Marcos 5:
³⁰ E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nos meus vestidos?
³¹ E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
³² E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
³³ Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
³⁴ E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal. (Marcos 5:30-34)
³⁰ E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nos meus vestidos?
Jesus é totalmente operacional, irradiando virtude continuamente. O diferencial aqui é que Ele encontrou um receptor capaz de aproveitar essa "virtude". Para que possamos, da mesma forma, usufruir das bênçãos emitidas pelo Senhor – Governador Planetário -, é necessário estarmos em sintonia com Ele, ajustados ao Plano Maior de Deus e à Sua Lei.
Esse versículo pode ser interpretado como um momento de transferência fluídica, onde a energia espiritual de Jesus foi canalizada para a mulher hemorroíssa, promovendo sua cura.
Segundo Allan Kardec, as curas realizadas por Jesus não eram apenas físicas, mas envolviam a irradiação fluídica de seu espírito elevado. Esse processo ocorria naturalmente devido à pureza e elevação espiritual de Cristo, sem necessidade de magnetização consciente ou imposição de mãos.
Ao perceber que a virtude havia saído, Jesus reconheceu a conexão estabelecida entre Ele e a mulher, sustentada pela fé ativa dela. Diferente da multidão que o apertava sem propósito, ela tocou com intenção e confiança, criando um vínculo espiritual que possibilitou sua cura.
Essa passagem reforça que a cura verdadeira não depende apenas do contato físico, mas da sintonia espiritual entre o receptor e a fonte divina de energia. A mulher, ao tocar a veste de Jesus com fé genuína, acessou essa força restauradora, demonstrando que a transformação espiritual precede a cura física.
Jesus não apenas sentiu a saída da energia, mas reconheceu a intenção por trás do toque. Ao perguntar "Quem tocou nas minhas vestes?", Ele não buscava uma resposta literal, mas queria destacar a importância da fé ativa na recepção da cura e permitir que a mulher compreendesse que sua transformação ia além do físico, era uma libertação espiritual.
Cristo, como espírito puro, irradiava essa força naturalmente, e aqueles que se aproximavam com fé podiam acessá-la, demonstrando que a verdadeira cura é um ato de entrega e confiança na ação divina.
³¹ E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
Este versículo destaca a diferença entre o contato físico superficial e a conexão espiritual genuína. Os discípulos, ao verem a multidão apertando Jesus, não compreenderam por que Ele perguntou "Quem me tocou?", pois, para eles, muitas pessoas estavam em contato com Ele.
No entanto, Jesus percebeu que um toque específico havia estabelecido uma transferência fluídica, uma conexão profunda baseada na fé ativa. Diferente dos que apenas o pressionavam fisicamente, a mulher hemorroíssa tocou com intenção e confiança, acessando a energia curadora do Cristo.
No contexto espírita, essa passagem reforça que a cura espiritual não ocorre por proximidade física, mas pela sintonia vibratória entre o receptor e a fonte de energia divina. A multidão representava aqueles que buscam Jesus sem verdadeira entrega, enquanto a mulher simboliza aqueles que se conectam com fé e transformação interior.
No contexto moral e espiritual, a multidão pode simbolizar nossos vícios e imperfeições, aquelas distrações que nos afastam da verdadeira conexão com Cristo e da cura definitiva da alma.
Os discípulos, assim como nós, estavam imersos na experiência humana e, por isso, ainda carregavam limitações na compreensão dos acontecimentos espirituais. Quando Jesus perguntou "Quem me tocou?", eles não perceberam a profundidade dessa pergunta, porque viam apenas o contato físico da multidão. Esse é um reflexo de como nossas imperfeições podem obscurecer a percepção das realidades espirituais, impedindo-nos de reconhecer as verdadeiras forças em ação.
Jesus, por sua pureza e superioridade espiritual, estava acima dessas influências, livre de imperfeições e plenamente consciente da movimentação energética ao seu redor. Sua elevação moral permitia que Ele identificasse não apenas o toque físico, mas a intenção por trás dele, reconhecendo que alguém havia se conectado com fé verdadeira.
Essa passagem nos ensina que, para alcançar a cura espiritual, é necessário transcender as distrações e os condicionamentos da multidão; ou seja, dos vícios, do orgulho e das ilusões materiais. Apenas quando nos aproximamos de Cristo com consciência e entrega, tocamos verdadeiramente sua luz e recebemos a transformação que liberta. A multidão de nossas imperfeições aperta o Cristo interior, para despertá-lo e fazer nascê-lo em nós, faz-se necessário biscarmos constantemente nosso aperfeiçoamento moral através da vivência do Evangelho.
³² E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
Jesus já sabia quem o havia tocado com fé verdadeira. No entanto, sua atitude de olhar ao redor não era por desconhecimento, mas sim para tornar clara a importância da fé ativa e destacar a necessidade de evolução moral.
Ao buscar a pessoa que realizou esse ato, Jesus permitiu que a mulher se manifestasse publicamente, ajudando-a a reconhecer sua própria transformação e reintegração à comunidade. Se ela permanecesse oculta, sua cura poderia ser vista apenas como um evento físico, mas ao trazer esse momento à tona, Cristo mostrou que a verdadeira cura é espiritual e requer reconhecimento e renovação interior.
Além disso, essa ação ensina que a fé não deve ser apenas um sentimento íntimo, mas sim algo que nos impulsiona à ação e ao testemunho. Jesus, por sua pureza e superioridade espiritual, estava consciente de cada movimento fluídico ao seu redor e sabia distinguir os que apenas o apertavam dos que verdadeiramente o buscavam para a transformação.
Esse momento nos convida a refletir: quando tocamos Cristo, estamos apenas próximos dele fisicamente, ou estamos verdadeiramente conectados pela fé e pela necessidade de mudança?
³³ Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
Temos aqui um momento de reconhecimento e entrega por parte da mulher hemorroíssa. Após experimentar a cura imediata, ela sente um misto de temor e reverência, pois compreende que algo extraordinário aconteceu.
Esse temor não deve ser visto como medo no sentido negativo, mas sim como um sentimento de respeito profundo diante da manifestação divina. Sua atitude de aproximar-se e prostrar-se simboliza a humildade e gratidão, reconhecendo que sua cura não foi apenas física, mas também espiritual e moral.
Ao dizer toda a verdade, ela não apenas confirma o que aconteceu, mas também testemunha sua transformação. Esse ato representa a importância de assumir publicamente a fé e a mudança interior, pois a cura verdadeira não se limita ao corpo, mas envolve a reconciliação com a própria consciência e com Deus.
Jesus, ao permitir que ela se manifestasse, reforça que a fé ativa e a sinceridade são essenciais para a evolução espiritual. Esse momento nos ensina que, ao reconhecermos nossas dificuldades e buscarmos a cura com fé genuína, somos capazes de transcender nossas limitações e nos aproximar da verdadeira libertação.
"prostrou-se diante dele" - Significa um gesto de humildade, reverência e entrega. A mulher hemorroíssa, ao se prostrar diante de Jesus, demonstra não apenas gratidão pela cura recebida, mas também reconhecimento da autoridade divina do Cristo.
Esse ato é comum nas Escrituras e simboliza a submissão total à vontade de Deus. Prostrar-se não é apenas um movimento físico, mas uma expressão de rendição espiritual, onde a pessoa reconhece sua dependência do divino e se coloca em posição de aprendizado e transformação.
No processo de evolução espiritual, esse gesto representa um instante de despertar e transformação interior. Ao se prostrar, a mulher demonstra sua fé genuína e sua prontidão para trilhar um novo caminho, rompendo as barreiras que a enfermidade e a exclusão social lhe impuseram.
³⁴ E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.
A passagem da mulher hemorroíssa é um dos momentos mais significativos, pois revela, como já comentamos, que sua cura não foi apenas física, mas espiritual e moral.
Jesus não apenas confirma que a mulher está curada, mas declara que foi sua fé que a salvou. No contexto espírita, isso reforça a ideia de que a verdadeira libertação ocorre quando há transformação interior e entrega sincera à fé. Sua cura não foi um ato mecânico, mas resultado de sua confiança ativa, que permitiu que ela acessasse a energia restauradora do Cristo.
A expressão "vai em paz" indica que, além da cura, ela agora pode seguir sua vida livre das limitações que a doença e a sociedade lhe impuseram. Essa paz não é apenas ausência de sofrimento, mas um estado de harmonia espiritual, conquistado por meio da fé e da renovação moral.
A cura da mulher hemorroíssa em Marcos 5:25-34 pode ser vista como uma representação simbólica do processo de libertação dos ciclos provacionais e expiatórios, conforme discutido na Doutrina Espírita.
A Doença como Expiação e Aprendizado
A hemorragia que a mulher enfrentou por 12 anos pode ser interpretada como um período de provação e reajuste espiritual, onde seu sofrimento lhe proporcionou oportunidades de crescimento moral e fortalecimento da fé. Durante esse tempo, ela foi marginalizada e impedida de participar plenamente da sociedade, o que pode simbolizar o peso de dívidas espirituais a serem equilibradas por meio do aprendizado e da resiliência.
A Fé Ativa como Instrumento de Libertação
Quando a mulher ouve falar de Jesus, isso representa sua primeira tomada de consciência sobre a possibilidade da cura e da transformação espiritual. Mas a verdadeira libertação ocorre quando ela age, tocando a veste do Mestre com plena certeza de que seria curada. Esse gesto demonstra que a fé, quando acompanhada de ação, tem o poder de romper ciclos de sofrimento e expiação.
O Reconhecimento de Cristo e a Libertação Espiritual
Ao dizer "Tua fé te salvou", Jesus confirma que a mulher não apenas foi curada fisicamente, mas se libertou dos ciclos de provações que a mantinham presa ao sofrimento. Essa declaração reflete o princípio de que a verdadeira salvação não ocorre por um milagre externo, mas pela transformação interior, onde o espírito se harmoniza com as leis divinas e avança em sua jornada evolutiva.
A Cura como Símbolo da Evolução Espiritual
A história da mulher hemorroíssa nos ensina que o sofrimento pode ser um instrumento de crescimento, mas não deve ser encarado como um destino imutável. Através da fé consciente, da perseverança e da confiança no amor divino, é possível transcender as dificuldades e alcançar um estado de paz, equilíbrio e libertação espiritual.
Princípios Fundamentais da Doutrina Espírita
Os 15 Princípios Fundamentais da Doutrina Espírita oferecem, entre outras coisas, a base para a compreensão da espiritualidade e da evolução moral do ser humano. Cada um deles se conecta profundamente ao processo de salvação e libertação dos ciclos provacionais e expiatórios, como na cura da mulher hemorroíssa.
Vinculação dos 15 Princípios Fundamentais da Doutrina Espírita com a Cura da Mulher Hemorroíssa
O episódio narrado em Marcos 5:25-34 pode ser interpretado à luz desses princípios:
- Deus – A mulher confiou na inteligência suprema, buscando sua cura por meio da fé.
- Jesus – Cristo, como guia e modelo, não apenas curou, mas conduziu a mulher a uma transformação espiritual.
- Espírito – Sua cura não foi apenas física, mas representou a libertação de um ciclo de sofrimento.
- Perispírito – A energia fluídica de Jesus atuou diretamente sobre o perispírito da mulher, restaurando sua harmonia.
- Evolução – A provação de 12 anos preparou sua alma para um avanço moral e espiritual.
- Livre-arbítrio – Ela escolheu buscar Jesus e tocar sua veste, demonstrando ação consciente.
- Causa e Efeito – Seu sofrimento pode ter sido uma consequência espiritual, mas sua fé permitiu sua libertação.
- Reencarnação – O aprendizado adquirido pode ter sido parte de um resgate de experiências anteriores.
- Pluralidade dos Mundos Habitados – Sua transformação a aproximou de realidades espirituais superiores.
- Imortalidade da Alma – Jesus enfatizou que sua fé a salvou, uma libertação que transcende o físico.
- Vida Futura – Após a cura, sua vida tomou um novo rumo, agora em paz e livre do sofrimento.
- Plano Espiritual – Cristo agiu com consciência espiritual, reconhecendo a transferência fluídica da sua virtude.
- Mediunidade – A mulher, ao buscar a energia de Jesus, estabeleceu uma conexão espiritual direta.
- Influência dos Espíritos – O ambiente espiritual em torno dela e de Jesus propiciou sua cura.
- Ação dos Espíritos na Natureza – A energia fluídica presente no momento da cura mostra a interação entre o espiritual e o físico.
Conclusão
O relato da mulher hemorroíssa exemplifica como a fé e o entendimento dos princípios espirituais permitem a libertação dos ciclos de sofrimento. Ao se entregar à ação consciente de sua fé, ela rompeu as barreiras impostas pela sociedade e pela doença, encontrando sua verdadeira salvação e equilíbrio espiritual.
Aplicações Práticas:
1. Fé Ativa: Confiar e Agir
A mulher não apenas acreditou, mas tomou a iniciativa de tocar a veste de Jesus. Isso nos ensina que a fé deve ser acompanhada de ação. Na vida, não basta esperar a solução dos problemas, precisamos agir com confiança e buscar nossa transformação.
🔹 Aplicação: Diante de desafios, mantenha a fé, mas também dê passos concretos para sua mudança, seja profissional, emocional ou espiritual.
2. Superação das Barreiras
Ela enfrentou tabus sociais e religiosos para alcançar sua cura. Muitas vezes, nossas próprias limitações internas ou crenças nos impedem de seguir adiante.
🔹 Aplicação: Não se limite pelo que os outros dizem ou pelas dificuldades do caminho. Se existe um propósito verdadeiro, siga em frente com coragem.
3. Reconhecimento e Gratidão
Após ser curada, ela se manifestou e contou sua história. Isso mostra a importância de testemunhar nossa jornada e ser gratos pelas transformações que vivemos.
🔹 Aplicação: Ao vencer desafios, não se esqueça de agradecer e compartilhar suas experiências para inspirar e fortalecer outras pessoas.
4. Libertação de Ciclos de Sofrimento
A cura dela foi definitiva, simbolizando sua libertação dos ciclos expiatórios. Isso nos ensina que, ao nos alinharmos com as leis divinas e mudarmos internamente, podemos nos desprender de padrões repetitivos de dor e dificuldades.
🔹 Aplicação: Observe padrões negativos que se repetem em sua vida e busque mudanças reais, seja por meio da espiritualidade, autoconhecimento ou atitudes conscientes.
5. Jesus Como Guia e Modelo
Cristo a chamou de "filha", restaurando sua dignidade e acolhendo-a no amor divino. Isso nos lembra da importância de ter um referencial espiritual e moral para nossa evolução.
🔹 Aplicação: Busque inspiração em Jesus e em valores que promovam o crescimento interior, como o amor, a compaixão e a justiça.
A passagem da mulher hemorroíssa é um convite à fé consciente, ação corajosa e transformação profunda
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