domingo, julho 08, 2012

1ª Tessalonicenses, 1: 1 – Seria este o primeiro versículo escrito de O Novo Testamento?






O prefácio do livro Paulo e Estevão está fazendo aniversário. Ele é datado de 08 de Julho de 1941.
Sabemos que este é um dos livros mais importantes da literatura mediúnica de Francisco Candido Xavier sob a orientação de Emmanuel sendo este o autor espiritual desta monumental obra.
Pretendemos no mês de setembro próximo iniciar a publicação em nosso Blog de um estudo da Carta de Paulo aos Tessalonicenses, que segundo alguns estudiosos é o primeiro texto escrito do Novo Testamento como temos hoje.
Para não passar em branco esta data de grande importância para o movimento espírita-evangélico, publicamos neste dia os comentários do primeiro versículo desta carta histórica. Este é, portanto, talvez, o primeiro versículo escrito do Novo Testamento.
Aguardamos, assim, para o mês de setembro próximo, se for da Vontade de Deus, a sequência do estudo destes valiosos primeiros textos do Apóstolo Paulo, que foi, segundo palavras de Huberto Rohden, o maior Bandeirante do Evangelho.
Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo: graça e paz tenhais de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. (1ª Tessalonicenses, 1: 1)
Por volta do ano 50 de nossa era, já em franca atividade apostólica, Paulo, o fiel amigo dos gentios, se vê diante da seguinte dificuldade: a expansão das comunidades por ele fundadas crescia e com o crescimento surgiam dificuldades para o bom andamento da divulgação do Evangelho. Sua presença era sempre solicitada entre os novos seguidores do Cristo, e ele já não dava conta de atender à solicitação de todos como gostaria.
Após uma sentida oração percebeu-se envolvido pela presença espiritual do próprio Jesus que buscando tranquilizá-lo inspira-o a mudar a forma de assistência aos queridos seguidores.
Conforme anotações de Emmanuel, o Senhor o orienta com brandura:
Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome… (…) doravante Estevão permanecerá mais aconchegado a ti transmitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de evangelização poderá ampliar-se em benefício dos sofrimentos e das necessidades do mundo.1
Deste modo, o Apóstolo convidou Timóteo e Silas, aqui chamado de Silvano, para juntos redigirem a primeira de suas importantes epístolas.
Paulo escreve esta sua primeira epístola em Corinto, por volta do ano 50 ou 51 de nossa era. Esta carta tem importância histórica, pois provavelmente é o primeiro documento escrito do Novo Testamento.
Emmanuel2 relata que por volta do ano 34 ou 35 d.C. os seguidores do Cristo tinham um manuscrito de Mateus onde consultavam os ensinamentos de Jesus. Porém os historiadores informam-nos que o Evangelho de Mateus conforme temos hoje, em sua forma narrativa, é de composição mais tardia. O texto a que Emmanuel se refere deve ser um primeiro Evangelho escrito por Mateus em aramaico (ou hebraico); o atual foi escrito em grego. Mais tarde Mateus teria composto um novo texto, inclusive com influência do Evangelho de Marcos que segundo os estudiosos é anterior.
Estas cartas, escritas por Paulo, foram produzidas por um método que alguns autores denominam de círculos de profecia, que consistia em uma meditação por parte do apóstolo e de seus companheiros, em que Paulo, concentrado, recebia por inspiração as palavras e estas vinham naturalmente e eram faladas em voz alta e anotadas. Há desde aqui, e mesmo bem antes, pois alguns estudiosos informam-nos que desde Samuel os textos sagrados eram produzidos desta forma, uma identidade com o que hoje nós espíritas chamamos de produção mediúnica; um medianeiro recebe o texto dos espíritos – que aqui era o de Estevão representando o próprio Jesus -, e o transmite aos assistentes pela palavra oral (psicofonia) ou escrita (psicografia).
Estes eram os dons espirituais que o apóstolo iria aprofundar e tornar claro mais adiante em outras epístolas.
Importa-nos ainda nesta saudação vermos como o fiel divulgador do Evangelho diferencia Deus, o Pai, do Senhor Jesus Cristo. Para Paulo é clara a distinção, Deus e Jesus são figuras distintas, um é o Criador, conforme Atos, 17: 24, o outro, Jesus, era o Cristo, ou Messias, o Filho enviado por Deus para remir a humanidade que se encontrava em erro e sob o jugo do mundo, conforme Gálatas, 4: 3 a 5.
1 Paulo e Estevão, pág. 529
2 Paulo e Estevão, Op. cit.

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