8E o segundo Anjo tocou... Algo como
uma grande montanha incandescente foi lançado no mar: uma terça
parte do mar se transformou em sangue, 9pereceu um terço
das criaturas que viviam no mar e um terço dos navios foi
destruído.1
8E
o segundo Anjo tocou... Algo como uma grande montanha incandescente
foi lançado no mar: uma terça parte do mar se transformou em
sangue…
E
o segundo Anjo tocou...; novo lance da
evolução, nova voluta da espiral que se abre…
Algo
como uma grande montanha incandescente foi lançado no mar; os
comentaristas deste texto têm visto aqui mais algumas tragédias.
Este algo como uma
montanha incandescente lançado no mar
seriam cometas, meteoritos, até mesmo estrelas que desabariam sobre
o planeta gerando mortes coletivas e todo tipo de sofrimentos. Muitos
veem as águas poluídas de nossas fontes, rios, e até mesmo o mar
sendo contaminado.
Não
podemos duvidar que muita coisa disto possa mesmo acontecer nestes
dias finais de transição pelos quais o nosso Orbe está passando,
todavia, como temos feito, nos importa perceber qual a nossa posição
íntima em relação a tudo isto.
Como
comentamos anteriormente se para muitos o sangue
pode ser visto com pavor e até mesmo significando morte, pode também
ser visto como vida depende do ângulo pelo qual analisarmos.
Assim,
vemos no símbolo desta grande montanha
incandescente toda uma somatória de recursos
que o Plano Superior disponibiliza para nós a fim de podermos
enfrentar todas estas vicissitudes, instrumentalizados para realizar
nosso processo evolucional de forma consciente e amparado pela
Misericórdia do Alto que nunca falta.
Podemos aí
ver os conhecimentos não só da ciência e do avanço de tecnologia
que nos proporcionam conforto, bem estar, e até mesmo vitória sobre
certas enfermidades até então fatais, mas principalmente as
informações que nos descortinam o Mundo Espiritual e as revelações
que nos consolam e nos preparam adequadamente para enfrentarmos a
transição, devidamente capacitados a conquistar nossa definitiva
libertação.
A montanha
é sempre vista nos textos bíblicos como elevação espiritual; foi
numa montanha que Moisés recebeu os Dez Mandamentos, em outra que o
Cristo nos revelou as Leis Universais através de Seu Iluminado
Sermão.
Deste modo
esta montanha incandescente,
pode significar toda esta soma de recursos lançados
a nós, como também a reencarnação de
vários Espíritos superiores com o objetivo transformar a face do
planeta e nos auxiliar nestes dias difíceis de juízo coletivo e
transição mais acentuada. É incandescente,
pois além de iluminação é também uma
brasa na nossa consciência realisando a queima de resíduos e
transformando-nos de dentro para fora.
O mar
não é outro senão o “mar da vida”, mar
em que devemos lançar nossas redes em busca da pesca maravilhosa das
verdades do Evangelho e assim transformar toda realidade. É o mar
aonde devemos aplicar as lições de nosso Mestre nos desafios do dia
a dia.
…uma
terça parte do mar se transformou em sangue…; não
se trata de sangue no
que diz respeito à morte, mas a uma vida nova marcada pelo
testemunho novo com fundamentação evangélica. É sacrifício sim,
mas de interesses pessoais, de tudo que é mundano e nos rebaixa a
condições inferiores. Não deixa de ser morte, pois para nascer o
novo o antigo deve transformar-se. É o sangue da Nova
Aliança que nos induz ao processo
reeducativo, o único capaz de nos libertar definitivamente das
ilusões e armadilhas deste mundo.
Na terça
parte; mesmo que em forma fracionária temos
o “três” que é um número pertinente indicando evolução. É
uma parte apenas, uma
menor parte, mas como
o fermento capaz de levedar a massa toda.
9…pereceu
um terço das criaturas que viviam no mar e um terço dos navios foi
destruído.
Trata-se
da continuidade das ocorrências do versículo anterior. Muitos ao
contrário do que comentamos têm visto na “montanha incandescente
lançada ao mar” a encarnação de vários Espíritos mais ligados
às regiões das trevas e estes acontecimentos trágicos narrados
aqui seriam a consequência da desordem que eles implementariam no
planeta apoiados pela invigilância do homem comum que insiste em
malbaratar tanto os recursos da natureza quanto os espirituais
oferecidos pelo Alto.
A
interpretação faz sentido. É importante sabermos que nestes
momentos de transição planetária pelos quais passamos a
Misericórdia de Deus permite que Espíritos arraigados ao mal tenham
oportunidade de reencarnar em nosso mundo físico na esperança de
que estes tendo uma última oportunidade aqui, antes do degredo a
outros planetas inferiores onde continuariam sua evolução, possam
fazer uma correção de rota.
Todavia o
que acontece é que grande parte deles trazem consigo um estado
psíquico bastante negativo e conseguem contaminar outros desavisados
que invigilantes aprofundam-se também nestes terrenos escuros da
queda.
Tudo isso
é comum nestes dias em que vivemos, inclusive as várias filosofias
que surgem nestes momentos em nome de uma “nova era” têm aí sua
gênese. Quando estas filosofias são mesmo reeducativas acolhendo
seguidores de acordo com sua posição na evolução, tudo bem;
entretanto surgem outras comodistas, liberais, e sem o menor
compromisso com a transformação moral de seus seguidores, e é
quanto a estas que devemos ter cautela, porque
nem todos os de Israel são, de fato, israelitas2.
Se optamos
assim, pela interpretação de que esta “montanha incandescente”
representaria os valores e os recursos nobres que estão à nossa
disposição, inclusive a encarnação de Benfeitores Espirituais, é
porque sabemos que Deus jamais desampara os Seus filhos, e se há
mesmo grandes dissabores nestes tempos, e grande disseminação da
maldade, há também concorrendo paralelo, as oportunidades de ajuste
do Espírito e de implementação de uma nova proposta reeducativa em
bases cristãs. Optamos por valorizar o Bem que como sabemos, sendo
expressão maior do próprio Criador, é o que domina e subsiste.
Deste
modo, pereceu um terço das criaturas que
viviam no mar; não se trata de morte
definitiva de seres e nem mesmo a representação da queda definitiva
do Espírito, e sim de uma morte indicadora de ressurreição, que é
a morte de nossas conquistas e ilusões no campo da negatividade
alcançada pelo afastamento do Espírito em relação a Deus, através
das transgressões à Sua Lei.
São estes
valores que fizemos crescer em nós num psiquismo comprometedor que
devem perecer, são
eles que ainda vivem em nosso mar íntimo
nas águas de nossa vivência em amplos conflitos conscienciais.
…e
um terço dos navios foi destruído. O
navio é a embarcação.
Representa nossos recursos de encaminhamento de nosso progresso.
Podemos ver também como a nossa posição no “mar da vida” que é
a própria evolução.
Estes
recursos antigos formados a partir das experiências de transgressão
à Lei devem mesmo e serão ao seu tempo destruídos.
Teremos com o aporte de novos valores e de um
encaminhamento consciencial mais seguro uma nova posição diante da
vida. Somos um antes de Cristo operar em nós e outro, após. Não há
quem não sofra modificações ao conhecer de forma sincera o
Evangelho e sentir a presença de Jesus em si. Mesmo os que O
condenaram sentiram o peso de Sua presença e jamais foram os mesmos.
A
destruição destes
navios significa assim
a transformação do velho homem na Nova Criatura da qual falou o
apóstolo dos gentios, que na estrada de Damasco fez destruir a
embarcação de Saulo em favor da de Paulo, o homem renovado em
Cristo que nascia.
1
Apocalipse, 8: 8 e 9
2
Romanos, 9: 6
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