Sofre alguém dentre vós um contratempo? Recorra à oração. Está alguém alegre? Cante Louvores. (Tiago, 5: 13)
A mensagem evangélica é clara; o serviço ao semelhante é o que a diferencia das demais propostas religiosas.
Jesus veio mais propriamente para os enfermos e principalmente para os do coração. O sofrimento é consequência de nossa desarmonia íntima que tem sua gênese no sentimento transviado do bem.
Sofre alguém? Este deve ser a causa do cristão, é a este que deve servir, ser para ele um instrumento do Cristo, como o Cristo é de Deus.
O apóstolo nos chama a atenção para sensibilizarmo-nos um pouco mais, a dor pode estar bem próxima, em alguém dentre vós, e nós muitas vezes buscamos servir ao Senhor, longe.
É comum acharmos que é na Casa Espírita ou em outra instituição qualquer que devemos trabalhar, quando muitas vezes alguém dentre nós, isto é, bem perto, precisa também de nossa dedicação e serviço.
Não estamos desautorizando o trabalho na comunidade que elegemos para manifestação de nossa religiosidade, não é isso, mas tentando despertar em nós mesmos o sentido da caridade para com todos, indistintamente da crença. Deus não é Pai de crentes, mas de todas as criaturas; não julgará a ninguém pelo que acredita, mas efetivamente pelo que realiza em prol da melhoria de seu próprio sentimento.
Um contratempo pode ser uma coisinha bem pequena para qualquer um de nós, contudo muito grande para quem ele afeta. Se desejamos servir em nome de Jesus, devemos aprender a captar o sentimento do outro, não no sentido de deixar que seu desequilíbrio se torne o nosso, mas aprendendo a ver com o olho dele, a compreender o que sente; só assim saberemos de sua necessidade e deste modo nos tornaremos efetivos colaboradores.
Recorra à oração. A oração tem um capítulo à parte na tarefa de melhor servir.
Para melhor compreendermos suas possibilidades, mesmo que de forma pálida, imaginemo-nos num ambiente de larga treva, de uma escuridão tão grande que nos achemos incapacitados de movimento. Uma mínima luz que seja nos trará alívio, permitirá a adoção de atitudes conscientes a sanar nossas dificuldades; a oração funciona como esta luz, ela ilumina o caminho do Espírito em momentos difíceis para que este encontre a melhor solução para seus encaminhamentos, ela é o canal direto que temos de comunicação com o próprio Criador e Benfeitor do Universo. E se em momentos difíceis tanto desejamos falar com amigos queridos na expectativa que estes nos auxiliem, o que dizer de falarmos com Aquele que tem todas as soluções?
Portanto, sofre alguém dentre vós um contratempo? Recorra à oração. Este não é apenas um auxílio quando nada mais podemos fazer, é simplesmente o melhor em todas as situações, é a abertura de canais para outros ainda mais significativos.
Está alguém alegre? Cante louvores. O Evangelho em sua completude tem o ensinamento correto para todos os momentos, para os de tristeza, mas também para os de alegria.
Era comum na cultura hebraica a adoção de cânticos para expressar a religiosidade que lhes era o centro das cogitações. Os Salmos são o melhor exemplo desta realidade.
Também entre os cristãos este era o costume e Tiago chama a atenção para a necessidade de assim fazer também nos instantes alegres. Temos exemplo deste comportamento em ocasiões de grande alegria nas páginas da Boa Nova, como vemos nos Cânticos de Maria[1], de Zacarias[2], e de Simeão[3], que são momentos de grande beleza da literatura evangélica.
Tal orientação é de grande atualidade na medida em que nas circunstancias dolorosas nos lembramos sempre de orar e chamar Deus para nos socorrer, porém nas de alegria esquecemos Dele caindo muitas vezes em desvarios que ainda mais nos afastam do ideal.
O Cristão não deve ser triste e acabrunhado como pensam muitos, deve sim expressar constantemente sua alegria, porém esta deve ser comedida, sabedores que somos que tudo devemos ao Senhor, daí a necessidade de cantar louvores, reconhecer o Divino, ser grato a Ele.
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(Extraído do Livro: Sabedoria de Tiago)
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[1] Lucas, 1: 46 a 55
[2] Ibidem: 68 a 79
[3] Lucas, 2: 29 a 32
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