terça-feira, julho 03, 2012

Evangelho Miudinho: A Segunda Trombeta do Apocalipse






8E o segundo Anjo tocou... Algo como uma grande montanha incandescente foi lançado no mar: uma terça parte do mar se transformou em sangue, 9pereceu um terço das criaturas que viviam no mar e um terço dos navios foi destruído.1
8E o segundo Anjo tocou... Algo como uma grande montanha incandescente foi lançado no mar: uma terça parte do mar se transformou em sangue…
E o segundo Anjo tocou...; novo lance da evolução, nova voluta da espiral que se abre…
Algo como uma grande montanha incandescente foi lançado no mar; os comentaristas deste texto têm visto aqui mais algumas tragédias. Este algo como uma montanha incandescente lançado no mar seriam cometas, meteoritos, até mesmo estrelas que desabariam sobre o planeta gerando mortes coletivas e todo tipo de sofrimentos. Muitos veem as águas poluídas de nossas fontes, rios, e até mesmo o mar sendo contaminado.
Não podemos duvidar que muita coisa disto possa mesmo acontecer nestes dias finais de transição pelos quais o nosso Orbe está passando, todavia, como temos feito, nos importa perceber qual a nossa posição íntima em relação a tudo isto.
Como comentamos anteriormente se para muitos o sangue pode ser visto com pavor e até mesmo significando morte, pode também ser visto como vida depende do ângulo pelo qual analisarmos.
Assim, vemos no símbolo desta grande montanha incandescente toda uma somatória de recursos que o Plano Superior disponibiliza para nós a fim de podermos enfrentar todas estas vicissitudes, instrumentalizados para realizar nosso processo evolucional de forma consciente e amparado pela Misericórdia do Alto que nunca falta.
Podemos aí ver os conhecimentos não só da ciência e do avanço de tecnologia que nos proporcionam conforto, bem estar, e até mesmo vitória sobre certas enfermidades até então fatais, mas principalmente as informações que nos descortinam o Mundo Espiritual e as revelações que nos consolam e nos preparam adequadamente para enfrentarmos a transição, devidamente capacitados a conquistar nossa definitiva libertação.
A montanha é sempre vista nos textos bíblicos como elevação espiritual; foi numa montanha que Moisés recebeu os Dez Mandamentos, em outra que o Cristo nos revelou as Leis Universais através de Seu Iluminado Sermão.
Deste modo esta montanha incandescente, pode significar toda esta soma de recursos lançados a nós, como também a reencarnação de vários Espíritos superiores com o objetivo transformar a face do planeta e nos auxiliar nestes dias difíceis de juízo coletivo e transição mais acentuada. É incandescente, pois além de iluminação é também uma brasa na nossa consciência realisando a queima de resíduos e transformando-nos de dentro para fora.
O mar não é outro senão o “mar da vida”, mar em que devemos lançar nossas redes em busca da pesca maravilhosa das verdades do Evangelho e assim transformar toda realidade. É o mar aonde devemos aplicar as lições de nosso Mestre nos desafios do dia a dia.
uma terça parte do mar se transformou em sangue…; não se trata de sangue no que diz respeito à morte, mas a uma vida nova marcada pelo testemunho novo com fundamentação evangélica. É sacrifício sim, mas de interesses pessoais, de tudo que é mundano e nos rebaixa a condições inferiores. Não deixa de ser morte, pois para nascer o novo o antigo deve transformar-se. É o sangue da Nova Aliança que nos induz ao processo reeducativo, o único capaz de nos libertar definitivamente das ilusões e armadilhas deste mundo.
Na terça parte; mesmo que em forma fracionária temos o “três” que é um número pertinente indicando evolução. É uma parte apenas, uma menor parte, mas como o fermento capaz de levedar a massa toda.
9…pereceu um terço das criaturas que viviam no mar e um terço dos navios foi destruído.
Trata-se da continuidade das ocorrências do versículo anterior. Muitos ao contrário do que comentamos têm visto na “montanha incandescente lançada ao mar” a encarnação de vários Espíritos mais ligados às regiões das trevas e estes acontecimentos trágicos narrados aqui seriam a consequência da desordem que eles implementariam no planeta apoiados pela invigilância do homem comum que insiste em malbaratar tanto os recursos da natureza quanto os espirituais oferecidos pelo Alto.
A interpretação faz sentido. É importante sabermos que nestes momentos de transição planetária pelos quais passamos a Misericórdia de Deus permite que Espíritos arraigados ao mal tenham oportunidade de reencarnar em nosso mundo físico na esperança de que estes tendo uma última oportunidade aqui, antes do degredo a outros planetas inferiores onde continuariam sua evolução, possam fazer uma correção de rota.
Todavia o que acontece é que grande parte deles trazem consigo um estado psíquico bastante negativo e conseguem contaminar outros desavisados que invigilantes aprofundam-se também nestes terrenos escuros da queda.
Tudo isso é comum nestes dias em que vivemos, inclusive as várias filosofias que surgem nestes momentos em nome de uma “nova era” têm aí sua gênese. Quando estas filosofias são mesmo reeducativas acolhendo seguidores de acordo com sua posição na evolução, tudo bem; entretanto surgem outras comodistas, liberais, e sem o menor compromisso com a transformação moral de seus seguidores, e é quanto a estas que devemos ter cautela, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas2.
Se optamos assim, pela interpretação de que esta “montanha incandescente” representaria os valores e os recursos nobres que estão à nossa disposição, inclusive a encarnação de Benfeitores Espirituais, é porque sabemos que Deus jamais desampara os Seus filhos, e se há mesmo grandes dissabores nestes tempos, e grande disseminação da maldade, há também concorrendo paralelo, as oportunidades de ajuste do Espírito e de implementação de uma nova proposta reeducativa em bases cristãs. Optamos por valorizar o Bem que como sabemos, sendo expressão maior do próprio Criador, é o que domina e subsiste.
Deste modo, pereceu um terço das criaturas que viviam no mar; não se trata de morte definitiva de seres e nem mesmo a representação da queda definitiva do Espírito, e sim de uma morte indicadora de ressurreição, que é a morte de nossas conquistas e ilusões no campo da negatividade alcançada pelo afastamento do Espírito em relação a Deus, através das transgressões à Sua Lei.
São estes valores que fizemos crescer em nós num psiquismo comprometedor que devem perecer, são eles que ainda vivem em nosso mar íntimo nas águas de nossa vivência em amplos conflitos conscienciais.
e um terço dos navios foi destruído. O navio é a embarcação. Representa nossos recursos de encaminhamento de nosso progresso. Podemos ver também como a nossa posição no “mar da vida” que é a própria evolução.
Estes recursos antigos formados a partir das experiências de transgressão à Lei devem mesmo e serão ao seu tempo destruídos. Teremos com o aporte de novos valores e de um encaminhamento consciencial mais seguro uma nova posição diante da vida. Somos um antes de Cristo operar em nós e outro, após. Não há quem não sofra modificações ao conhecer de forma sincera o Evangelho e sentir a presença de Jesus em si. Mesmo os que O condenaram sentiram o peso de Sua presença e jamais foram os mesmos.
A destruição destes navios significa assim a transformação do velho homem na Nova Criatura da qual falou o apóstolo dos gentios, que na estrada de Damasco fez destruir a embarcação de Saulo em favor da de Paulo, o homem renovado em Cristo que nascia.

1 Apocalipse, 8: 8 e 9
2 Romanos, 9: 6

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