando Evolução através do Gênesis de 13 de janeiro de 2007

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segunda-feira, dezembro 02, 2024

Honório Onofre de Abreu(A Evolução em face do Evangelho...) c/ Legendas 1/3

Jesus e a Mulher Samaritana - Final

#Pública



 


21 Jesus lhe disse: "Crê, mulher, vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. 23Mas vem a hora — e é agora — em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura. 24Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade". 25A mulher lhe disse: "Sei que vem um Messias (que se chama Cristo). Quando ele vier, nos anunciará tudo". 26Disse-lhe Jesus: "Sou eu, que falo contigo"
 
 
Chegou, então, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto da região que Jacó tinha dado a seu filho José.
Segundo alguns estudiosos a Sicar, mencionada neste texto, é geralmente identificada como a mesma cidade de Siquém do Antigo Testamento. Sicar é provavelmente outro nome para a cidade de Siquém, uma cidade na Samaria, próxima ao poço de Jacó.
Entretanto, esta não é a opinião de Pastorino que distinguia as duas cidades[i]. Escavações recentes levaram alguns a identificar Sicar provisoriamente com a aldeia de Askar, localizada ao norte-noroeste da fonte de Jacó e cerca de 1 km ao noroeste de Siquém.
Sendo ou não sendo, o que importa é que estão na mesma região. A conexão entre as duas cidades é significativa, pois mostra a continuidade dos lugares sagrados e sua importância na história bíblica.
Ali se achava a fonte de Jacó. Fatigado da caminhada, Jesus sentou-se junto à fonte. Era por volta da hora sexta.
A Fonte de Jacó também conhecida como "Poço de Sicar", é um local histórico significativo. Segundo a tradição ela está associada ao patriarca Jacó.
Este poço profundo foi escavado na rocha sólida e tem sido associado à tradição religiosa com Jacó por cerca de dois milênios. Atualmente, se encontra dentro do complexo de um mosteiro ortodoxo oriental na cidade de Nablus, na Cisjordânia.
Em Gênesis 33:19, é mencionado que Jacó comprou uma parte do campo dos filhos de Hamor e cavou o poço.
Os samaritanos se consideravam descendentes das tribos de Israel que permaneceram na região após a conquista assíria no século VIII a.C., e Jacó é uma figura ancestral importante para eles. Eles mantêm uma versão própria da Torá e têm práticas e crenças distintas das judaicas tradicionais; adoravam a Deus no Monte Gerizim, não no Monte Sião. Segundo eles, o Monte Gerizim era o local do primeiro sacrifício israelita na Terra (Cf. Deuteronômio, 27: 4 e 5). Eles acreditavam que Betel (Jacob), o Monte Moriá (Abraão) e o Monte Gerizim eram o mesmo lugar. O nome Samaritano, traduzido literalmente do hebraico significa "Os Guardiões" (de leis e tradições originais)[i].
Segundo o evangelista Jesus chega à fonte de Jacó cansado pela caminhada da viagem. A hora sexta se refere ao meio-dia, o que significa que o sol estaria no seu ponto mais alto no céu, indicando que seria um momento de forte calor e luz intensa, especialmente em uma região como a Samaria, onde o clima é tipicamente quente e seco.
Uma mulher da Samaria chegou para tirar água. Jesus lhe disse: "Dá- me de beber!"
A partir deste instante se dará o mais importante da passagem por meio de uma conversa significativa de Jesus com a Samaritana nos trazendo grandes ensinamentos.
O encontro junto a um poço é um tema da comum na literatura do Antigo Testamento. A Bíblia de Jerusalém, em nota nos lembra:
Os poços e nascentes d'água marcam o itinerário terrestre e espiritual dos patriarcas e do povo do Êxodo (Gn 26:14-22; Ex 15:22-27; 17,1-7, etc.). A água de fonte torna-se, no AT, o símbolo da vida que é dada por Deus, especialmente nos tempos messiânicos (Is 12:3; 55,1; Jr 2:13; Ez 47:1s; cf. Sl 46:5 e Zc 14:8; Sl 36:9-10 e no NT: Ap 7:16-17; 22,17) ou ainda, símbolo da Sabedoria e da Lei, que dão a vida (Pr 13,14; Eclo 15,3; 24,23-29). Esses temas encontram-se na cena evangélica, onde a água viva se toma o símbolo do Espírito (cf. Jo 7:37-39 e 1,33+).
O evangelista não afirma, mas Jesus ao solicitar a seus discípulos que fossem à cidade comprar alimento, já sabia do que iria ocorrer, e que esta seria uma oportunidade de nos deixar grandes ensinamentos. Pois aprenderemos com Ele, e também, com a Samaritana.
"Dá-me de beber"; apesar do objetivo de Jesus ser maior, podemos depreender que ele teve sede, como em outros momentos teve fome. Precisamos compreender que Jesus teve também necessidades físicas, a diferença é que Ele sabia dominá-las, não se deixando vencer por elas. Nós quando em dificuldade, dor, fome, pressão psicológica, temos grande dificuldade de termos ações positivas, geradoras de bem-estar, principalmente para os outros. Ao contrário, Jesus aproveitava estas necessidades como oportunidade de ensinar-nos os valores do Espírito imortal. O pedido de Jesus era apenas para começar a conversa, ao dizer assim, Ele já inicia rompendo convenções religiosas de seu tempo, pois era praticamente proibido conversar publicamente e a sós com uma mulher. E, além disso, não podemos esquecer era uma samaritana, por isto também malvista e evitada pelos judeus.
Diz-lhe, então, a samaritana: "Como, sendo judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana?" (Os judeus, com efeito, não se dão com os samaritanos.)
Pela capacidade premonitória de Jesus a resposta já era esperada. Ela confirma o que já é bem conhecido. Os Judeus não conversavam com os samaritanos; a rivalidade, apesar de irmãos, era grande. Havia um ódio mútuo. Assim, a Samaritana se assusta com a ousadia daquele judeu. Provavelmente Ele foi conhecido por sua maneira de trajar, pelo sotaque... Aprendemos que Jesus não era fisicamente tão diferente de seus irmãos de raça como pensamos que era aqui no ocidente dois milênios depois. Para ser reconhecido pelos soldados que o prenderam, Judas teve de identificá-lo com um beijo. (Cf. Mateus, 26: 47 e 50)
A Samaritana, conforme vamos ver mais adiante conhecia a Torá, sabia dos encontros amorosos realizados nas fontes de água que deram origem à história dos patriarcas Isaac e Jacó e ao casamento de Moisés. Talvez tenha a princípio pensado, apesar das diferenças religiosas, que Jesus queria algo semelhante.
Entretanto, Jesus tinha um objetivo maior e não se incomodou.
Jesus lhe respondeu: "Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz: 'Dá-me de beber', tu é que lhe pedirias e ele te daria água viva!"
Jesus lhe respondeu; Ele sempre responde aos nossos questionamentos, ocorre, que a resposta nem sempre vem como esperamos.
Se conhecesses o dom de Deus; o "dom de Deus" é para todos, desde que estejamos em comunhão com Ele. O sectarismo religioso é uma das coisas que nos afasta Dele, e este era o caso dos samaritanos e judeus de modo geral, por isso Jesus afirma que ela não conhecia o dom de Deus.
Se conhecesse, reconheceria o Cristo, e o que Ele pode proporcionar, mas não era o caso.
Se fosse, afirma Jesus, tu é que lhe pedirias e ele te daria água viva!
Aqui começa o diálogo propriamente dito com grandes ensinamentos.
No Evangelho de João estes ensinamentos vêm por etapas, normalmente Jesus diz e os interlocutores não entendem, Jesus dá novas explicações e o entendimento melhora, mas não totalmente, só com novas adequações o ouvinte compreende melhor. Isto aconteceu com Natanael no segundo capítulo, com Nicodemos no terceiro, e o mesmo se dará neste quarto capítulo com a Samaritana.
Água viva; o profeta Jeremias, nos ajuda na interpretação deste verso:
Porque meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a fonte de água viva, para cavar para si cisternas, cisternas furadas, que não podem conter água.[ii]
Assim, compreendemos que a expressão água viva refere-se às "bençãos de Deus"; Israel, segundo o profeta, trocou estas bençãos pelas "cisternas" humanas, representando os sistemas religiosos, políticos e sociais. Samaritanos, fariseus, escribas, saduceus, toda liderança religiosa negativa estão inclusos neste verso do profeta.
Jesus oferece a todos a solução destes problemas de renovação espiritual através do conhecimento perfeito de Deus, de Sua Lei, a fim de que todos possam atingir a Vida Eterna
Ela lhe disse: "Senhor, nem sequer tens uma vasilha e o poço é profundo; de onde, pois, tiras essa água viva?
Conforme já comentamos, a Samaritana não entendeu o recado de Jesus. Ela continuava intrigada e desconfiada, pensando só na água física que podia se apanhar no poço. Jesus, segundo ela, não tinha vasilha, e conforme a tradição, não poderia aceitar a sua por ser samaritana.
És, porventura, maior que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, assim como seus filhos e seus animais?"
Notamos assim, que ela se considera descendente de Jacó. Os samaritanos tinham expressiva reverência e respeito por este patriarca, considerando-o uma figura importante e venerada.
Este poço não é especificamente mencionado no Antigo Testamento, temos o relato de Gênesis 33:18-20 afirmando que, quando Jacó voltou a Siquém de Padã-Arã, ele acampou antes da cidade e comprou o terreno em que ele armou a sua tenda e construiu um altar.
A Samaritana ainda não tinha entendido quem era Jesus e duvida que Ele é maior do que Jacó, como então pode ter uma "água viva"?
Jesus lhe respondeu: "Aquele que bebe desta água terá sede novamente...
Ele começa a mostrar a diferença entre o que ele tem a oferecer e a água das cisternas ou poços feitos por mãos humanas. Assim, Ele informa, quem bebe da água deste poço, terá sede novamente, pois trata-se de uma água física, o que eu tenho a oferecer é algo maior, espiritual...
...mas quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhe der tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna"
A água viva já dissemos, representa as "bênçãos de Deus", vida eterna, salvação, satisfação espiritual, cura, tudo isto está em foco nesta expressão.
Jesus nos trouxe a Constituição do Reino de Deus e o Manual para atingirmos a Vida Eterna. O Evangelho é tudo isto, não é só código de bom comportamento. Jesus deixou isto claro, através dele adquirimos vida em abundância.
Ao interiorizarmos os ensinamentos do Evangelho e os exteriorizarmos através das ações e das reações, esta vivência transforma-nos também em "fonte desta água", a expressão é clara: tornar-se-á nele uma fonte de água... e o destino é a vida eterna.
A vida eterna é a comunhão perfeita com o Criador que se dá através do Cristo:
Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo.[iii]
Aqui é preciso entender que no Novo Testamento, conhecer, em grego ginṓskō, muitas vezes indica uma relação íntima e pessoal entre o conhecedor e o objeto conhecido; ou seja, trata-se de um conhecimento que vai além do conhecimento superficial, envolvendo uma compreensão profunda, relacional e muitas vezes espiritual.
Disse-lhe a mulher: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha de vir mais aqui para tirá-la!"
Conforme dissemos alhures, no Evangelho de João o interlocutor nos diálogos com Jesus percebe o ensinamento aos poucos. A Samaritana passou a acreditar um pouco mais em Jesus, todavia ainda não teve o entendimento perfeito do que Jesus queria ensinar. Ela entendeu do ponto de vista imediato, material. Ou seja, ela queria esta "água" da qual Jesus estava falando, para não ter mais sede física e nem ter que ter o trabalho de vir no poço para tirá-la.
Jesus através deste diálogo, Sábio dos sábios que era, estava preparando o terreno para dar o ensinamento total. Como um enxadrista Ele estava dando um xeque, preparando um xeque-mate.
Jesus disse: "Vai, chama teu marido e volta aqui"
Ele já sabia da resposta, porém, como comentamos no versículo anterior, este é para preparar o terreno para o ensinamento superior que virá nos próximos.
A mulher lhe respondeu: "Não tenho marido". Jesus lhe disse: "Falaste bem: 'não tenho marido', pois tiveste cinco maridos e o que agora tens não é teu marido; nisso falaste a verdade".
A tradição cristã viu nesta Samaritana uma mulher de má reputação. O texto não diz isto explicitamente. A nosso ver ela era uma mulher de grande espiritualidade, e ao que parece, Jesus concorda com isto, pois ela foi escolhida por Ele para receber grandes revelações e ser condutora dos seus para o Cristo.
O argumento dos que veem nela uma mulher de má vida é que nesta hora, hora sexta (meio-dia), era o momento mais quente do dia, onde o sol estava no ponto mais alto do céu. Nesta hora, as mulheres de "boa fama" não iam ao poço, eles preferiam ir mais no final da tarde quando a temperatura estava mais amena. Só as mulheres de má vida iam na fonte a esta hora, pois não queriam encontrar ninguém; devido a sua reputação queriam estar sós.
Outro argumento, é o que é dito neste verso, ela tinha tido cinco maridos e vivia com um atualmente que não era marido.
Estes argumentos são válidos, mas não totalmente.  
Ter tido cinco maridos não é indício de má vida. Ela pode, por exemplo ter sido preterida pelos maridos por incapacidade de gerar filhos; pode ter ficado viúva por várias vezes, entre outros motivos. Na própria Bíblia temos a história de Sara, no livro de Tobias, que perdeu sete maridos na lua de mel.
Quanto a este que não é seu marido, podem existir vários motivos para isto, não necessariamente tratava de um amante.
Esta mulher pode ser que seja altamente depressiva, teve cinco maridos não os tendo mais, seja por que motivo for. Isto pode fazer com que ela não quisesse se relacionar com as outras mulheres, por isto ia no poço quando elas lá não estavam. Não vemos nestes argumentos anteriores a certeza de sua má reputação. Como ela demonstra ser rica em espiritualidade, o que vamos ver nos próximos versos, deixamos a questão em aberto.
Outra interpretação podemos dar a partir de estudos nossos e de outros pesquisadores deste texto.
Jesus "foi enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mateus, 15: 24). Reuni-las e salvá-las era Sua Missão. Os samaritanos estão inclusos, pois pertenciam ao povo de Israel.
No Segundo livro de Reis, temos a seguinte informação:
O rei da Assíria mandou vir gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Emat e de Sefarvaim, e estabeleceu-os nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e fixaram-se em suas cidades.[iv]
A Samaria foi dominada pela Assíria e estes cinco povos dominaram a região escravizando seus habitantes.
Assim, alguns estudiosos viram nestes cinco maridos a representação destes povos que dominaram a Samaria, e o que não era marido representa o império Romano que dominava àquele tempo com uma liberdade um pouco maior principalmente no que diz respeito à religião.
Jesus quer mostrar que a adesão ao Seu Evangelho nos liberta também da escravidão política, religiosa e da matéria de um modo geral.
Disse-lhe a mulher: "Senhor, vejo que és um profeta. Nossos pais adoraram sobre esta montanha, mas vós dizeis: é em Jerusalém que está o lugar onde é preciso adorar".
Neste verso temos duas indicativas que esta Samaritana era uma mulher espiritual. Ela a princípio não entendeu e desconfiou de Jesus, todavia quando ele disse algo pessoal dela que um desconhecido não podia saber (como aconteceu também com Natanael no segundo capítulo deste mesmo Evangelho), ela viu que se tratava de um judeu diferente, um profeta.
Jesus realizou várias maravilhas para a liderança dos judeus e eles jamais, com raríssimas exceções, o reconheceram como Profeta ou Messias; esta Samaritana, na primeira demonstração de Jesus de sua presciência, já entendeu que Ele era um Profeta. E aqui precisamos entender que os samaritanos também esperavam um Messias, só que eles o chamavam de Thaheb (restaurador), que seria o profeta anunciado por Moisés em Deuteronômio, 18: 18. Ou seja, ela não recalcitrou, viu em Jesus este Profeta.
Outro indício da inteligência espiritual desta Samaritana está no teor da pergunta que ela dirigiu ao Cristo.
Muitos de nós diante de alguém que tem muito conhecimento ou diante de Mestre Espiritual tendo a oportunidade de perguntar-lhe algo, na maioria das vezes fazemos perguntas sem importância que não levam a nada, tratando-se apenas de curiosidade. Ela não, diante daquele que reconheceu como sendo o Profeta, perguntou o que de mais importante era para ela, seu povo e para aquele momento. O lugar de adoração a Deus era um dos maiores motivos da inimizade entre judeus e samaritanos, a pergunta dela tem importante significado a fim de resolver não só esta questão, como também o problema religioso de todas as eras. Não esqueçamos que grandes guerras pelas quais a humanidade já passou, foram por motivos religiosos.
Jesus lhe disse: "Crê, mulher, vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Jesus lhe disse; quando Jesus diz, é importante prestarmos atenção. Este versículo nos traz duas informações cruciais:
  • Não é o lugar físico que importa para a adoração a Deus.
  • Refere-se a um momento futuro em que todos compreenderão melhor as questões espirituais.
Naquela época, os judeus acreditavam que Jerusalém era o único lugar legítimo para adorar a Deus, enquanto os samaritanos adoravam no Monte Gerizim, o que gerava grande conflito. Ao dizer "vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai", Jesus estava antecipando uma nova era em que a adoração a Deus não seria limitada a um local específico.
Hoje, com o aumento das informações e do crescimento espiritual, podemos afirmar que essa era já está acontecendo. O Reino de Deus já chegou até nós através de Jesus, e não são as circunstâncias exteriores que nos farão participar deste Reino, mas sim a sua efetivação em nossos corações.
Jesus ensina que a verdadeira adoração será sincera e espiritual, acessível a todos, em qualquer lugar. Isso reflete a universalidade da mensagem de Jesus e a acessibilidade de Deus a todos que o buscam com sinceridade.
Ao se referir a ela como "mulher", Jesus não estava sendo desrespeitoso. Naquele tempo, era comum e respeitoso usar essa forma de tratamento. O uso da palavra "mulher" deve ser entendido dentro do contexto cultural e linguístico da época, onde era uma forma apropriada e respeitosa de se dirigir a uma mulher.
Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.
Este versículo complementa o ensinamento de Jesus. Além da boa vontade, da fé e da justiça, é necessário ter conhecimento, que se adquire aplicando os ensinamentos de Jesus. Esse conhecimento fixa a virtude em nós, tornando-se nosso modo de agir e reagir. É essencial ser de Deus em todas as circunstâncias[v].
...nós adoramos o que conhecemos; quando Jesus diz "nós adoramos o que conhecemos", ele se refere à sua condição de judeu, sem preconceito. Ao afirmar que "a salvação vem dos judeus", ele se refere ao Messias que viria da linhagem judaica. Jesus conhecia a condição espiritual da samaritana e sabia que ela estava familiarizada com a tradição, preparando o que diria nos próximos versículos.
Mas vem a hora — e é agora — em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura.
Jesus diz "vem a hora" (futuro) e "é agora" (presente), o que pode parecer uma contradição, mas não é. Isso representa uma evolução na revelação de Deus, mostrando que a adoração genuína transcende rituais e locais específicos, sendo acessível a todos que buscam a Deus sinceramente. Reflete a chegada do Messias e uma mudança na prática religiosa, que passa a ser essencialmente de coração. Precisamos entender que essa mudança de paradigma é urgente e relevante para todos nós.
... pois tais são os adoradores que o Pai procura. Quando isto é dito Ele enfatiza que Deus deseja uma relação autêntica e profunda com aqueles que o adoram. Deus não está interessado em formalidades ou aparências, mas em uma adoração verdadeira e espiritual.
Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade".
Questão de coerência: se Deus é Espírito, Ele deve ser adorado em espírito; se é Verdade é em verdade que o devemos alcançá-lo. Como mencionamos, a revelação é contínua e evolutiva. Portanto, devemos refletir sinceramente sobre a qualidade da nossa adoração, buscando uma conexão mais profunda e sincera com Deus.
Para confirmar e mostrar a unidade das revelações, vejamos o que disseram os Espíritos nas questões 653 e 654 de "O Livro dos Espíritos":
(Q. 653) "A adoração verdadeira é do coração. Em todas as vossas ações, lembrai-vos sempre de que o Senhor tem sobre vós o seu olhar."
(Q.654) "Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honrá-lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes.
Os grifos foram nossos para mostrar que a verdadeira adoração está intimamente ligada às nossas ações sinceras e de coração, buscando sempre fazer o bem e evitar o mal.
A mulher lhe disse: "Sei que vem um Messias (que se chama Cristo). Quando ele vier, nos anunciará tudo".
A nosso ver, isso prova mais uma vez a qualidade espiritual desta mulher. Em um versículo anterior, ela viu em Jesus "o profeta" anunciado por Moisés. Aqui, ela indiretamente vê nele o Thaheb, que era o nome do Messias samaritano. E ainda diz mais: quando ele vier, nos anunciará tudo, ou seja, ela teve aquilo que as lideranças judaicas não tiveram: fé com discernimento espiritual.
Tanto é verdade que Jesus, que até então não tinha se revelado como Messias para ninguém, disse a ela: "Sou eu, que falo contigo." Esta foi uma das declarações mais importantes de todo o Novo Testamento. Da boca do próprio Senhor, ela ficou sabendo que Jesus era o Cristo. Como dissemos, ele não falou isso para ninguém, ele não falaria isso para qualquer pessoa.
O diálogo de Jesus com a samaritana termina aqui com a chegada dos discípulos, que tinham ido à cidade para comprar alimentos (versículo 8). Ainda gostaríamos de destacar os versículos 28 e 39.
28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
39 E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
A samaritana deixou seu cântaro, pois já não estava mais preocupada com a água material; ela havia encontrado algo muito maior em Cristo. Como diz uma gíria comum em nosso país, "a ficha dela caiu rápido". Ela se desvinculou imediatamente do processo anterior e foi generosamente contar aos seus conterrâneos samaritanos a excelente novidade.
Eles, por sua vez, creram nele (no Messias), ou seja, creram no que ela dizia, como afirma o versículo 39. Perguntamos: se ela fosse qualquer mulher, inclusive uma mulher de má vida, teriam eles acreditado em seu testemunho? Se creram, é porque ela tinha credibilidade e qualidades para isso.
Lembremos o que aconteceu com Kardec. Quando o Sr. Carlotti falou com ele sobre as Mesas Girantes, Kardec não deu importância. Foi só depois que Fortier, outro amigo com mais credibilidade, mencionou os fenômenos e o convidou para assistir a uma sessão que Kardec decidiu investigar mais a fundo.
Mais uma vez podemos afirmar que a samaritana era uma mulher extremamente espiritual, possuidora de vastos recursos dessa natureza.
Concluindo este singelo estudo, gostaríamos de voltar ao quarto versículo deste capítulo do Evangelho de João, que diz que "era preciso passar pela Samaria". Além do que já comentamos, é preciso ver aí a Presciência de Jesus. Os samaritanos pertenciam ao povo de Israel e estão referenciados na expressão "os perdidos da casa de Israel". Jesus tinha compromisso com eles também.
Ele sabia que aquela mulher, que já tinha condição de ser uma "futura apóstola", estaria ali e que ela seria um excelente instrumento de conversão dos samaritanos. Além de nos mostrar que devemos conviver bem nas zonas de conflito, fazia parte também da Vontade do Pai a transformação desses Seus filhos através do conhecimento de seu Cristo.
 


[ii] Jeremias, 2: 13
[iii] João, 17: 3
[iv] II Reis, 17: 24 Para ler a perícope completa acesse: NEPE SEARCH - II Reis 17:24-28 (nepebrasil.org)
[v] Emmanuel, Caminho Verdade e Vida, cap 23


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