3 - A união com Cristo: Paulo frequentemente fala sobre estar "em Cristo", indicando uma união espiritual profunda entre o cristão e Jesus.
Podemos citar os versículos abaixo:
- Gálatas 2:20: "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim."
- Romanos 6:5: "Se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição."
Esta união faz parte também da Teologia Espírita.
Em nosso sistema planetário íntimo, Jesus é o Sol que nos traz vida, e vida em abundância. (João, 10: 10).
O espiritismo mostra-nos que através da evolução vamos atingir a meta da comunhão perfeita com Deus, o que se dará através de Jesus. Ele, como o máximo de evolução que a humanidade pode alcançar, definiu esta unidade quando disse: "eu e o pai somos um" (João, 10: 30). E conforme a narrativa deste mesmo evangelista Ele orou ao Pai dizendo:
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste... Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade... (João, 17: 21 e 23).
Em conformidade com tudo isto, veja a mensagem do Apóstolo Paulo, dezenove séculos depois, como participante da Falange do Espírito de Verdade:
"Gravitar para a unidade divina, eis o fim da Humanidade. Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a Justiça, o Amor e a Ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça. Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a ideia de Deus, com o Lhe exagerardes a severidade. Duplamente a comprometeis, deixando que no Espírito da criatura penetre a suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao Ser infinito. Destruís mesmo a ideia do inferno, tornando-o ridículo e inadmissível às vossas crenças, como o é aos vossos corações o horrendo espetáculo das execuções, das fogueiras e das torturas da Idade Média! Pois que! Quando banida se acha para sempre das legislações humanas a era das cegas represálias, é que esperais mantê-la no ideal? Oh! Crede-me, crede-me, irmãos em Deus e em Jesus Cristo, crede-me: ou vos resignais a deixar que pereçam nas vossas mãos todos os vossos dogmas, de preferência a que se modifiquem, ou, então, vivificai-os, abrindo-os aos benfazejos eflúvios que os Bons, neste momento, derramam neles. A ideia do inferno, com as suas fornalhas ardentes, com as suas caldeiras a ferver, pôde ser tolerada, isto é, perdoável num século de ferro; porém, no século dezenove, não passa de vão fantasma, próprio, quando muito, para amedrontar criancinhas e em que estas, crescendo um pouco, logo deixam de crer. Se persistirdes nessa mitologia aterradora, engendrareis a incredulidade, mãe de toda a desorganização social. Tremo, entrevendo toda uma ordem social abalada e a ruir sobre os seus fundamentos, por falta de sanção penal. Homens de fé ardente e viva, vanguardeiros do dia da luz, mãos à obra, não para manter fábulas que envelheceram e se desacreditaram, mas para reavivar, revivificar a verdadeira sanção penal, sob formas condizentes com os vossos costumes, os vossos sentimentos e as luzes da vossa época.
"Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.
"Que é o castigo? A consequência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser.
"Oh! Em verdade vos digo, cessai, cessai de pôr em paralelo, na sua eternidade, o Bem, essência do Criador, com o Mal, essência da criatura. Fora criar uma penalidade injustificável. Afirmai, ao contrário, o abrandamento gradual dos castigos e das penas pelas transgressões e consagrareis a unidade divina, tendo unidos o sentimento e a razão." PAULO, apóstolo. ( O Livro dos Espíritos questão 1009)
"Oh! Em verdade vos digo, cessai, cessai de pôr em paralelo, na sua eternidade, o Bem, essência do Criador, com o Mal, essência da criatura. Fora criar uma penalidade injustificável. Afirmai, ao contrário, o abrandamento gradual dos castigos e das penas pelas transgressões e consagrareis a unidade divina, tendo unidos o sentimento e a razão." PAULO, apóstolo. ( O Livro dos Espíritos questão 1009)
Esta mensagem atribuída ao apóstolo Paulo em "O Livro dos Espíritos" reflete muitos dos temas centrais encontrados nas cartas paulinas do Novo Testamento. Vamos explorar algumas conexões:
Justiça, Amor e Ciência:
- Justiça e Amor: Paulo frequentemente enfatiza a importância do amor e da justiça. Em 1 Coríntios 13, ele descreve o amor como a maior das virtudes. Em Romanos 13:10, ele afirma que "o amor é o cumprimento da lei".
- Ciência (Conhecimento): Paulo valoriza o conhecimento, mas sempre o subordina ao amor. Em 1 Coríntios 8:1, ele diz: "A ciência incha, mas o amor edifica."
Ignorância, Ódio e Injustiça:
- Paulo adverte contra a ignorância espiritual e moral. Em Efésios 4:18, ele fala sobre aqueles que estão "obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância que há neles".
- O ódio e a injustiça são contrários ao espírito cristão que Paulo prega. Em Gálatas 5:19-21, ele lista as obras da carne, incluindo ódio e discórdias, como opostas ao fruto do Espírito.
A Severidade de Deus e a Clemência:
- Paulo reconhece a severidade de Deus, mas também destaca Sua misericórdia. Em Romanos 11:22, ele diz: "Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com os que caíram, mas bondade para contigo, se permaneceres na sua bondade".
- Ele também fala da clemência divina em várias passagens, como em Efésios 2:4-5, onde menciona a grande misericórdia de Deus ao nos dar vida com Cristo.
A Ideia do Inferno e do Castigo:
- Paulo não se concentra tanto na descrição do inferno, mas fala sobre a consequência do pecado e a necessidade de redenção. Em Romanos 6:23, ele afirma: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor".
- Ele vê o castigo como uma forma de correção e redenção, semelhante ao que é mencionado na mensagem. Em Hebreus 12:6, que muitos atribuem a Paulo, está escrito: "Porque o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho".
Unidade Divina e Redenção:
- A unidade divina e a redenção são temas centrais nas cartas de Paulo. Em Efésios 4:4-6, ele fala sobre a unidade do Espírito e a fé em um só Senhor.
- A redenção através de Cristo é um tema recorrente. Em Colossenses 1:13-14, ele escreve: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção, a remissão dos pecados".
Essas conexões mostram como a mensagem em "O Livro dos Espíritos" ressoa com a teologia de Paulo, destacando temas de amor, justiça, conhecimento, misericórdia, e a busca pela redenção e unidade divina.
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