sexta-feira, fevereiro 16, 2024

O Sermão do Cenáculo - Pedi o Que Quiseres, e Isso Vos Será Concedido

#Pública








                                                       

Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiseres, e isso vos será concedido. Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi, e vos designei para irdes e para que deis fruto, e o vosso fruto permaneça. Assim, o que quer que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos concederá. (João, 15: 7 e 16)

Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiseres, e isso vos será concedido.

Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós… – Jesus aqui completa o que já dissera sobre a opção do discípulo pelo Evangelho.

Em um primeiro momento, o recém-converso permanece fiel aos ensinamentos em uma atitude de fora para dentro. Ele sabe, pelo que já conhece, que é bom a prática evangélica, assim se esforça por vencer suas más tendências e caminhar efetivamente no bem. Com o tempo, a criatura realiza seu amadurecimento e esta se torna uma atitude natural, de dentro para fora; o discípulo já assimilou por completo o que o Mestre lhe ensinara. É nesse momento que as minhas palavras, isto é, as do Cristo, permanecem na intimidade daquele que permanece nelas, e ele, o discípulo, faz-se um também com o Cristo e com Deus.

As portas, a partir daí, abrem-se; e por ter o adepto do Mestre ganho autoridade pela vivência da Lei, ele pode escolher com maior liberdade o seu caminho.

…pedi o que quiseres, e isso vos será concedido. – Atingida esta fase da evolução, em que a criatura vivencia plenamente o Evangelho, em que sua vontade é a mesma que a do Pai, as coisas se tornam mais claras para o Espírito. E, compreendendo melhor a Deus, ele pode coparticipar em um plano maior de consciência de seu destino, e até mesmo do encaminhamento de outros grupos.

Jesus diz: pedi o que quiseres, e isso vos será concedido. Nesse momento, o Espírito já se integrou nas Leis Cósmicas que dirigem o Universo; sua liberdade deixa de ser a liberdade-rebeldia para tornar-se a liberdade-obediência, assim, pode ele pleitear para si o que quiser, pois jamais seu querer irá desarmonizar, já que a unificação é uma realidade de sua vida em todos os planos.

Este é o momento culminante da evolução, é a reintegração da criatura na Unidade Divina.

Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi, e vos designei para irdes e para que deis fruto, e o vosso fruto permaneça. Assim, o que quer que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos concederá.

Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi… – É preciso que analisemos com cuidado essas palavras, a fim de não criarmos suposições falsas a respeito da eleição e da destinação dos Espíritos.

O mestre é que escolhe o discípulo, adverte-nos o professor Pastorino[1], e não o contrário. Podemos querer fazer parte do grupo de seguidores de determinado mestre de uma doutrina, porém, será que ele nos quer como seus seguidores? Será que ele vê em nós condições para tal? É isso o que Jesus quis dizer; em outras palavras, quando o trabalhador está pronto, o serviço aparece.

É lógico que tal eleição tem de passar pela vontade do elemento escolhido, de aderir aos princípios que irá permitir a escolha, porém o tempo em que se efetivará o preparo não nos pertence.

Com este ensinamento, o Senhor mostra ter existido toda uma programação em relação ao cumprimento de sua missão, da escolha de seus companheiros, e que, se quisermos alcançar determinado padrão de conquista, cabe a nós trabalhar em favor de tal desiderato, deixando que a vida, por seu sábio mecanismo de seleção, nos escolha no tempo oportuno para tal realização.

Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi…

Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.[2]

Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.[3]

…e vos designei para irdes e para que deis fruto… – Chegada a essa condição de estarmos aptos a ser pelo Cristo escolhidos, é sinal de que estamos prontos para cumprir nosso objetivo em relação à vida, isto é, darmos frutos.

…e vos designeis, ou ainda, vos nomeei, por merecimento, por conquista realizada. A designação partiu do Cristo ou da consciência superior em nós, que neste momento já se manifesta plena.

para irdes, dinamismo necessário, pois quem já está nesta faixa evolucional sabe que é preciso ir, e não ficar parado; faz-se urgente acolher o bem e trabalhar em parceria com os Auxiliares do Eterno.

…e para que deis fruto… do mesmo modo que uma árvore boa só bons frutos dá, o discípulo que já atingiu essa faixa de maturidade, onde quer que esteja, dá frutos segundo as suas possibilidades. Desta forma, avaliemos o que temos feito com os recursos que já possuímos em favor de uma maior espiritualidade, pois não há como negar, o Cristo já nos designou para um trabalho de maior alcance em favor do Seu Evangelho. Sendo assim, assumamos a nossa responsabilidade, pois se é dever de todos os "homens-árvores" dar frutos, o que não dizer de nós, "homens-árvores" e já cristãos?

…e o vosso fruto permaneça. – Aqui Jesus nos fala sobre a qualidade do fruto a ser dado por aquele que é seu seguidor. Se num primeiro instante Ele fala do dever do cristão de dar frutos, aqui ele elucida, completando, e o vosso fruto permaneça.

Permanecer é continuar a ser, conservar-se. O fruto só permanece, isto é, se conserva enquanto nele existe vida. O mesmo se dará com o fruto produzido pela atitude dos homens; enquanto esta estiver em harmonia com a vontade do Criador, que é amor, será permanente, não perecível, útil em qualquer tempo.

Assim, o Meigo Nazareno propõe, com toda a Sua ciência, que lancemos à vida sentimentos e ações qualificadas pelo amor, pois, por ser de origem divina, será também imperecível.

Assim, o que quer que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos concederá. – Jesus vai expondo sua ideia de forma crescente, mostrando a importância da opção pelo Evangelho e de sua vivência para o bem-estar e o equilíbrio do homem. Chegado o momento em que o ajuste do sentimento humano já é perfeito com a Lei que dirige o cosmos, tudo a ele será concedido, por estar o homem vibrando na mesma faixa que Seu Criador.

Este texto destacado acima repete a mesma ideia de João, 14: 13 e 14 e 15: 7; sendo assim, para não repetirmos desnecessariamente, pedimos ao leitor que volte aos nossos comentários dos versículos citados.

 


[1] Sabedoria do Evangelho, vol. 8, pág. 26.

[2] 1 Coríntios, 3:6.

[3] Mateus, 22:14.


                     



Texto extraído do Livro:



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